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Tecnologia GEO Energética

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Por:   •  16/6/2014  •  Artigo  •  685 Palavras (3 Páginas)  •  246 Visualizações

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A paranaense GEO Energética mantém negociações avançadas com quatro grupos sucroalcooleiros do Centro-Sul para usar resíduos da cana de menor valor agregado, como vinhaça e torta de filtro, na geração de energia. O processo desenvolvido permite a fabricação de um biogás que pode ser convertido em eletricidade ou biometano, este último com características químicas equivalentes às do gás natural veicular, segundo Alessandro Gardemann, diretor da empresa.

Até o momento, foram investidos R$ 35 milhões em pesquisas e na operação da primeira planta em uma usina do Paraná - entre recursos próprios (R$ 16,25 milhões) e de financiamento do BNDES (R$ 18,75 milhões). Se conseguir fechar contratos com pelo menos três novas usinas, esse montante poderá subir nos próximos dois anos para R$ 360 milhões, dependendo das condições firmadas no contrato. "A usina pode entrar como sócia no investimento ou pode apenas ceder os resíduos", explica Gardemann.

Na última modalidade, detalha o executivo, a usina recebe em troca o adubo concentrado resultante do reprocessamento dos resíduos e elimina a necessidade de fazer a própria compostagem. "Também ficamos responsáveis pelo transporte da palha do campo até a nossa planta".

Na usina parceira do Paraná, da Cooperativa Agrícola Regional de Produtores de Cana (Coopcana), foi implantada uma capacidade para 4 megawatts de eletricidade. No fim deste ano começam as obras para ampliar a unidade para 16 MW, que demandarão mais R$ 35 milhões da empresa. Com maior oferta de resíduos, a capacidade da planta poderá chegar a 40 MW. Uma vez fechado negócio com as três novas parceiras, a GEO Energética conseguirá alcançar em 2014 uma capacidade instalada total de 110 MW.

O processo da bioenergética não usa o bagaço de cana como fonte de energia, mas apenas a torta de filtro, a vinhaça (resíduos do processo industrial) e a palha da cana (resíduo agrícola), itens hoje de menor ou quase nenhum valor comercial, explica o diretor da empresa, Evaldo Fabian.

Uma usina como a Coopcana, que processa 3,5 milhões de toneladas de cana por safra, produz resíduos (torta de filtro, palha e vinhaça) suficientes para atingir uma produção de 40 MW de eletricidade ou 200 mil litros de gás natural renovável, explica Fabian.

A tecnologia usada pela GEO Energética se assemelha ao conceito dos biodigestores usados na suinocultura - que usam o dejeto do suíno para extrair eletricidade. Mas com o adicional de ter uma escala muito maior e de usar o controle da temperatura, pressão e de aditivos para otimizar a produção energética.

A planta desenvolvida pela empresa contempla a mistura de resíduos sólidos e líquidos. O gás é gerado dentro de um reator e a energia é canalizada para uma subestação construída junto à usina. "Uma unidade com 30 MW de capacidade demanda investimentos de R$ 120 milhões, já incluindo a subestação e a ligação até o sistema elétrico nacional", diz Gardemann.

Quando a GEO Energética foi idealizada, em 2000, avaliou-se a produção de energia a partir de resíduos urbanos. "Mas percebemos que o resíduo agrícola tem uma capacidade de geração de gás quatro vezes maior", lembra Gardemann.

A partir de 2004, a empresa decidiu por focar no segmento de

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