Processo de globalização e a nova pobreza
Por: Julio Cezar Andrade Lima • 11/4/2017 • Seminário • 636 Palavras (3 Páginas) • 225 Visualizações
O texto “Processo de globalização e a nova pobreza” faz uma análise sobre o processo de globalização e as implicações econômicas e sociais dessa reestruturação da economia para os mercados econômicos dos países que fazem parte da proposta da Área Latino- Americana de livre comércio (Alca). Para tanto, o autor discute que a Alca é a proposta do governo norte-americano para estender o acordo Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta).
O processo de globalização teve sua origem a partir da conclusão feita pelos capitalistas e governantes de que seus lucros econômicos eram pequenos, embora grande parte da população encontrar-se em situação de pobreza. A Comissão Econômica para a América Latina e Caribe – CEPAL estimava que cerca de 220 milhões de pessoas se encontravam em estado de pobreza (Folha de S. Paulo, 26/8/2003, caderno B, p. B2, apud Para compreender a pobreza no Brasil, 2005).
No entanto, mesmo com este quadro de pobreza, falava-se que os gastos feitos pelos governantes mundiais para assegurar o que se compreendia como básico e indispensável para os seus habitantes, seriam uma das causas para as perdas de lucro. Desse modo, os Estados a fim de gerar mais lucros e ampliar a participação no mercado internacional, optaram pela redução dos gastos sociais e diminuição dos investimentos em serviços universalizados.
Outra medida foi à redução do controle sobre a economia. Neste sentido, os governos teriam mais liberdade para firmar acordos comerciais internacionais, ampliando o mercado e elevando a produção e as trocas comerciais.
A Alca é o resultado dessas medidas. A mesma é uma proposta criada por Estados Unidos para ampliar o Nafta para toda a América Latina. Sendo o Nafta composto por Estados Unidos, Canadá e México. Os integrantes deste último devem cumprir regras básicas, como por exemplo, os governos não podem subsidiar a atividade agrícola do seu país. Ademais, o México antes de compor o Nafta, intervia no plantio do milho, alimento básico dos mexicanos. Devido a população pobre não possuir condições financeiras para adquirir este alimento, o governo comprava grande parte da produção e revendia a preços menores. Com a política do Nafta o governo mexicano não pode subsidiar a produção do milho. Tal política ocasionou o aumento da pobreza e a migração de camponeses mexicanos para os grandes centros urbanos.
Os autores discutem que para o Brasil a Alca afetaria os ganhos da industria brasileira de suco de laranja e geraria desemprego. Pois o governo norte-americano defende seus produtores de suco de laranja, sendo as importações brasileiras vistas como inoportunas e ameaçadoras.
Um elemento que também contribui para o problema do desemprego é a variação da taxa de juros. Pois as empresas em muitos casos, só investem em contração de novos trabalhadores, quando adquirem empréstimos com taxas de juros condizentes com suas realidades financeiras. Sendo assim, terão como pagar os empréstimos e com juros mais baixos há uma maior distribuição de renda e torna-se possível a criação de mais vagas de trabalhos.
Os avanços tecnológicos implantados nas indústrias podem significar um aumento no numero de desempregados e o aumento do desemprego estrutural, onde a demissão implica a eliminação da vaga de trabalho. Com isso, os trabalhadores mais qualificados, a priori, possuem mais chances
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