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Saddan Hussein

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Por:   •  8/10/2013  •  Seminário  •  3.788 Palavras (16 Páginas)  •  262 Visualizações

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uem foi Saddan Hussein?

Nascido no dia 28 de abril de 1937 em Awja, na região de Tikrit, no norte de Bagdá, numa família de camponeses, Saddam Hussein teve uma infância difícil. Seu pai morreu antes de seu nascimento e sua mãe morreu no parto . Ele foi criado por seus tios, em especial seu tio materno Khairallah Talfah, um oficial reformado do exército e um ávido nacionalista árabe que influenciou a sua tendência política e serviu de modelo para Hussein. Em 1956 ele se mudou para a casa de seu tio em Bagdá, onde foi preso no forte sentimento nacionalista árabe do Iraque varrendo na sequência da guerra de Suez esse ano.

No mesmo ano, dezenove anos, aderiu ao Partido Socialista Árabe Ba'ath , participou de um golpe de Estado fracassado contra o rei Faisal II. Ele começou a se tornar conhecido em 1959, ao tentar realizar o assassinato do ditador iraquiano, major-general Abdul Karim Qassim. Acusado de complô, foi condenado à morte à revelia em fevereiro de 1960, sentença da qual conseguiu escapar fugindo para o Egito, apesar de ferido, onde permaneceu no exílio até 1963. No Egito, ele continuou suas atividades políticas, observando atentamente as táticas e os movimentos de Gamal Abdel Nasser e sua política. No Cairo, concluiu seus estudos secundários e foi admitido na Escola de Direito.

Em fevereiro de 1963 o partido Ba’ath no Iraque derrubou o governo de Qassim, e Saddam retornou ao seu país. Saddam assumiu o comando da organização militar do partido. No ano seguinte, voltou à prisão, que só deixaria três anos depois.

Saddam Hussein participou em 1968 do golpe de Estado que levou este partido ao poder. É o início de sua ascensão até se tornar o homem forte do regime presidido por Ahmad Hassan Al-Bakr. Secretário-geral adjunto do Ba’ath, ele se tornou em 1969 vice-presidente do Conselho de Comando da Revolução.

Saddam controlou firmemente o conflito entre os ministérios governamentais e as forças armadas. Entre 1969 e 1979 o Iraque era governado exteriormente por Al-Bakr e nos bastidores por Saddam, que provou ser um astuto manipulador e sobrevivente. Nenhuma das decisões importantes na presente década foram tomadas sem o seu consentimento. Em 1979, Al-Bark renuncio a presidência e Hussein se torna o presidente do Iraque.

. Características do governo de Saddan Hussein

Como Secretário-geral adjunto do Ba’ath e vice-presidente do Conselho de Comando da Revolução, Hussein promoveu ativamente a modernização da economia iraquiana, juntamente com a criação de um forte aparato de segurança para evitar golpes na estrutura do poder e insurreições . Sempre preocupado em ampliar sua base de apoio entre os diversos elementos da sociedade iraquiana. Investiu pesado na saúde e na educação, o número de matrículas acabou batendo recorde, e Saddam. Em 1972 o Iraque nacionalizou o petróleo, o primeiro governo do Oriente Médio a fazer isso. Indústrias petroquímicas e de ferro e aço foram construídas. Depois de nacionalizar os interesses das petrolíferas estrangeiras , Saddam supervisionou a modernização do campo, a agricultura mecanizada em grande escala e distribuição de terras aos camponeses.

Para a consternação dos islâmicos conservadores, o governo de Saddam deu às mulheres mais liberdades e ofereceu-lhes alto nível de empregos no governo e na indústria. Em 1997, recebeu um prêmio da Unesco.

O Iraque foi o país mais afetado pela revolução islâmica no Irã. O Iraque precisava de uma liderança mais energética do que o previsto pelo Presidente Bakr.

Em 16 de julho de 1979, Al-Bakr renunciou e Saddam foi eleito presidente da República do Iraque.

