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ATPS Etapa 02

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Por:   •  16/10/2013  •  701 Palavras (3 Páginas)  •  280 Visualizações

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O consórcio modular como fator de competitividade: um estudo de caso na Volkswagen Resende.

Sabe-se que as empresas nacionais e multinacionais têm buscado vantagens competitivas no Brasil na última década. As montadoras estavam com seus parques industriais ultrapassados referentes à organização do trabalho, os layouts não facilitavam grandes mudanças e aumento dos complexos fabris tornava a administração mais lenta e com dificuldades de logística. Com o tempo as montadoras começaram a buscar o aprimoramento de seus serviços algumas montadoras se mudaram para outros estados e outras cidades. Quanto aos termos de prazos e à qualidade do produto estava ligado o modelo just-in-time. Devido a esta situação a Volkswagen desenvolveu em 1995/1996 o Consorcio Modular. O consórcio consiste em uma parceria da empresa e fornecedores. Com isso os riscos e os investimentos foram compartilhados, assim como a Volkswagen fica responsável pelo edifício e os parceiros pelos imóveis.

Nesta época a Volkswagen não era uma empresa que se destacava na produção de caminhão, então diante a aquisição da americana Chrysler no inicio da década de 80 a Volkswagen participa da joint venture com a Ford e cria-se Autolatina.

A Autolatina buscava redução de custos através das economias de escalas que poderiam atingir as empresas que operavam em conjunto. Conflitos, divergências estratégicas e turbulência devido ao processo de internacionalização da produção de automóveis, não permitiram que a parceria fosse adiante, e em 1994 começou o processo de dissolução da Autolatina.

A Volkswagen não queria apenas desenvolver uma nova planta e redesenhar a cadeia de suprimentos, mas renovar, recuperar e também estabelecer relações com fornecedores de peças e componentes para caminhões e ônibus, que foram perdidas na época da Autolatina, pois essas relações entre fornecedores eram feitas pela Ford Brasil.

Em 1996 é ocorrido a separação. Todas as plantas que trabalhavam sob a marca da Autolatina voltaram a serem operadas pelo seus donos. Então a Volkswagen sai da fabrica da Ford no bairro do Ipiranga em São Paulo, onde a Autolatina Construía ônibus e caminhões. E com a experiência anterior junta a fabrica do Ipiranga a empresa decide construir sua própria planta para fabricar seus veículos pesados.

A fabrica da Volkswagen que fabrica caminhões e ônibus se instalou na cidade de Resende no Rio de Janeiro, com 80 mil metros quadrados de área construída em um terreno de 1 milhão de metros quadrados.

Com a conclusão de como seria o produto baseando-se no Consórcio Modular, o passo seguinte foi a escolha dos parceiros, onde 53 equipes entre nacionais e internacionais foram analisadas, e nessa análise foi verificado as condições técnicas de cada empresa e os valores para o desenvolvimento da tarefa.

Somente 7 empresas fazem parte do processo:

|MÓDULO |EMPRESA |ORIGEM |

|Chassis |Maxion |Nacional |

|Eixo e Suspensão |Meritor |Americana |

|Rodas e Pneus |Remon |Nacionais (Maxion e Borlen) japonesa (Bridgestone) |

|Motor |Powertrain |americana (Cummins) alemã (MWM). |

|Cabine e acabamento final |VDO |Alemã |

|Montagem da carroceria |Delga/KG |Nacional |

|Pintura |Carese/Eisenmann |Alemã |

Na planta da Volkswagen em São Bernardo do Campo, foram encontrados diversos problemas operacionais, devido ao não uso do processo de Consórcio modular. São vários problemas encontrados com o fornecimento de peças. Em 2007 foi feito uma entrevista com os supervisores da área de produção e logística, onde foram relatados os seguintes problemas: Atualmente 7 fornecedores externos assumiram a produção de peças que antes eram produzidas internamente, destes 7 fornecedores, 5 localizam-se no estado de São Paulo, 1 em Santa Catarina e 1 em Minas Gerais. Eles são apenas fornecedores e não modulistas. O fornecedor de carcaças para câmbio, sediado em Minas Gerais, apresenta problemas de entrega e qualidade. Foi identificado, na visita à planta de São Bernardo do Campo lotes enormes de carcaças de câmbio que seriam devolvidas ao fornecedor em Minas Gerais por erro na usinagem

do diâmetro do eixo.

O fornecedor de bloco de motor, sediado no município de Mauá, próximo a São

Bernardo do Campo, simplesmente não tem condições de atender à demanda do cliente. A Volkswagen precisa constantemente recorrer a um fornecedor de bloco de motor na Argentina. Diversas peças do câmbio e do motor ainda são usinadas na planta de São Bernardo do Campo devido à falta de confiança nos fornecedores atuais.

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