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Resumo Sobre O Consumo E A Felicidade

Por:   •  21/5/2024  •  Resenha  •  1.031 Palavras (5 Páginas)  •  42 Visualizações

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Resumo Sobre o consumo e a felicidade

O artigo examina a relação entre consumismo e felicidade, destacando a mudança de foco da economia clássica para a influência psicossocial. Questiona a noção de que mais riqueza automaticamente significa mais felicidade, ressaltando que a posse de mais bens nem sempre resulta em maior contentamento. Dá a ideia de que os bens em si são neutros, mas seu uso social pode criar conexões significativas ou barreiras. Uma conversa com um taxista ilustra como o consumo vai além da utilidade prática, influenciando relações sociais e percepções de status. Também destaca o surgimento de movimentos anticonsumistas em contraste com o consumismo predominante, especialmente influenciado pela globalização. Em vez de focar apenas nos bens materiais, o autor convida à reflexão sobre seu significado mais amplo, enfatizando que a importância vai além do aspecto material.

Ao explorar a reflexão sobre o consumo, o artigo remonta ao século XVIII, e à preocupação inicial dos economistas clássicos com o "luxo". A obra "A Fábula das Abelhas", de Bernard de Mandeville, destaca a visão de que vícios privados podem levar a benefícios públicos. Mesmo economistas como Antonio Genovesi, do século XVIII, reconhecem os perigos do luxo, mas o consideram essencial para promover a riqueza das nações. Genovesi destaca a importância do luxo na cultura, polidez e virtude, além de ser um impulsionador da demanda. Abordasse também o consumo como meio de distinção social, onde o luxo é visto como uma força que promove mudanças e circulação social. Destaca a tradição napolitana de economia civil e a visão de que, na vida civil, interesses privados podem se tornar virtudes públicas. O consumo é visto como parte do progresso civilizatório, e a busca pela distinção social é considerada um impulso natural despertado por ocasiões naturais ou civis. O luxo é considerado um fenômeno ligado à vida urbana e um propulsor de mudanças e crescimento econômico em diferentes classes sociais.

Ao abordar a evolução do pensamento sobre o consumo na tradição da ciência econômica, o texto destaca que, durante o período clássico, os economistas adotavam uma abordagem socializada, considerando fatores sociais e psicológicos nas dinâmicas de consumo. No entanto, ao longo do tempo, especialmente com David Ricardo, a ciência econômica passou a buscar uma abordagem mais quantitativa e abstrata, resultando em um desinteresse pelas dinâmicas sociais e interpessoais. A revolução marginalista do final do século XIX, concentrou-se novamente no consumidor, mas este era visto como passivo diante de variáveis mensuráveis, como preço e renda. J. M. Keynes, no século XX, trouxe uma mudança significativa ao destacar a importância da demanda na economia, desafiando a "lei de Say". A crise de 1929, levou a um debate teórico e à publicação da Teoria Geral de Keynes, que influenciou a intervenção governamental para sustentar a demanda. O artigo destaca a relevância do consumo, do gasto público e da demanda para o crescimento econômico. Recentemente, economistas, enriquecidos pelo diálogo com outras disciplinas, voltaram a dedicar atenção ao consumo, especialmente em relação à felicidade, questionando a equação simplista de que mais riqueza leva a mais bem-estar. Indicando que a relação entre consumo e felicidade é complexa e social, abrindo espaço para estudos mais aprofundados sobre o tema.

Ao falar sobre a tradição da economia em relação à felicidade, o artigo destaca que a economia nasceu nos países mediterrâneos como uma ciência da "felicidade pública". No século XVIII, economistas italianos, especialmente os napolitanos, frequentemente discutiam a felicidade em seus tratados. No entanto, por dois séculos, a felicidade foi eclipsada pelo foco da reflexão econômica, voltando a se tornar um tema relevante na teoria econômica contemporânea. Os economistas agora se interessam pela felicidade devido à emergência de um fato novo: a relação complexa entre aumento da riqueza (renda) e felicidade. Ao contrário da hipótese implícita anterior de que o aumento

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