Uma das primeiras coisas que ele ordenou que eram cartazes de si mesmo espalhadas por todo o Iraque, alguns tão alto quanto 20 pés, retratando-se em vários papéis: um militar, um deserto cavaleiro , um jovem licenciado. Ele cuidadosamente preparado uma imagem de si mesmo como um homem de família dedicado. Tudo em ordem para ganhar a confiança e o amor do povo iraquiano.

Hussein melhorou as qualidades na saúde e na educação, batendo recorde de inscrições nas escolas.

E como todo tirano, Saddam Hussein sempre temia que inimigos políticos o derrubassem. Construiu 23 palácios para uso pessoal, todos permanentemente vigiados, jamais dormia duas noites seguidas no mesmo local e jamais ingeria comida que não tivesse sido testada e provada por gente de sua confiança.

A ambição de Saddam por tornar-se o líder mais poderoso do Oriente Médio o levou a declarar guerra ao Irã dos aiatolás. Nessa época, inclusive, ele chegou a receber apoio norte-americano, uma vez que os EUA temiam as conseqüências da ascensão da Revolução Islâmica na região. Usando como pretexto a disputa por poços de petróleo, as relações entre Irã e Iraque deterioraram-se rapidamente.

Iraque e Irã iniciaram a guerra aberta em 22 de Setembro de 1980. O motivo seria a disputa territorial. Saddam foi no entanto apoiado pelos Estados Unidos, pela União Soviética e por vários países árabes, todos eles desejosos de impedir a expansão de uma possível revolução moldada no Irã.

No conflito, durante o qual Saddam aumentou a importação de armas do Ocidente, foram utilizados gases tóxicos na frente de batalha e estreitados os laços com os regimes árabes moderados. A guerra entre os dois países durou oito anos e nela morreram mais de um milhão de pessoas. Não houve vencedor declarado, e a guerra levou o país a sérias dificuldades econômicas.

O Iraque também invadiu e anexou o território vizinho emirado do Kuwait, país que mais ajudou financeiramente o Iraque durante a guerra com o Irã.

. Xiitas e Sunitas no Iraque

OS XIITAS representam mais da metade da população iraquiana, mais ou menos 60% e estão estabelecidos principalmente no sul do país. Acreditam que o sucessor seria Ali.

Depois de anos de opressão durante o regime sunita de Saddam Hussein, conquistaram ampla vitória nas eleições gerais de 30 de janeiro de 2005, chegando ao poder pela primeira vez na história do país.

Sua longa exclusão do processo político em benefício dos sunitas começou nos anos 20, quando as autoridades religiosas xiitas pediram aos fiéis que boicotassem as eleições organizadas pelo ocupante britânico.

A marginalização dos xiitas, que nos anos 50 eram maioria no Partido Baath e no Partido Comunista iraquiano, se acelerou nos anos 70, com o aumento do poder do clã sunita de Tikrit de Saddam Hussein.

A chegada ao poder de Saddam se traduz na proibição de algumas festas religiosas, como o Ashura, e uma repressão sangrenta contra os dirigentes religiosos xiitas. O mais importante deles, o aiatolá Mohamed Baqer Sadr, foi executado em 1980.

Em 1991, logo depois da derrota iraquiana na guerra do Golfo, uma revolta popular xiita explodiu na região sul do Iraque. Este amplo movimento de hostilidade ao poder foi reprimido de maneira sangrenta pelas autoridades.

Somente a queda do regime de Saddam Hussein em abril de 2003 permitiu aos xiitas a prática aberta de seus rituais.

Porém, os xiitas foram vítimas de vários atentados desde o início da guerra. Em agosto de 2003 em Najaf, pelo menos 83 pessoas morreram, incluindo o religioso Mohammed Baqer Hakim. No dia 2 de março de 2004, durante o luto sagrado de Ashura, mais de 170 pessoas morreram.

Em 19 de dezembro, as cidades xiitas de Najaf e Kerbala são de novo alvo de dois atentados (66 mortos). Em 28 de fevereiro, Hilla, cidade majoritária xiita, é alvo do atentado mais sangrento registrado desde abril de 2003, reivindicado pelo grupo do chefe da Al-Qaeda no Iraque, Abu Mussab al-Zarqawi (118 mortos).

