PEQUENO ESTUDO DE MERCADO: JAPÃO COMÉRCIO INTERNACIONAL .
Por: 27110 • 24/10/2017 • Trabalho acadêmico • 10.380 Palavras (42 Páginas) • 321 Visualizações
UNIC CUIABÁ - ADMINISTRAÇÃO |
PEQUENO ESTUDO DE MERCADO: JAPÃO |
COMÉRCIO INTERNACIONAL |
Ana Paula Ferreira Dias |
04/11/2015 |
Trabalho de Comércio Internacional sobre a Economia e Relações Exteriores do Japão – Informações adicionais: História e geopolítica, IDH, população, religião, geografia, etc. Matéria ministrada pelo Professor Frederico Bernardo Silva. |
INTRODUÇÃO Neste trabalho apresentarei dados sobre o Japão, tais como geografia, política, economia, IDH, entre outros, para mostrar sua importância no cenário mundial, e suas relações comerciais exteriores. No desenvolvimento do trabalho falarei sobre as principais indústrias, principais parceiros comerciais, exportações e importações e um pouco sobre a história do país. O objetivo é apresentar o modelo de mercado japonês e os principais produtos importados e exportados pelo país. Terá enfoque na sua relação com o Brasil. O Japão possui um território pequeno, com grandes indústrias o que deixa pouco espaço para a prática de agricultura no país, tornando-o dependente de países vizinhos na importação de matéria-prima e produtos agrícolas. Contudo este aspecto não impediu que o país se tornasse extremamente desenvolvido e uma das mais prósperas economias do mundo, em grande parte graças ao desempenho do país ao nível da produção industrial e do setor financeiro. A indústria japonesa é responsável por 40% do PIB, empregando 34% da população. A economia japonesa teve um grande avanço após a 2ª Guerra Mundial. Derrotado, o país recebeu uma grande quantidade de capital estrangeiro, principalmente norte-americano, para sua reconstrução. O Japão passou a investir no desenvolvimento industrial e tecnológico, tornando-se década de 70 numa grande potencia econômica. Atualmente, possui a 3ª maior economia do mundo (em volume de PIB – referência ano de 2014).
HISTÓRIA E GEOPOLÍTICA A influência do resto do mundo seguida por longos períodos de isolamentos (do século XVII ao século XIX, período em que foi governado pelo clã Tokugawa, em 1639, sob o xogunato lyemitsu, o país iniciou um período de reclusão chamado sakoku, palavra que significa “país fechado”) tem caracterizado a história do país. O Japão participou juntamente com a Alemanha e Itália do que se chamou “O Eixo“ e empreendeu durante a Segunda Guerra Mundial feroz expansionismo por toda a Ásia, inclusive ameaçando EUA com o ataque a “Pearl Habour” em Dezembro de 1941. Para encerrar este confronto Asiático em 1945, os EUA lançaram as duas primeiras bombas atômicas, destruindo completamente as cidades de Hiroshima e Nagasaki. Com a rendição do Japão aos EUA e subseqüentes promulgação da Constituição em 1947 e o tratado de São Francisco em 1952, mesmo num regime democrático (monarquia constitucional estruturada onde o Imperador é uma figura de união e o primeiro-ministro um líder político) mantiveram o país sob forte influência Americana. O Japão permaneceu isolado do mundo exterior por muito tempo, os estrangeiros foram proibidos de entrar no país e, os japoneses de sair. Houve apenas uma exceção: as trocas comerciais feitas com os holandeses, que mantinham um entreposto comercial na cidade de Nagasaki. Por isso, quando os norte-americanos aportaram no Japão em 1853, pondo fim ao isolamento do país e domínio dos Tokugawa, encontram um país ainda feudal e defasado economicamente em relação ao mundo ocidental. Tentando realizar seu projeto geopolítico de controle dos oceanos, os norte-americanos forçaram a abertura do Japão através do Tratado de Kanagawa, assinado em 1845. Essa abertura acelerou a desintegração do sistema feudal japonês e, em 1868 encerrou o domínio do clã Tokugawa. No final do século XIX, quando os Estados Unidos emergiram como potência e se lançaram em busca de pontos estratégicos nos oceanos Pacifico e Atlântico, o Japão subitamente se tornou um país muito importante, porém a elite japonesa já tinha definido claramente seus interesses, que sem sombra de dúvidas se chocavam com os interesses dos estrangeiros. A partir de então, os japoneses