TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Analise Das Demonstracoes Financeiras

Casos: Analise Das Demonstracoes Financeiras. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  14/9/2014  •  3.019 Palavras (13 Páginas)  •  541 Visualizações

Página 1 de 13

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 3

1 DRE 4

1.1Analise Vertical e Analise Horizontal 6

1.2 Análise das Possíveis causas das Variações 12

2 ÍNDICICES ECONÔMICOS E FINANCEIROS 13

2.1 Calculo dos seguintes índices financeiros 13

3 MÈTODO DUPONT 18

3.1 Analise pelo método Dupont e termômetro de insolvência 18

4 FLUXO DE CAIXA 20

4.1 Determinação da Necessidade de Capital de Giro 20

4.2 Relatório Geral da Indústria Romi S.A 21

5 CONCLUSÃO 24

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 25

INTRODUÇÃO

A interpretação da Estrutura e Análise das Demonstrações Financeiras é mais uma importante tarefa a ser desenvolvida pelo Administrador, o número propriamente dito não diz muita coisa em algumas situações, o que nos leva a um aprofundamento maior nos estudos destas interpretações.

O Administrador de posse das Demonstrações Financeiras deverá ser capaz de fazer projeções e apontar as áreas que a Empresa deverá rever suas metas e processos, de posse desses dados ele também será capaz de orientar investidores e proprietários de negócios em relação aos mais diversos pontos observados nas Demonstrações de Finanças. Para o desenvolvimento desta tarefa tomaremos como base as Demonstrações da Empresa Romi SA situada no Estado de São Paulo e relativas aos períodos de 2007 e 2008.

1 DRE

A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), tem como objetivo, além de evidenciar o resultado do exercício tanto o lucro que a empresa obteve quanto o prejuízo de um determinado período, também demonstra a origem dos recursos próprios que são aplicados na empresa (receitas), assim como todos os gastos (custos e despesas) envolvidos na geração da riqueza da entidade.

Por essa demonstrações ser estruturada de forma logica e ordenada, demonstrado, assim, os fatores que influenciam no resultado do exercício (lucro ou prejuízo), a analise extraída dessa demonstração irá auxiliar os usuários da contabilidade na tomada de decisão.

Para a elaboração dessa demonstração, deve-se utilizar o Regime Contábil de Competência, que determina que as receitas e despesas são apropriadas ao período de apuração em função de sua inocorrência (fato gerado), independentemente de terem sido recebidas (receitas) ou pagas (despesas) dentro do período de apuração.

A evidenciação da DRE retrata uma peça contábil de caráter econômica (relacionado a riqueza da entidade), e não financeiro (relacionado a dinheiro), este último será evidenciado no Fluxo de Caixa.

1.1ANALISE VERTICAL E ANALISE HORIZONTAL

A análise vertical e horizontal presta-se fundamentalmente ao estudo de tendências, a analise vertical baseia-se nos valores relativos das contas das demonstrações financeiras, para isso, é calculado o percentual por cada conta em relação a um valor base.

A análise vertical mostra a importância relativa de cada conta dentro da demonstração e, através da comparação com padrão do ramo de atuação ou com relação da própria empresa em anos anteriores, permite inferir se há itens fora das proporções usuais.

A análise horizontal relaciona cada conta de demonstrações financeira com sua equivalente de exercícios anteriores, mede, então, evolução das contas ao longo de dois ou mais exercícios, permitindo uma ideia de tendência futura.

A análise horizontal é afetada pela inflação, é necessário transformar todos os dados em valores presentes de uma mesma data, através da utilização de um índice de atualização do poder aquisitivo da moeda, a aplicação desse método permite determinar a evolução rela das contas.

É recomendado que ambas as análises sejam usadas em conjunto, de modo que ambas devem ser entendidas como uma única técnica de análise.

Com os cálculos realizados e analisados, segue as possíveis causas das variações:

A) Vendas: aumentaram muita na comparação entre os exercícios, 10,15%, o que é um excelente indicador de crescimento desde de que considerados os lucros inerentes as vendas;

B) Custos do produto: houve um aumento nos custos muito expressivo, 15,74%, o que é preocupante e deve ser combatido; para que possam continuar aumentando as vendas;

C) Na margem bruta: outro bom indicador de crescimento, teve aumento positivo de 7,25%;

D) Despesas operacionais: subiram 15,64% e considerando o aumento da receita, vendas, margem bruta demonstra a crise mundial daquele período e a Empresa passou por dificuldades, mas tendo produtos fortes e consolidados teve os reflexos minimizados;

E) Contas patrimoniais: tivemos uma redução do patrimônio líquido de 46,33% para 40,84%, em função de uma estratégia de reduzir o ativo circulante e aumentar o ativo permanente.