Os xiitas formam atualmente uma comunidade não monolítica. O governo iraquiano, dominado por uma corrente religiosa majoritariamente fiel ao grande aiatolá Ali Sistani, é partidária de que sejam mantidas as forças estrangeiras, ao passo que o clérigo radical Moqtada al-Sadr, cujas tropas, o Exército de Mehdi, dirigiram no ano passado uma rebelião contra a ocupação, é um ferrenho opositor à presença dos americanos no país.

O Iraque ocupa um lugar considerável no xiismo. Os elementos fundadores desta facção da fé muçulmana nasceram nesse país e seis dos 12 imãs venerados pelo xiismo estão enterrados ali, em particular Ali, primo e genro do profeta Maomé, cujo mausoléu se encontra em Najaf, e Hussein, filho de Ali e neto do profeta, em Kerbala.

OS SUNITAS buscam se apresentar como a ortodoxia frente ao xiismo, ou seja, a facção que aplica as doutrinas, normas e costumes estabelecidos pela religião. Eles se submetem à sunna ("Tradição do Profeta") e geralmente obedecem o poder instalado, inclusive se não for religioso.

Uma corrente muito purista do sunismo é o wahabismo, atualmente doutrina de Estado na Arábia Saudita.

Os sunitas, apesar de majoritários no Islã, são minoritários dentro da população iraquiana, entre 20 e 25%.

Sempre estiveram à frente do Estado e dominaram o Exército e as forças de segurança. Sob o regime de Saddam Hussein, os sunitas se beneficiavam de sua proteção e ocupavam a maioria dos postos de comando, formando essencialmente os quadros superiores do Exército, da polícia e do Partido Baath.

Relegado ao segundo plano depois da invasão americana do Iraque, em março de 2003, em benefício dos xiitas e dos curdos, a minoria sunita surge de uma subrepresentação na Assembléia devido às convocações ao boicote que fizeram a seus eleitores em 30 de janeiro de 2005, provocando a perda de influência desta comunidade.

Já frustrada pelo aumento do poder dos xiitas, esta comunidade se sente alvo das inúmeras operações e detenções realizadas pelas forças iraquianas e americanas em bairros ou localidades povoadas por árabes sunitas devido à natureza de sua insurreição, formada essencialmente de sunitas.

Em 1997, começaram as desavenças do regime com a UNSCOM, comissão da ONU encarregada de supervisionar o desarmamento do Iraque, por causa da suspeita de que país buscava armamento químico e nuclear, o que se prolongaria por seis anos e que serviria de pretexto para os Estados Unidos invadirem o Iraque. Em 1998, EUA e Reino Unido bombardearam o Iraque, tentando forçar o regime de Saddam a colaborar com as inspeções da ONU.

Em 2001, como uma resposta aos ataques terroristas do 11 de setembro em Nova York e Washington, o presidente dos EUA, George W. Bush, incluiu o Iraque no chamado "eixo do mal", o que abria caminho para a nova campanha militar norte-americana contra o paíso presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, iniciou a "segunda fase contra o terrorismo internacional".

Bush acusou o Iraque de ter ou desenvolver armas de destruição em massa, defendeu que os Estados Unidos não poderiam esperar até que a ameaça do líder iraquiano Saddam Hussein se tornasse eminente. Após a invasão, no entanto não foi encontrada nenhuma prova da existência de tais armas. Para justificar a guerra, alguns responsáveis norte-americanos referiram também que havia indicações de que existia uma ligação entre Saddam Hussein e a Al-Qaeda. Apesar disso não foram encontradas provas de nenhuma ligação substancial à Al-Qaeda.

Saddam Hussein, acusou Bush de manipular a suposta ameaça que o Iraque representava para a paz mundial.

Os EUA também estariam interessados no petróleo iraquiano, o segundo maior produtor, e na localização geográfica do Iraque.

