Administração Espaço Profissional
Projeto de pesquisa: Administração Espaço Profissional. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 2/4/2014 • Projeto de pesquisa • 1.678 Palavras (7 Páginas) • 226 Visualizações
ANA PAULA OLIVEIRA DOS ANJOS
EDUARDO CEO SANTOS
GEISA NUNES TEIXEIRA RODRIGUEZ
MARINALVA DOS SANTOS PEREIRA
SIRLENE
SUMÁRIO:
INTRODUÇÃO.............................................................................................................5
DESENVOLVIMENTO..................................................................................................6
Desenvolvimento..........................................................................................................7
Desenvolvimento..........................................................................................................8
CONCLUSÃO..............................................................................................................9
REFERÊNCIAS .........................................................................................................10
INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO:
Marilda Iamamoto, caracteriza o assistente social como um trabalhador assalariado e portador de um projeto profissional enraizado de processos históricos e trata alguns determinantes históricos que explicam as metamorfoses dos espaços ocupacionais que são o Estado, empresas (privado), ONGS( 3º setor) e organizações da classe trabalhadora. Os espaços ocupacionais dos assistentes sociais e sua transformação só podem ser entendidos dentro de uma totalidade histórica e as formas assumidas pelo capital no processo de revitalização da acumulação no cenário de crise mundial. Segundo Pesquisa sobre o perfil dos assistentes sociais no Brasil, promovida pelo Conselho Federal de Serviço Social3, com base em dados em 2004 (CFESS, 2005), constata que, no nível nacional, 78,16% dos assistentes sociais atuam em instituições públicas de natureza estatal, das quais 40,97% atuam no âmbito municipal, 24%, estaduais e 13,19%, federais. Assim, assistente social no Brasil é majoritariamente um funcionário público, que atua predominantemente na formulação, planejamento e execução de políticas sociais com destaque às políticas de saúde, assistência social, educação, habitação, entre outras. O segundo maior empregador são empresas privadas com 13,19% (o mesmo índice que as instituições federais), seguido do “Terceiro Setor”, com 6,81% (englobando Organizações Não Governamentais (ONGs), Associações, Cooperativas, entre outras que viabilizam a chamada “responsabilidade social”). A grande maioria dos profissionais, 77,19%, possui apenas um vínculo empregatício; 10,31% registram dois vínculos e apenas 0,76, três ou mais. A ausência de vínculos é expressiva (11,74%), indicando a não inserção no mercado de trabalho na área de Serviço Social.
O principal tipo de vínculo é o de estatutário (55,68%) prevalecente em todas as regiões. Seguem os contratos com base na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), que representam 27,24%; os contratos temporários representam 9,41% e serviços prestados, 5,84%. Os demais vínculos não são significativos. A jornada de trabalho predominante é de 40 horas, abrangendo 50,70% dos assistentes sociais, seguida da jornada de 30 horas (28,65%). A carga de mais de 40 horas ocupa o terceiro lugar. O nível salarial, em salários mínimos, observa a seguinte ordem de maior incidência: 4 a 6 SM; 7 a 9 SM, mais de 9 SM e até 3 SM. Já a renda familiar é mais elevada que a renda profissional correspondendo a mais de 9 salários mínimos. A qualificação dos assistentes sociais brasileiros é a seguinte: 55,34% têm graduação; 35,26% têm título de especialista; 6,49% têm mestrado; 1,24%, doutorado e 0,67%, pósdoutorado. No que se refere à participação em atividade política, 68% não registram qualquer participação e 32% registram algum tipo de participação: em movimento da categoria de assistente social (44,89%); em movimentos sociais (32,18%), em movimento partidário (12,62%) e no movimento sindical (10,40%). Outro dado a destacar é a presença de 30,44% de assistentes sociais nos Conselho de Direitos ou de Políticas Sociais, como profissionais e militantes de base, envolvidos no exercício democrático do acompanhamento de gestão e avaliação da política, dos planos que as orientam e dos recursos destinados à sua implementação. As maiores frequências incidem nas áreas de: assistência (35,45%), criança e adolescente (25,12%), saúde (16,67%) idoso (7,08%), direitos humanos (6,57%), mulher (4,23%), portador de deficiência (1,41%).
O perfil desse trabalhador é de uma categoria fundamentalmente feminina (97%) com a presença de apenas 3% de homens; as idades prevalecentes encontram-se nas faixas entre 35 a 44 (38%) e 25 a 34 anos (30%), ainda que 25% estejam na faixa entre 45 e 59 anos. A maioria professa a religião católica (67,65); segue-se a protestante (12,69%) e a espírita kardecista (9,83%), e 7,92% não têm qualquer religião. As demais preferências religiosas não têm incidência significativa. A maioria dos assistentes sociais se identifica como branca (72,14%) e as que se declaram pretas e negras totalizam 20,32%. Em relação à orientação sexual, 95% são heterossexual, 3%, homossexual e 2%, bissexual. A maioria (53%) é casada e 47% são solteiros.
O mercado dentro desta perspectiva liberal acaba por regular as relações sociais impulsionando a competição e o individualismo e desarticulando formas de luta e negociação coletiva. Impulsiona-se uma privatização e mercantilização da satisfação das necessidades sociais favorecendo a produção e circulação de mercadorias. O bem estar social passa a ser transferido no foro privado dos indivíduos com seu trabalho voluntario restando ao Estado a responsabilidade da pobreza extrema. Neste cenário cresce o desemprego, a desregulamentação e informalização das relações de trabalho, crescem as políticas focalistas. Ocorre uma reorientação do gasto público em favor do grande capital financeiro e em detrimento da economia política do trabalho.