empenharam-se de modo energético em viabilizar seu processo de industrialização, por meio da intervenção do estado na economia e do militarismo. O modelo japonês de gestão e desenvolvimento econômico caracterizou-se pelo crescimento do país no período pós-guerra, que foi responsável pela operacionalização de um sistema econômico baseado nos avanços tecnológicos e que colocou o Japão no segundo lugar entre as maiores economias do mundo durante os anos 1990. Durante a Segunda Grande Guerra (1939-1945), o Japão sofreu duramente com os ataques nucleares em Hiroshima e Nagasaki, além de algumas sanções militares impostas pelos países vencedores do conflito. Por outro lado, o período que se sucedeu ficou marcado pela rápida recuperação e pelos avanços econômicos do país, graças aos investimentos em tecnologias e à ajuda econômica fornecida pelos Estados Unidos, denominada por Plano Colombo. Em primeiro lugar, os demais países do globo também realizaram importantes avanços no desenvolvimento tecnológico, de forma que muitos deles conseguiram avanços iguais ou superiores aos japoneses, com custos inferiores e qualidade semelhante em seus produtos. Em segundo lugar, emergiram no contexto da economia internacional alguns concorrentes que começaram a ganhar mercados e a tomar espaços que antes eram hegemonizados pelo mercado japonês, como a China e os Tigres Asiáticos. Outro fator preponderante nesse processo foi a extrema dependência do país em exportar seus produtos. Com as quedas dessas exportações, a economia do Japão reduziu o seu crescimento. Tal declínio está associado não tão somente aos novos concorrentes, mas também à recusa de alguns países em importar do Japão por este não importar grandes somas de mercadorias desses países. Atualmente, o maior exportador do mundo é a China. Para piorar esse cenário, emergiu a partir de 2007 uma série de crises econômicas que afetou os Estados Unidos e, principalmente, a Europa, o que refletiu no crescimento da economia Japonesa. Sabe-se que os fatores naturais do país são um empecilho para o seu desenvolvimento econômico. Boa parte de seu território é formada por cadeias de montanhas e relevo bastante acidentado, o que prejudica a moradia e a agricultura. Com isso, o país importa grande parte da matéria-prima que necessita para a produção. Além disso, em um território equivalente ao estado de Goiás, vive uma população que se aproxima do número de habitantes de todo o Brasil, caracterizando uma das maiores densidades demográficas do mundo. Por isso, o modelo econômico japonês necessitava de combinar qualidade com produtividade em seu modelo produtivo. Então, o país iniciou um pesado investimento em tecnologias, resultando em uma grande quantidade de exportações, principalmente para os EUA, o que foi responsável pelo grande desenvolvimento econômico do país, chamado de “Milagre Japonês”. ASPECTOS GERAIS País milenar, o Japão tem seu território insular localizado na Ásia Oriental. Cercado pelo Oceano Pacífico, a leste do Mar do Japão, da República Popular da China, da Coréia do Norte, da Coréia do Sul e da Rússia, se estendendo do Mar de Okhotsh ao norte, até o Mar da China Oriental e Taiwan ao sul. Os caracteres (ideogramas) que compõem seu nome significam “Origem do Sol“, razão pela qual o Japão é muitas vezes identificado como a “Terra do Sol Nascente“. O país é, na verdade, um arquipélago de 6.852 ilhas cujas quatro maiores são a Honshu, Hokkaido, Kyushu e Shikoku, representando 97% da área terrestre nacional. A maior parte das ilhas é montanhosa, com muitos vulcões, como por exemplo, a região chamada de Alpes Japoneses e o famoso Monte Fuji. O país está sujeito a terremotos, maremotos e furacões permanentes. O Japão possui a décima maior população do mundo num território que é vinte duas vezes menor do que o Brasil, o que explica o grande fluxo migratório do século passado para outros países, inclusive o nosso. Tóquio e periferia continuam a ser consideradas a maior área metropolitana do mundo com mais de trinta milhões de habitantes. No Japão assim como há muitas pessoas, também há seguidores de inúmeras religiões, são elas:
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