Frágil recuperação econômica, apesar da perda do petróleo iraquiano durante uma guerra não provocaria carência importante do produto,mais para os EUA, diplomatas norte-americanos estão buscando compromissos por parte de outros países produtores no sentido de que estes compensem a falta da produção iraquiana. A preocupação seria a possibilidade de que um aumento constante do preço do petróleo possa empurrar o país de volta para uma recessão

Aqueles que apoiam a guerra dizem que um governo novo e democrático no Iraque poderia se tornar um modelo para o resto da região. Governos repressores, poderiam se sentir compelidos a caminhar rumo à democracia e a eliminar terroristas, caso se convencessem que os Estados Unidos não fossem tolerar as suas atuais conjunturas.

. O julgamento de Saddan Hussein e a execução da pena

Em 2003, George W. Bush moveu contra Saddam uma guerra para tirá-lo do poder, acusando-o de cúmplice no terrorismo antinorte-americano. Em 20 de março, a coalizão anglo-americana iniciou a intervenção militar no Iraque com um bombardeio inicial sobre Bagdá. Saddam foi expulso do poder pelas tropas estado-unidenses e britânicas numa guerra não autorizada pelo Conselho de Segurança da ONU. Sua retirada do poder, porém, não significou paz para o Iraque, mas sua definitiva conflagração.

O paradeiro de Saddam foi desconhecido durante vários meses até que, em 4 de abril, a televisão iraquiana mostrou o ex-ditador, cercado de aliados seus, passeando pelas ruas da cidade. Em 8 de abril, um dia antes de as forças americanas atingirem o coração de Bagdá, um bombardeiro lançou quatro bombas de perfuração de bunkers contra um edifício da capital iraquiana, onde se acreditava que Saddam Hussein estivesse reunido com outros hierarcas do regime com o deliberado objetivo de assassiná-lo.

Mas ele conseguiu desaparecer depois que as forças da coalizão invadiram Bagdá, em 9 de abril.

As tropas encontraram o ex-presidente escondido num pequeno buraco subterrâneo camuflado com terra e tijolos. Embora estivesse armado com uma pistola e duas metralhadoras, rendeu-se pacificamente após uma suposta patética negociação onde pretendia subornar seus captores com a soma de US$ 750.000 que guardava numa maleta. "Sou o presidente do Iraque e quero negociar", teria proposto, em inglês. Segundo a coligação militar, foi um membro de uma família próxima a Saddam quem o delatou. Um jornal jordano publicou uma versão alternativa da prisão. Saddam teria sido drogado por um parente, que lhe servia de guarda-costas, e vendido aos americanos, em troca da recompensa milionária que era oferecida. A filha Raghad, exilada na Jordânia, diz que com certeza seu pai foi drogado, de outra forma teria lutado como "um leão". Paul Bremer e Tony Blair confirmaram esta notícia.

Saddam, que não apresentou resistência alguma, estava sujo e desorientado quando foi capturado. Posteriormente, foi submetido a um exaustivo reconhecimento médico e a um teste de DNA, que confirmou sua identidade. Entre as primeiras imagens transmitidas, algumas mostravam Hussein sendo examinado por um médico militar americano, assim como outras mostravam o local de sua captura.

Em 5 de novembro de 2006, após um julgamento conturbado, o tribunal iraquiano condenou Saddam à pena de morte por enforcamento por crimes contra a humanidade. No dia 26 de dezembro de 2006, um tribunal de apelação do Iraque confirmou a sentença contra Saddam Hussein.

Saddam Hussein, 69, foi entregue aos seus executores iraquianos pelas forças americanas que o custodiavam alguns minutos antes de seu enforcamento no início do dia 30 de dezembro, em Bagdad, gerando posições contrárias de várias instituições internacionais, como a Anistia Internacional, o Vaticano, bem como de vários países. A televisão estatal iraquiana levou ao ar imagens de Saddam Hussein, aparentando estar calmo, conversando com o carrasco que ajeitava a corda em volta de seu pescoço e o encaminhava para o cadafalso. Saddam se recusou a usar o capuz preto na hora da execução, tendo preferido ser enforcado com o rosto à mostra.