A despolitização da classe subalterna e sua divisão por categorias faz parte da estratégia política e ideológica de legitimação do capital, o consenso de classe é alimentado pela mídia, iniciativas empresarias e pela re-estruturação do Estado e suas correspondentes políticas sociais que passam a organizar-se no crivo da privatização, focalização e descentralização, terreno onde se inscreve o trabalho dos assistentes sociais.
O espaço profissional é um produto histórico, o trabalho profissional é resultante da história e dos agentes a que ela se dedicam, pois a correlação de forças e grupos sociais cria em várias conjunturas limites e possibilidades que o profissional pode se mover. O espaço profissional não está consolidado socialmente, as demandas se abrem historicamente no curso da realidade.
Como trabalhador assalariado, ou seja, que precisa vender sua força de trabalho subordina esse trabalho de qualidade aos pareceres do trabalho abstrato e o impregna dos dilemas da alienação, condicionando a sua autonomia e a implementação do projeto profissional tendo que ser dotado de liberdade e teleologia capaz de realizar projeções e buscar implementá-la na vida social cuja ações são submetidas ao poder dos empregadores e determinadas por condições externas aos indivíduos os quais são socialmente forjados a subordinar-se ainda que coletivamente possam rebelar-se. Esse dilema é apreendido no cotidiano quando se percebe o distanciamento entre teoria e prática. O que determina o cotidiano das ações profissionais são as condições sociais que circunscrevem esse trabalho e relações sociais por meio dos quais ele se realiza. Que interferem no seu direcionamento, nas suas atribuições, no recursos autorizados que repercutem na qualidade do trabalho, soma-se a isso o cumprimento de metas, as pressões por prazos e rotinas. Ele encontra-se sujeito a determinantes externos que o limitam no mercado de trabalho. Uns dos elementos que incidem sobre o trabalho realizado no âmbito do aparelho de Estado é a burocracia (é a separação dos interesses particulares do interesse geral) e isso pode impregnar a atuação do profissional na relação com o sujeito invadindo seu ambiente privado.
Assim um desafio é romper com posições ora fatalistica, ora messiânica. A primeira superestima a força e a lógica do comando do capital no processo de reprodução. E a outra é deslocar a ênfase para a vontade política do coletivo profissional correndo o risco de diluir a profissionalização.
Outro desafio é participar de pesquisas e produção acadêmica no cotidiano da profissão para entender e se compreender dentro de um processo histórico em constante transformação. É fundamental o respaldo coletivo da categoria para a definição de um perfil profissional, valores que orientam, competências teórico-metodológicas e operativas é uma estratégia de alargamento da relativa autonomia contra a alienação do trabalho assalariado. O fato do serviço social ser regulamentado como uma profissão liberal, embora em choque com a sua prática efetiva, que depende de uma relação contratual de trabalho com as entidades empregadoras , atribui ao profissional certas prerrogativas , como o respeito a um código de ética , que lhe preservam um certo poder de barganha diante das instituições, na defesa de suas próprias iniciativas.
Uma das atividades exercida pelo profissional é socialização das informações, não trata-se só ao repasse de dados sobre as normas e recursos legais, mas é uma informação transmitida na ótica do direito social, envolve uma reflexão ao sujeitos que demandam seus direitos. Essa atividade extrapola uma abordagem individual, pois um individuo faz parte de uma coletividade, impulsiona a articulação do trabalho com as forças organizadas da sociedade civil abrindo canais para a articulação do individuo com grupos e entidades capazes de negociar interesses comuns.
O assistente social ao atuar na intermediação entre as demandas da população usuária e o acesso aos serviços sociais, coloca-se na linha de interseção das esferas públicas e privadas, como um dos agentes pelo qual o Estado intervém no espaço domestica dos conflitos presentes no cotidiano das relações sociais.
A metamorfose dos espaços ocupacionais do assistente social
Vivemos uma tensão entre a defesa dos direitos sociais universais e a mercantilização e refilantropização do atendimento às necessidades sociais com claras implicações nas condições e relações de trabalho do assistente social.
A difusão das redes de parceria social e os fundos de solidariedade vão à contramão da legislação que considera a assistência social como direito e acaba por potencializar marcas como o clientelismo, fragmentação institucional, ausência de participação e controle popular. Por esse meio o governo articula-se à iniciativa privada e a organização do chamado terceiro setor como um novo modelo de gestão da área social. Essa tendência do deslocamento da satisfação de necessidades da esfera pública para esfera privada ocorre em detrimento das lutas e de conquistas sociais e políticas extensivas a todos, seria uma regressão da cidadania. Esse processo acaba por afetar o espaço ocupacional de várias categorias profissionais entre as quais os AS que atuam com prestadores de serviços sociais.
Segundo o CEFSS (Conselho Federal de Assistência Social), As primeiras escolas de Serviço Social surgiram no Brasil no final da década de 1930, quando se desencadeou no país o processo de industrialização e urbanização. Nas décadas de 40 e 50 houve um reconhecimento da importância da profissão, que foi regulamentada em 1957 com a lei 3252. Acompanhando as transformações da sociedade brasileira, a profissão passou por mudanças e necessitou de uma nova regulamentação: a lei 8662/93. Ainda em 1993, o Serviço Social instituiu um novo Código de Ética, expressando o projeto profissional contemporâneo comprometido com a democracia e com o acesso universal aos direitos sociais, civis e políticos.
A prática profissional também é orientada pelos princípios e direitos firmados na Constituição de 1988 e na legislação complementar referente às políticas sociais e aos direitos da população.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRAFIA
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