1.2 ANÁLISE DAS POSSÍVEIS CAUSAS DAS VARIAÇÕES

Utilizando-se dos conhecimentos da disciplina e fazendo as respectivas analises podemos montar um cenário para aquele período a Empresa demonstra estar no bom caminho e ser viável, mostra também que passou por um período de dificuldades e que foi afetada pela crise mundial daquele período, seus diretores não ficaram apáticos demonstraram reação e dinamismo, o que é um bom indicador para o investidor.

2 ÍNDICICES ECONÔMICOS E FINANCEIROS

Os Índices Financeiros envolvem métodos de cálculo que consistem em relacionar contas ou grupos de contas para analisar e monitorar o desempenho econômico-financeiro de uma empresa.

Para Gitman (2010), a análise de índices envolve métodos, cálculos e interpretações de índices financeiros para compreender, analisar e monitorar o desempenho da empresa. A Demonstração de Resultado do Exercício - DRE e o 18 Disciplinarum Scientia. Série: Ciências Sociais Aplicadas, S. Maria, v. 5, n. 1, p. 15-34, 2009.

Balanço Patrimonial - BP são os demonstrativos fundamentais para a análise. Para Matarazzo (2010), índice é a relação entre um grupo de contas das demonstrações financeiras que busca informar sobre a situação econômica e financeira da empresa. Os índices são a técnica de análise mais empregada e fornecem ampla visão da situação econômica ou financeira da empresa.

A análise das demonstrações financeiras pode subdividir-se em análise da situação financeira e análise da situação econômica. Primeiramente, analisa-se a situação financeira da empresa e após a situação econômica. Por último, juntam-se as informações dessas duas análises. Assim, os índices dividem-se em índices para análise financeira, que englobam os Índices de Estrutura de Capital e os Índices de Liquidez. Para avaliar a situação econômica de uma empresa, têm-se os Índices de Rentabilidade (MATARAZZO, 2010).

2.1 CÁLCULO DOS SEGUINTES ÍNDICES FINANCEIROS

A) Estrutura de Capital

¬

B) Liquidez

C) Rentabilidade

Segundo Stephen Kanitz acredita-se que as empresa obtém um lucro de 50% no mínimo, porém esta não é a realidade de muitas empresas até mesmo as consideradas grandes. Com um custo de produto alto que envolve mão-de-obra, matéria prima, fornecedores e principalmente Impostos que no Brasil é recolhido em media 52% da renda de uma empresa. Entendemos que 2,3% pode ser muito embutido no preço do produto, mas é pouco em vista do que é investido.

A Analise da rentabilidade dos exercícios 2008/2007, indica 17%.

Liquidez Geral

Para cada 1,00 de Obrigações Totais a empresa conta com 1,42 em 2008 e 0,16 em 2007 para recursos totais.

Liquidez Corrente

Para cada 1,00 de obrigações em curto prazo a empresa conta com 2,14 em 2008 e 2,51 em 2007 em recursos que se transformarão em dinheiro em curto prazo.

Liquidez Seca

Para cada 1,00 em obrigações a empresa conta com 1,45 em 2008 e 1,93 em 2007 para cumprir os compromissos de curto prazo.

A composição de endividamento chega a quase 45% e as imobilizações a quase 30%, produto parado sem lucratividade e/ou retorno imediato. No caso dos imobilizados a empresa conta com 40% para retornos líquidos, muito pouco para uma empresa. Muitas empresas acabam fechando por falta de informação, acreditam que terão um lucro bem maior.

3 MÉTODO DUPONT

O principal conceito do método DUPONT é demostrar a eficiência no uso doa ativos da empresa. Se falamos da eficiência na utilização das contas do Patrimônio Total, deveremos excluir, para efeito de cálculo, os valores que compõe o Custo dos Produtos ou Despesas, que ainda compõe o Passivo, em outras palavras, no cálculo do Giro do Ativo, deveremos utilizar as Receitas de vendas divididas pelo Ativo Liquido, entendido como o Ativo Total menos o Passivo Operacional.