. Relações políticas e econômicas do Iraque com os Estados Unidos nos últimos 20 anos

Os Estados Unidos apóiam um golpe contra o governo do Iraque, em 1963, liderado pelo general Abdul Karim Qassim , que cinco anos antes tinha deposto o Ocidente aliada monarquia iraquiana. Os EUA estava preocupado sobre a crescente influência dos comunistas do governo iraquiano, sob sua administração.

Enquanto Qassim foi realmente morto por um pelotão de fuzilamento do partido Ba’ath, que derrubou ele, não havia um plano da CIA em separado para incapacitá-lo. Em seu pedido, disse que a morte do alvo não seria inaceitável para eles, mas não era o objetivo principal.

Os EUA romperam relações com o Iraque em 1967. Depois de Al-Bakr tomou o poder em 1968, cortou relações, mas os EUA fizeram a venda de armas ao Iraque ilegal. Em junho de 1972 todas as empresas estrangeiras, incluindo a Iraq Petroleum Company, foram apreendidas e declaradas de petróleo do Iraque seria usado como “arma política na luta contra o imperialismo e o sionismo”.

O Partido Ba’ath visto os esforços dos Estados Unidos para obter o "passo-a-passo" acordos provisórios entre Israel e os países árabes e do processo diplomático que levou à Acordos de Camp David como uma tentativa calculada para perpetuar a desunião árabe. Por conseguinte, o Iraque teve um papel de liderança na organização da oposição dos árabes a iniciativas diplomáticas dos Estados Unidos.

Sob a Ronald Reagan e George HW Bush administrações, os EUA autorizaram a venda ao Iraque de numerosos dupla utilização itens que tinham aplicações militares e civis de ambos, incluindo os produtos químicos.

A preocupação com a 1979 a Revolução Islâmica no Irã e sobre a invasão soviética do Afeganistão, o Iraque levou a reexaminar seriamente a natureza da sua relação com os Estados Unidos. Este processo levou a um gradual aquecimento das relações entre os dois países. Em 1981, o Iraque e os Estados Unidos envolvidos em nível baixo, as conversações oficiais sobre assuntos de interesse mútuo, tais como o comércio e a segurança regional.

No início de 1988, a relação do Iraque com os Estados Unidos foi, em geral cordial. A relação foi tensa no final de 1986, quando foi revelado que os Estados Unidos haviam vendido secretamente armas ao Irão. Mesmo que indiretamente, os EUA, manteve uma pressão diplomática e militar na tentativa de por fim na guerra contra o Irã.

Para a maior parte, o governo de Saddam Hussein acreditava que os Estados Unidos apoiaram a sua posição de que a guerra estava a ser prolongada só por causa da intransigência iraniana.

Os EUA realizam uma campanha secreta para derrubar o governo do Iraque.

Petróleo é o principal recurso. O Iraque e suas reservas comprovadas de petróleo, avaliadas em 113 bilhões de barris, são as segundas maiores, atrás da Arábia Saudita. Suas reservas prováveis são estimadas em 220 bilhões de barris.

. Atuação da ONU e da comunidade internacional no conflito

Depois de mais de sete anos de controle, o trabalho dos inspetores da ONU no Iraque se tornou o centro do conflito, com um papel que parece ir além da simples verificação do desarmamento do país. As inspeções começaram em 1991, depois da Guerra do Golfo, que motivou as sanções da ONU ao regime de Saddam Hussein e impuseram o embargo e a destruição das armas de destruição em massa.

O então presidente norte-americano, Bill Clinton, justificou assim um intenso bombardeio sobre o Iraque durante quatro dias consecutivos em dezembro de 1998, depois do qual declarou que tinha destruído todas as armas de destruição em massa do Iraque. Mais tarde, em dezembro de 1999, a Unscom foi desarticulada em meio ao descrédito geral quando se descobriu que sua estrutura foi utilizada por Washington para espionar o regime de Bagdá e bombardear o Iraque.

Em 12 de setembro de 2002, o atual presidente dos EUA, George W. Bush, anunciou a Assembléia Geral da ONU que uma ação militar seria inevitável, se o Iraque não cumprisse o que tinha sido imposto.

