RESENHA DO FILME “QUANTO VALE OU É POR QUILO?”
Por: Vanessa Puck • 31/5/2019 • Resenha • 928 Palavras (4 Páginas) • 615 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS – UFAM
FACULDADE DE EDUCAÇÃO – FACED
CURSO DE PEAGOGIA
SARA DE OLIVEIRA RODRIGUES
RESENHA DO FILME “QUANTO VALE OU É POR QUILO?”
MANAUS
2019
SARA DE OLIVEIRA RODRIGUES
RESENHA DO FILME “QUANTO VALE OU É POR QUILO?”
[pic 1]
MANAUS
2019
RESENHA DO FILME QUANTO VALE OU É POR QUILO
Cenário histórico
O filme é um paralelo entre duas épocas distintas: o Brasil Colonial e os dias atuais. O principal tema abordado na produção é a exploração da miséria como forma de marketing social, propagando, assim, uma imagem fictícia de solidariedade e compaixão, quando na realidade o único interesse político é se promover à custa daqueles que mais precisam de assistência.
Se em um primeiro momento aparentemente não há conexão entre as duas realidades, ao longo do filme percebemos, na verdade, o quanto elas estão ligadas e são semelhantes. Ambas são embaladas pela desigualdade, pela corrupção impune, pela exploração daquele que tem o poder financeiro e pela violência.
Resumo
A cena inicial traz uma escrava fugitiva, que está grávida. Ao ser capturada pelo capitão do mato, ela volta novamente para as mãos de seu dono e acaba por ter que abortar o seu filho, como forma de castigo. O fato seguinte acontece após um corte cronológico, onde uma ONG implanta o projeto Informática na Periferia em uma comunidade carente. Arminda, que trabalha no projeto, descobre que os computadores comprados foram superfaturados e, por causa disto, precisa agora ser eliminada e Candinho, um jovem desempregado cuja esposa está grávida, torna-se matador de aluguel para conseguir dinheiro para sobreviver.
O filme explora a história de Candinho é um rapaz trabalhador que é apaixonado pela noiva e o filho que vai nascer, e ao casar, se vê encurralado pela falta de dinheiro, com as cobranças da mulher e morando de favor com a tia da sua noiva. Assim teve que virar matador para sustentar sua família e Sergio compara essa história com a época dos capitães do mato, que perseguiam e matavam negros a troco de dinheiro por causa da pobreza e até mesmo, poder de servir aos nobres. Atualmente muitas pessoas acham que devem respeitar as pessoas de seu grupo como Candinho e sua família, mas não tem esse mesmo sentimento com outros grupos e são capazes até de prejudicar o outro se isso trouxer benefícios a si mesmo e ao seu grupo.
Os cortes realizados propositalmente no filme permite a construção do pensamento crítico, pois, ao mostrar o passado e os dias atuais podemos analisar e refletir sobre os avanços e retrocessos do ser humano.
Outro ponto que vale a pena destacar no filme é a construção de presídios como uma atividade lucrativa, vista como geradora de renda, pois as famílias dos detentos gastam com comida, hospedagem, transporte e gera emprego na construção de mais e mais presídios. È feita uma comparação do sistema carcerário com o navio negreiro, no entanto os senhores alimentavam e cuidavam dos escravos para que rendesse o trabalho e tivesse mais tempo útil e hoje, é o governo e a sociedade que mantém os presos.
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