De acordo com Gitman (1997, p. 125) o sistema DUPONT “funciona como uma técnica de busca que ajuda a localizar as áreas-chaves responsáveis pela desempenho financeiro da empresa”. Portanto, a fórmula DUPONT inicial mede de duas formas o seu retorno, primeiro com os lucros sobre as vendas, e segundo com a eficiência da utilização de seus ativos.

3.1 ANALISE PELO MÉTODO DUPONT E TERMÔMETRO DE INSOLVÊNCIA

a) Rentabilidade do ativo pelo Método Dupont

RA=Vendas liquidas/ativo liquido x lucro/vendas liquidas

RA= 129.169/124.835 x 1,72/129.168 = 0,133

Giro: 129.168/1.248.835 = 0,10 vezes

Margem: 129.168/111.563 = 15%

Retorno sobre ativo: 0,10 x 15% = 1,5%

b) A situação de insolvência, penumbra ou solvência da empresa

A = LL/PL x 0,05 = 112.953 / 679.243 x 0,05 = 0,008

B= AC+RLP / PC+ELP X 1,65 = 886.876/414.144+514.195/567.056 X 1,65= 3,62

C= AC - Estoques/PC x 3,55 = 886.876 – 285.344 / 414.144 x 3,55 = 5,15

D=AC / PC x 1,06 = 886.876 / 414.144 x 1,06 = 2,26

E=PC + ELP / PL x 0,33 = 981.200 / 679.243 x 0,33 = 0,47

FI = A+B+C-D-E

FI = 0,008+3,62+5,15 – 2,26 – 0,47 = 6,04 = SOLVÊNCIA

4 FLUXO DE CAIXA

O Fluxo de Caixa visa mostrar como ocorreram as movimentações de disponibilidade em um dado período de tempo, para uma boa gestão financeira é necessária a utilização de ferramentas gerenciais, como o Fluxo de Caixa, entre outros, que visam orientar e planejar os recursos disponíveis.

Fluxo de Caixa apresenta sempre resultados a curto prazo, ou pelo menos demonstrem a saúde financeira da empresa no tempo mais perceptivo possível.

Denomina-se por fluxo de caixa, o conjunto de ingressos e desembolsos de numerários ao longo de um período projetado. O fluxo de caixa consiste na representação dinâmica da situação financeira de uma empresa, considerando todas as fontes de recursos e todas as aplicações em itens do ativo (ZDANOWICZ, 2000).

O principal objetivo da demonstração de fluxo de caixa é fornecer informações sobre recebimentos e pagamentos em moeda corrente de uma empresa durante um período. Um segundo objetivo é fornecer informações sobre as atividades operacionais, de investimento e de financiamento da empresa durante o período.

4.1 DETERMINAÇÃO DA NEESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO

Analisamos as necessidades de Capital de Giro da empresa analisada, o prazo médio de rotação de estoque, o prazo médio de recebimento das vendas, o prazo médio de pagamento das compras, assim podemos determinar, em dias, o Clico Operacional da empresa, com isso determinar em dias o Ciclo Financeiro da empresa.

NCG = ACO – PCO

NCG = 886.876 – 414.194 = 472.732

PMRE = Estoques/Custo das Mercadorias x DP

PMRE = 285.344/416.550x360

PMRE = 246,60

PMRV = Duplicatas a Receber/Receita Bruta de Vendas x DP

PMRV = 77.463+1.686/836.625x360

PMRV = 34,05

PMPC = Fornecedores/Compras x DP

PMPC = 31.136/518.850x360

PMPC = 21,60

CO = PMRE+PMRV

CO = 246,60+34,05

CO = 280,66

CF = CO – PMPC

CF = 280,66 – 21,60

CF = 259,06

4.2 RELATÓRIO GERAL DA INDÚSTRIA ROMI S.A

Seguindo os dados da análise dos índices econômicos e financeiros da Indústria Romi S.A em 2007 e 2008, e através da interpretação da Análise Vertical e Horizontal do Balanço Patrimonial e da DRE, vamos tentar demonstrar um cenário financeiro para o referido tempo:

• O uso do recurso de Capital de Terceiros em 2008 aumentou 6%, mostrando que está um pouco mais dependente deste recurso, provavelmente em função dos aumentos nos custos e despesas de produção;

• A análise do endividamento mostra que a dívida em curto prazo diminuiu 1%, demonstrando o aumento dos prazos, em uma tendência de espera por recuperação do cenário mundial;

