Analise Comportamental
Pesquisas Acadêmicas: Analise Comportamental. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: 01125181 • 2/5/2014 • 1.730 Palavras (7 Páginas) • 743 Visualizações
O termo Análise Funcional é empregado inúmeras vezes por analistas do comportamento durante atividades científicas, didáticas e de prática clínica. Dada a sua ampla utilização, o presente artigo tem como objetivo realizar uma breve caracterização desse método e apresentar um modelo de apresentação de análises funcionais que procura ser simples, claro e conciso, exemplificado com comportamentos da professora e dos alunos da 3ª série de uma Escola Pública de Ensino Fundamental (1ª à 9ª série) da cidade de Piracicaba.
I - INTRODUÇÃO TEÓRICA
Considerando a explicação de Botomé, “podemos definir o comportamento pelas características da ação de um organismo, pelas intenções do organismo que age, pelasrelações de ação com o ambiente no qual ela é apresentada, etc.
Senso comum de comportamento é dado pelo mau comportamento social, porém dentro da noção científica de comportamento, vemos que a ação ainda é insuficiente para dizer o comportamento. Comportamento não é ação; comportamento tem origem precedente muito anterior, sendo mais difícil descobrir o motivo que levou a esse comportamento.
O momento é relevante para entender que o comportamento ocorre sempre diante de um objetivo, uma condição, um antecedente que determina qual será a ação e o resultado, o efeito. O comportamento só existe quando há a tríplice contingência – antecedente, uma ação e uma consequência.
O antecedente é o motivo, a causa que levou a ação e o consequente, o resultado obtido com a ação, com a decisão tomada.
Um comportamento é uma relação entre a ação de um organismo e o ambiente em que ela ocorre, sendo o ambiente entendido como aquilo que ocorre antes ou junto com a ação e aquilo que acontece depois (imediatamente ou não ) da ação.
“Em relação ao comportamento humano acontece o mesmo: podemos defini-la de diferentes maneiras. Conforme o que for considerado na definição podemos entender, estudar e investigar diferentes coisas”. (Botomé, Paulo S.)
Como a relação entre aquilo que o organismo faz (sua ação) e o ambiente no qual ele faz esta ação.
Em nossa linguagem é muito frequentre encontrarmos verbos que enfatizam ora a açào do organismo, ora a relação entre a ação e a situação, ora entre a ação e a consequência, ou seja, são elementos interligados e relacionados para entender um comportamento.
A estas múltiplas relações costuma-se chamar de contingências. O comportamento sempre ocorre em um complexo de contingências como as esquematizadas.” (Botomé, Paulo Sílvio – A definição de Comportamento).
"Uma formulação das interações entre um organismo e o seu meio ambiente, para ser adequada, deve sempre especificar três coisas: 1) a ocasião na qual ocorreu a resposta, 2) a própria resposta e 3) as conseqüências reforçado-ras. As relações entre elas constituem as 'contingências de reforço'" (Skinner, 1975, p.182).
"é apenas quando analisamos o comportamento sob contingências conhecidas de reforço que podemos começar a ver o que ocorre na vida cotidiana. Fatos que inicialmente desprezamos começam a comandar a nossa atenção, e coisas que inicialmente nos chamavam a atenção aprendemos a descontá-las ou ignorá-las. (...) Em outros termos, não mais encaramos o comportamento e o ambiente como coisas ou eventos separados, mas nos preocupamos com a sua inter-relação. Procuramos as contingências de reforço. Podemos então interpretar o comportamento com mais sucesso" (Skinner, 1975, p.184).
De acordo com Hübner, “geralmente o problema de estudo está diretamente relacionado ao comportamento extra-classe de fixar os conteúdos trabalhados em aula, ou seja, ao comportamento de estudar, porque classicamente, as condições antecedentes ao comportamento de estudar envolvem os estímulos do ambiente de estudo.
Tendo em vista que as regras são estímulos verbais antecedentes que controlam o comportamento e que elas são traduzidas nos discursos e instruções, vale a pena analisar algumas regras relativas ao comportamento de estudar vigentes nas famílias” pró-saber” e “anti-saber”.
Importante, entretanto, lembrar que a Análise do Comportamento vem estudando as complexas implicações entre regras e contingências, entre o comportamento verbal e não verbal, objeto de outras publicações. Tais complexidades alertam para o fato de o efeito das regras sobre o comportamento vai depender de muitos fatores, dentre eles a história de coerência ou incoerência entre regras econtingências, e seus efeito combinam-se com os efeitos dascontingências. Além disso, nem sempre é simples distinguir um comportamento governado por regras daquele controlado por contingências.
O maior problema aqui, típico das famílias que geram o comportamento anti-saber”, refere-se ao uso do sistema aversivo, que consiste na apresentação de consequências desagradáveis ou irritantes ao aluno, ou retirada de reforçadores positivos, pois esse sistema reduz, como é sabido, a probabilidade de ocorrência do comportamento.
Por outro lado, nesse aspecto de consequências, em combinação com as condições antecedentes, a Psicologia é quase uníssona em concluir que o incentivo, aliado ao combinado claro de limites e uma disposição dos pais e professores para serem “dicas eficientes”, “continentes”e modeladores auxiliares dos conteúdos escolares, são asmelhores essências das contingências que aumentam o interesse de alunos pelo estudar.” (Hübner, Martha M.)
II – MÉTODO
a) Situação/ participante
O estudo foi realizado em uma escola pública de “médio porte” de Ensino Fundamental na cidade de PIRACICABA. A classe era composta por, aproximadamente, 31 anos alunos, além da professora, que freqüentavam a 3ª série A, tendo de 9 a 10 anos de idade (na classe havia alguns alunos repetentes).
b) Material
Para fazer as análises funcionais dos comportamentos dos alunos e da professora foi utilizada uma matriz que permitiu separar didaticamente a condição antecedente, a resposta e a condição subseqüente do comportamento em análise.
Matriz de Análise Funcional
Condição antecedente Resposta/ação Condição subseqüente
Foi utilizado também pelas alunas durante as observações materiais como papel, lápis e caneta, para fazer as anotações.
c)
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