AD UNISUL

1. Cite e discuta, em um texto de 15 linhas, os passos de integração econômica. (5,0 pontos)

A integração econômica e seus passos decorrem, em minha opinião, com fins de construir novos e globalizados elos de ordem econômica, buscando desta forma atingir de forma paradoxal, um objetivo de consenso de ordens comercial, aduaneira, tributária, jurídica e econômica entre os seus integradores.

Iniciando pela eliminação de barreiras comerciais multilaterais, iniciando ao comércio da reciprocidade, constituindo um primeiro elo político ao processo de integração. Posteriormente, a unificação aduaneira, desta forma uniformizando o tratamento comercial e aduaneiro entre os integradores, estabelecendo marcos comuns de tarifação no comércio entre tais nações.

O processo intermediário constitui, para mim, o passo mais importante dos passos de integração econômica, que é o mercado comum, abolindo as restrições ao trabalho e ao capital, superando a abolição das restrições meramente comerciais de produtos. A próxima fase estabelece um fator de coalização, alinhamento e harmonização das políticas econômicas nacionais, que é o caso da união econômica, trazendo aí já um bom precedente de política de longo prazo economicamente a todas nações envolvidas na integração econômica.

Eu acho fundamental incluir um passo adicional não mencionado em nossa literatura acadêmica, que é a criação de blocos econômicos regionais, que eu pessoalmente considero um passo adicional adequado, diante das enormes dificuldades supranacionais de alinhamento econômico, sociopolítico e cultural. Nações próximas tendem a alinhar-se de forma mais concisa, não precisamente coerente ou coesa.

Por fim, a integração econômica total, é para mim, um princípio mais utópico que prático, dado que não haverá Estado soberano sem interesses próprios, suas políticas internas de desenvolvimento econômico e relações diplomáticas. Podemos afirmar que a União Européia possa ser um bloco econômico total, porém nos últimos 10 anos temos visto, que paradoxalmente todos os Estados integrantes ainda que protocolarmente harmônicos, constituem políticas paralelas e por vezes dissonantes do contexto da completude econômica integrada. E aí, está a minha observação sobre a utopia de tal estado. Tenho para mim, que a negociação em blocos regionais e acordos multilaterais ou bilaterais, meramente, tendem a ser mais efetivos sob a perspectiva da soberania do Estado e controle de eventuais descompassos econômicos e políticos externos ao próprio Estado.

2. A União Europeia introduziu o Euro como moeda única. Baseado na concepção do Euro, você acha possível introduzir-se uma moeda única no Mercosul? Justifique sua resposta em no mínimo 20 linhas. (5,0 pontos)

Pessoalmente, devido a ter vivido por longos anos fora do País, inclusive em longos períodos na Europa e presenciar in loco os mercados, as políticas e as realidades tão diversas economicamente de países laterais, eu notava que algo não parecia sustentável na zona do Euro. É fato, que o Euro trouxe alguns gaps políticos importantes e drivers econômicos comuns, porém em linhas gerais é espetacularmente real e visível, que o pós-Guerra ainda está no dia a dia dos países participantes da União Européia, com governos em muitos momentos antagônicos aos que paradoxalmente o bloco busca conferir quanto a unificação macroeconômica, políticas comuns e zelo interno aos participantes. Recente e ainda estamos observando a crise na zona do Euro, em que pese minha afirmação primeira. Desvarios nas políticas populistas na economia como em países como a Irlanda, Portugal e Grécia, países idiomaticamente diferentes e distantes, porém internos ao bloco com suas políticas para resolver o amanhã, como foi o caso de Portugal ao tentar vender sua dívida para a China, previamente abrindo 100% do seu mercado com 100% de incentivos aos chineses, sendo que a China ao fim não comprou a dívida