• Os Volumes do Patrimônio Líquido, apresentados que em 2007 apontavam que a Romi tinha investido 26% do Patrimônio Líquido no Ativo. Já no período de 2008, esse percentual diminuiu para 15%, demonstrando alterações nas políticas da mesma ao dirigir seus recursos para o Ativo Circulante, financiando com recursos próprios as operações que envolvem o Capital de Giro da Romi;

• O nível de Imobilização dos Recursos não Correntes demonstra que no período de 2007, a Romi precisou de 20% dos recursos não correntes no financiamento do Ativo Permanente, da forma que esse percentual diminuiu para 11,7% em 2008, apontando que a empresa optou por direcionar seus menores recursos para o Ativo Permanente e uma maior parcela para o Ativo Circulante. A empresa demonstra pouca necessidade de investimentos em Ativo Imobilizado, e ou necessita de capital para financiamento de operações e liquidação de passivos;

• Pelo Giro do Ativo, podemos verificar que, no ano de 2007, o volume anual de vendas renovou 0,47 vezes o Ativo Total; já no ano de 2008, esse índice caiu para 0,41, evidenciando queda no desempenho da empresa. Fatores como retração do mercado, forte concorrência, crise mundial, aumento no desempenho das concorrentes que podem estar trabalhando no vermelho como forma de investimento para uma consolidação no mercado, são fatores que podem ter contribuído para um menor desempenho no referido período;

• Analisando a Margem Líquida apresentada em 2007, depois de descontados todos os custos e despesas, restaram 19,66% (excelente indicador) das vendas líquidas da empresa a título de Lucro Líquido. E no período de 2008, este indicador teve uma redução para 16,22%, demonstrando uma considerável redução na lucratividade da Romi. As possíveis causas desta grande redução são: queda nas vendas, aumento da carga tributária, custos e despesas acima do previsto e a Gestão utilizada para combater as adversidades;

• Rentabilidade do Ativo também teve dificuldades importantes com queda no índice de 9,26% para 6,79% e analise é semelhante a da margem líquida;

• O percentual apontado na Rentabilidade do Patrimônio Líquido que a empresa remunerou ao capital investido pelos sócios que foi de 17% no período de 2008, pode ser considerado muito bom, ainda mais sob a alegação que o referido capital foi investido no país, empregou brasileiros e também gerou riquezas para nossa Nação, mesmo quando comparado às demais possibilidades de investimentos ficando apenas atrás do mercado de ações e capitais que são aplicações de riscos bem mais elevados e muitas vezes especulativas;

• Em relação ao Passivo, o circulante aumentou em 1,61% de 2007 para 2008, acréscimo ocorrido em particular pelo aumento da conta Impostos e contribuições a recolher e Fornecedores. O bom resultado líquido apurado no ano incrementou o pagamento dos tributos;

• Demonstração do resultado, notamos que houve redução da receita liquida de 0,18%, do ano de 2007 para o de 2008, o Lucro Líquido teve um aumento de 2,82% neste período, e as despesas operacionais giraram em torno de 6,00% no período.

CONCLUSÃO

Após feito uma análise esmiuçada das demonstrações chegamos as seguintes constatações: a Empresa Romi SA, passa por um período financeiro estável, o mundo e em especial Estados Unidos da América e o velho continente, viveram naquele período uma enorme crise, que felizmente não afetou tanto a economia brasileira mas por esta Empresa estar adequada a um cenário mundial ela sentiu um pouco os efeitos desta crise, ela não é uma instituição perfeita mas têm boas bases, e se forem tomadas as ações corretas e adequadas ela deve continuar sendo muito interessante para investimentos e investidores, ampliando cada vez mais as possibilidades de bons lucros e grandes negócios.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Azevedo, Marcelo Cardoso de, Estrutura e análise das demonstrações financeiras, Campinas SP: Editora Alínea, 2013.

GITMAN, L. Princípios de administração financeira. 12. ed. São Paulo: Pearson

Prentice Hall, 2010.

MATARAZZO, D. Análise financeira de balanços: abordagem básica e gerencial.

7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

ZDANOWICZ, José Eduardo. Fluxo de Caixa: uma decisão de planejamento e controle

Financeiro. 8. ed. Porto Alegre: Editora Sagra Luzzato, 2000.

...

Baixar como  txt (17.4 Kb)  
Continuar por mais 12 páginas »