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OS IMPACTOS ECONÔMICOS DO COMPORTAMENTO DE MANADA

Por:   •  7/3/2021  •  Projeto de pesquisa  •  4.727 Palavras (19 Páginas)  •  132 Visualizações

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UNIVERSIDADE PAULISTA

GUILHERME ARAUJO

SILVIO AUGUSTO DE OLIVEIRA JÚNIOR

VINICIUS BARBOSA AMARAL DOS SANTOS

OS IMPACTOS ECONÔMICOS DO COMPORTAMENTO DE MANADA

SÃO PAULO

2020

GUILHERME ARAUJO

SILVIO AUGUSTO DE OLIVEIRA JÚNIOR

VINICIUS BARBOSA AMARAL DOS SANTOS

OS IMPACTOS ECONÔMICOS DO COMPORTAMENTO DE MANADA

Atividades Práticas Supervisionadas para aprovação da matéria no 5º semestre em Ci-ências Econômicas apresentado à Universi-dade Paulista – UNIP.

Orientador: Prof. Marcos Paulo

SÃO PAULO

2020

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Gráfico 1 - Solicitações de Hipotecas Subprime, de 2001 a 2005 ($ Bilhões)        12

Gráfico 2 - Índice de Dívida / Renda, de 1993 a 2006 (%)        13

Gráfico 3 - Preços dos Imóveis nos EUA de 1997 a 2008 (US$ Milhares)        14

Gráfico 4 - Hipotecas Subprime Securitizadas (US$ Bilhões)        14

Gráfico 5 - Preços dos Imóveis e da Inadimplência e Execuções de Hipotecas do

Segmento Subprime 1998–2008 (%)        15

RESUMO

O presente trabalho busca apresentar as características do comportamento de ma-nada, trazendo explicações sobre este efeito de pensamento e os impactos econômi-cos causados. Além disso, pesquisando e comparando com fatores históricos, dados e obras de economistas, explicitar a influência deste comportamento nas tomadas de decisões dos indivíduos.

Palavras-chaves: CRISE; ECONOMIA; COMPORTAMENTO; DECISÃO.

SUMARIO

1.        INTRODUÇÃO        5

2.        A INFLUÊNCIA COLETIVA NAS DECISÕES INDIVIDUAIS        6

3.        A HISTERIA NA GRANDE DEPRESSÃO        8

4.        O COMPORTAMENTO DE MANADA POR KEYNES        10

5.        A CRISE FINANCEIRA DE 2008        11

6.        CONSIDERAÇÕES FINAIS        16

7.        REFERÊNCIAS        17

1.  INTRODUÇÃO

O comportamento de manada, ou então “Efeito Manada”, é o estudo que apre-senta a tendência de indivíduos seguirem ações de um “líder” ou mesmo uma comu-nidade, antes mesmo da decisão seja refletida ou colocada à prova. Este termo é devido a semelhança ao reino animal, onde as espécies se juntam para se proteger ou fugir de um predador. Na sociologia, é visto algo similar com os grupos sociais, que são formados por indivíduos que possuem objetivos e interesses comuns, bem como identificação grupal através de contato contínuo, como a família.

A economia comportamental nos traz uma discussão mais precisa sobre as de-cisões tomadas por estes grupos. O economista norte-americano Richard Thaler, ga-nhou o Nobel de Economia de 2017 ao trabalhar justamente a tomada de decisão humana. As influências sociais vêm em duas categorias básicas, onde primeira en-volve informações: se muitas pessoas fazem ou pensam algo, suas ações e seus pensamentos transmitem informações sobre o que pode ser melhor para você fazer ou pensar; A segunda envolve pressão dos colegas: se você se importa com o que outras pessoas pensam de você, então você pode ir junto com a multidão, para evitar sua ira ou pedir seu favor (THALER, 2008).

Um ótimo exemplo sobre a tendência a seguir ações de terceiros, é a apresen-tada pelo professor de psicologia e economia comportamental americano Dan Ariely. Considere o seguinte exemplo: vai a passar por um restaurante e vê duas pessoas à espera de entrar. Pensa ‘este restaurante deve ser bom, já que tem gente à espera’ e coloca-se na fila também. Passa outra pessoa, que vê três pessoas na fila, e pensa ‘este restaurante deve ser fantástico’, pega e se junta à fila. Acontece o mesmo com outras pessoas. Chamamos-lhe comportamento de rebanho, e ocorre quando assu-mimos que uma coisa boa (ou má) está na base do comportamento das outras pes-soas e as imitamos (ARIELY, 2008).

No mercado financeiro, esse tipo de comportamento também é muito presenci-ado. Apesar de se ter uma definição de sucesso (“compre na baixa, venda na alta”), muitas pessoas perdem dinheiro por acompanhar os movimentos do mercado. Entre

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outubro de 2019 e fevereiro de 2020, o IBOVESPA1 atingiu sua máxima ao chegar nos 119.417,11 pontos. Com a ascensão, muitas pessoas compraram ações na alta, acreditando que o mercado continuaria a subir. Todavia, com o passar do tempo e seguindo aflições à Covid-192, o que se observou foi uma queda nos preços das ações e muitos investidores vendendo suas posições. Mais uma vez, a presença do compor-tamento de manada.

Um contraste à racionalidade dos agentes (defendida pela teoria clássica) - e aplicada ao mercado financeiro através da Hipótese dos Mercados Eficientes3 -, a crise finan-ceira deixa evidente a racionalidade limitada dos agentes econômicos, conforme es-tudado por autores keynesianos, defensores da Economia Comportamental - cuja ideia principal é justamente a contrária aos autores clássicos.

Dentro de um ciclo econômico, a crise financeira é o auge finaliza o período do boom e o precede a recessão, e ela tem seu princípio composto pela irracionalidade e os turbilhões de reações emocionais, onde o medo e o pânico afloram nos senti-mentos, que tem em contrapartida a esperança e racionalidade reinante nos períodos de crescimento econômico, e é nessa emoção que se coloca em dúvida da legitimi-dade e veracidade da primazia do "homem racional" (MELLO, 2015).

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