A VIDA DIARIA E ESTRESSANTE DE UM EXECUTIVO
Dissertações: A VIDA DIARIA E ESTRESSANTE DE UM EXECUTIVO. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: juninhonovaes • 27/11/2014 • 3.090 Palavras (13 Páginas) • 368 Visualizações
Resumo
Para realizar o estudo de identificação dos elementos mais comuns no trabalho executivo e o tipo de manejo correspondente e predominante, foi necessário revisitar conceitos teóricos através de pesquisa bibliográfica, coletar dados empíricos, analisá-los, promover cruzamentos. A pesquisa de campo foi realizada através de um arquivo sobre a angústia da vida executiva relacionado ao ambiente estressante,temores , dilemas e sintomas causados dentre os períodos de exaustão; sobre como o executivo administra o estresse, se conversa com alguém sobre o assunto, qual é a raiz do estresse, se tem sido construtiva a tomada de soluções no seu trabalho. O questionário semi-estruturado foi aplicado em aproximadamente 350 empresas, levantando uma questão de um quadro preocupante. As análises dos dados apontam para resultados ao mesmo tempo antagônicos e lógicos. Através deles, tem-se uma noção de que as pessoas são a origem e também a solução do estresse no trabalho executivo.
Introdução
Investigar os possíveis fatores angustiantes no trabalho executivo e, de forma correspondente, o manejo predominante deste profissional nos dias atuais é, no mínimo, uma contribuição significativa para o campo de estudo que, até então, tem se direcionado para todos os colaboradores, de forma geral, nas organizações. Diante da constatação da existência de um grande índice desse fator no meio profissional, o estresse está ligado à maneira como a pessoa se relaciona com o meio ambiente e com suas expectativas a respeito de si mesmas, ou seja, em princípio a angustia é , uma resposta natural do organismo, que busca adaptar–se diante de uma nova situação.Problemas de relacionamento na organização, faltas ao trabalho, redução na produtividade dos sujeitos e na lucratividade das organizações, e diante de um contexto sócio-político e econômico marcado pela globalização e o neoliberalismo, parece vital inseri-los, analisá-los e avaliá-los na perspectiva do executivo. Apesar da sua recente existência enquanto profissão e formação em nível de graduação e especialização, não lhe podem ser negado o reconhecimento do exercício da função, desde sempre, “tempos idos, extintos luzimentos!”. As distintas e muitas abordagens teóricas do estresse no trabalho fornecem suporte ao estudo. Fundamentalmente contribuem para o gerenciamento do alto índice de insatisfação no trabalho, considerando a profissão, área de atuação e as pessoas que fazem parte do seu mundo de trabalho. Com tudo relacionando suas angústias e temores enfrentados todos os dias acaba se tornando o tema de um profundo mergulho nos corações e mentes dos altos executivos brasileiros para chegar á conclusão de que 84 de cada 100 altos executivos são infelizes no trabalho.
As pessoas estão conscientes que isso não acontece de repente, mas de que ele é resultante da relação entre as exigências do trabalho e o conjunto de habilidades do trabalhador, deparamo-nos com a possibilidade de que a mesma tarefa que pode ser estressante para um, é ótima para outro. Percebemos que os diferentes manejos utilizados por cada qual, muito provavelmente, estão imbricados no estilo de personalidade do sujeito. Ao passo que o estresse pode trazer doenças emocionais como a ansiedade, a depressão e a raiva, e prejudicar muito todos os trabalhadores independente do seu grau de hierarquia na organização, um manejo relativamente adequado pode configurar uma situação mais saudável. Para melhorar, suavizar ou eliminar determinados sintomas, características ou sinais pertinentes a um quadro de estresse, estudiosos da saúde recomendam algumas medidas como, por exemplo, tratar o corpo e a mente. Recomendam e incentivam a reavaliação do manejo, das formas de lidar com o mesmo. Este, quase sempre, pode ser um fator gerador do próprio estresse. Comportamentos e atitudes inadequadas no manejo do estresse, seguramente, ampliam e intensificam o sofrimento físico e psíquico do trabalhador. Logo, é conveniente um estudo que verifique quais os fatores estressantes mais comuns no trabalho do trabalhador executivo e qual o tipo de manejo predominante frente aos fatores estressores. Terá esse trabalhador clareza sobre o alcance e o significado da globalização decorrente das atividades específicas da sua área de trabalho? E mais: como ele costuma lidar com os fatores que considera estressante?
Com o alto nível de estresses relacionado a esse mercado novo se torna um tanto recompensador notar que as organizações estão percebendo a importância do bem-estar e da saúde do trabalhador dentro do seu ambiente de trabalho. As empresas estão promovendo a qualidade de vida que é motivadora e transforma o estresse negativo em positivo. Nota-se a preocupação dos empresários em tornar suas empresas locais agradáveis e saudáveis, eliminando, dentro do possível, agentes estressores.
Diante do exposto, registro ainda a expectativa de que o presente estudo poderá contribuir com esta jovem profissão, no sentido de tornar corrente, na graduação e pós graduação, debates, discussões, análises, reflexões, avaliações e sugestões relativas ao manejo do estresse eventualmente vivido pelo executivo no trabalho.
Por conseguinte, o estudo passou a dedicar-se a objetivos específicos como: revisitar conceitos teóricos sobre o estresse nas organizações como fonte iluminadora para o entendimento da temática, através de pesquisa bibliográfica, na perspectiva teórica dos autores; descrever os elementos obtidos a partir da aplicação, avaliação e análise dos resultados; identificar os elementos estressores mais comuns no trabalho do executivo e o tipo de manejo correspondente e predominante; promover o cruzamento destes dados, comparando e confrontando resultados; contribuir com os estudos acadêmicos e potencializar o desenvolvimento pleno das capacidades.
Balizando o estresse no trabalho
O estresse pode ser causado pela instabilidade no trabalho, apoiada na recessão. Problemas financeiros. Carga excessiva de trabalho e pressões psicológicas, a supervisão, vigilância no trabalho, as exigências do trabalho, a segurança no emprego, a responsabilidade pela vida e pelo bem-estar dos outros e o ambiente físico.
Como se pode observar, alguns estudos verificaram que a principal causa do estresse no trabalho pode ser resumida em ambiente físico, pressão psicológica e cultura da organização, o que merece um destaque neste estudo.
O ambiente físico pode ser analisado com o auxílio da ergonomia. A palavra ergonomia vem do grego: ergon = trabalho e nomos = legislação. “ergonomia pode ser definida como a ciência da configuração de trabalho adaptada ao
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