“Tomaremos as medidas nessesarias para assegurar que os nossos esforços no sentido de honhar os nossos compromissos de segurança global e proteger os americanos não sejam prejudicados pelas possíveis investigações, inquéritos ou processos a serem efetuados pelo Tribunal Penal Internacional, cuja juridiçaõ não se estendo aos americanos, e a qual não aceitamos.” Disse Bush. Tratava-se do mesmo texto que formulou a denominada Doutrina Bush, prevendo a realização de ataques armados preventivos dos EUA ao Iraque, numa clara violação dos princípios do Direito Internacional e da Carta das Nações Unidas.

A ONU não aprovou a intervenção militar, mas forçou o governo iraquiano a admitir a entrada de inspetores da organização para vistoriar o arsenal bélico.

Mesmo sem ter encontrado nenhum indício da existência dessas armas de destruição em massa, os Estados Unidos da América, apoiados pelo Reino Unido e outros países, decidiram invadir o Iraque. Tal medida, entretanto, não foi autorizada pelo Conselho de Segurança, já que a França, a Rússia e a China votaram contra. Este facto levantou um grande dilema relativamente ao futuro das relações internacionais, criando-se brechas na legitimidade da Organização das Nações Unidas.

O Direito Internacional adopta como regra, a proibição do uso da força ou ameaça do uso da força. A razão disso é o respeito à soberania e à autonomia política dos países, algo indispensável à normalidade das relações diplomáticas. Esta regra está contida no art. 2 da Carta das Nações Unidas.

A regra sofre excepções em três situações, quando se admite o emprego da força militar. São elas: a) autodefesa; b) autorização do Conselho de Segurança; c) intervenção humanitária. As duas primeiras são previstas na própria Carta, enquanto que a última é decorrência natural do desenvolvimento do Direito Internacional.

Apesar disso, os Estados Unidos da América invadiram o Iraque, país que também é membro da ONU, violando o artigo 51 da Carta das Nações Unidas, que autoriza o uso da força armada somente em caso de autodefesa.

Ao optar unilateralmente pelo uso da força, com o propósito deliberado de interferir com a independência política de um Estado, Bush foi muito além do que permitia o Direito Internacional. Para os “falcões”, não é aceitável que somente o Conselho de Segurança da ONU determine a existência de uma ameaça à paz, e que seja este organismo internacional o único que pode aplicar medidas coercitivas que considere pertinente. Ao que parece, o Direito Internacional terá que adaptar-se para responder às novas realidades da política, colocando-se a serviço da potência hegemônica.

Um novo texto alertava Bagdá de que esta era sua última chance e que enfrentaria graves conseqüências, se não cumprisse suas obrigações.

A resolução também fazia uma inversão da carga da prova, já que impunha a Bagdá demonstrar sua inocência, ao invés de exigir que os inspetores comprovassem que Saddam possuía armas de destruição em massa. No dia 27 de novembro, as inspeções foram retomadas e, em 7 de dezembro, o Iraque entregou um relatório de 12 mil páginas, garantindo não ter armas. O documento foi logo contestado pelos EUA e Grã-Bretanha.

tropas invadiram o Iraque para salvar a todos das armas de destruição em massa que ali havia, mas, que até hoje, ninguém encontrou.

. Atual situação política, econômica, social e cultural do Iraque

O Iraque tem sua economia baseada no petróleo, pois possui a 3ª maior reserva de petróleo no mundo. Sua segunda principal fonte é a agricultura, já que em média de 12% do solo iraquiano é cultivável. Além do cultivo camelos, búfalos e de bovinos, caprinos e ovinos.

Embora o país produza varios tipos de produtos a quantidade não é suficiente para consumo interno, o que acaba forçando o país a aderir às importações.

A cultura do Iraque se confunde com a história da Humanidade. Destaca-se a arte milenar do artesanato tradicional iraquiano, do qual os melhores exemplos são os tapetes, baseia-se no rico legado da cultura árabe.

Com o advento da invasão do Iraque pelos estadunidenses, ainda não se tem conhecimento sobre os impactos do conflito sobre os museus e tesouros guardados desde a antiguidade pelo povo iraquiano, mas crê-se que serão grandes.

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