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Bolsa De Valores

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Por:   •  18/9/2014  •  3.111 Palavras (13 Páginas)  •  338 Visualizações

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Bolsa de Valores

Conceito

As bolsas de valores são instituições que administram mercados. Elas são centros de negociação de valores mobiliários, que utilizam sistemas eletrônicos de negociação para efetuar compras e vendas desses valores, que podem ser ações de companhia abertas (públicas ou privadas), contratos futuros, derivativos, etc.

Atualmente, no Brasil, as bolsas são organizadas sob a forma de sociedade por ações (S/A), reguladas e fiscalizadas pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e possuem ampla autonomia para exercerem seu papel de auto-regulamentação sobre as corretoras de valores que nela operam.

Função

A principal função de uma bolsa de valores é proporcionar um ambiente transparente e adequado à realização de negócios com valores mobiliários. Mas essa não é a única função, as bolsas são responsáveis por fortalecer a economia e podem favorecer todos os indivíduos de uma sociedade e não só aqueles que possuem ações de companhias abertas. Conheça mais algumas funções das bolsas de valores:

Levantar capital para negócios: as bolsas de valores fornecem um ótimo ambiente para as companhias levantarem capital para expandir suas atividades, fazerem novos investimentos, desenvolverem novos produtos, etc., e tudo isso favorece a economia como um todo, gerando novos empregos e divisas para o país.

Mobilizar e criar oportunidades em investimentos para o pequeno investidor: investir parte da poupança em ações de companhias abertas possibilita uma alocação mais versátil e inteligente dos investimentos. As ações abrem um leque de oportunidades para que o pequeno investidor diversifique seus investimentos e torne-se sócio de boas empresas. Isso beneficia a saúde e a educação financeira, formando cidadãos mais conscientes com o gasto do dinheiro.

Facilitar o crescimento das companhias: aquisições e fusões fazem parte do processo de desenvolvimento e crescimento das companhias. O ambiente da bolsa de valores é o cenário ideal para que essas transações aconteçam de forma transparente e clara. Assim, uma empresa pode comprar ações de outra empresa e tornar-se dona ou controladora do negócio, por exemplo.

Historia

Antes do século 15, a negociação de cotas de empresas e outros títulos era feita na rua, de forma semelhante a qualquer mercado da Idade Média, com muita gritaria e pouco conforto. Foi em Bruges, na Bélgica, que surgiu a primeira sede de uma bolsa de valores do mundo em 1487. No decorrer dos séculos, outras bolsas surgiram. Em 1690, é inaugurada a sede da Bolsa de Londres. Em 1792, a Bolsa de Valores de Nova York se instala em Wall Street, rua onde já se negociava títulos e outros papéis e acabou sendo imortalizada pela associação à bolsa.

Em 1845, surge no Brasil a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. A Bovespa surgiu logo após a proclamação da República, em 1890. Nessa época, as cotações eram registradas com giz em um quadro negro. Hoje, ironicamente, os freqüentadores da bolsa chamam a época de Idade da Pedra.

Até 2000, o Brasil contou com várias bolsas de valores diferentes espalhadas pelas principais capitais como Recife, Belo Horizonte, Porto Alegre etc. Naquele ano, todas as negociações feitas por essas bolsas foram unificadas em São Paulo. As cotas de cada bolsa foi incorporada. Assim, a Bovespa tornou-se a Bolsa do Brasil.

Agora, mesmo no século 21, aquela gritaria de mercado da Idade Média continuou no Brasil por alguns anos. Eram comuns imagens de corretores gritando e correndo através de um bom negócio. Esse pregão presencial acabou em 30 de setembro de 2005, quando começou a ser usado o sistema Mega Bolsa, que hoje é adotado pela grande maioria das bolsas de valores no mundo. Esse investimento de Tecnologia da Informação ajudou a agilizar, e muito, as negociações na Bolsa. Para se ter uma idéia, cada ordem de compra ou venda dura menos de um segundo (a média é 0,62 segundo) para ser finalizada. Aumento de velocidade gera aumento de negociações. Na época do pregão presencial, eram feitas cerca de 1.200 operações comerciais por dia. Hoje, a média é de 150 mil operações por pregão.

Mas a tecnologia não é a única razão para o aumento das operações. A estabilidade da economia brasileira, que já passou por várias recessões, também contribui para o bom desempenho nos últimos anos. As instabilidades políticas que, antes afetavam e muito o mercado acionário brasileiro, já não assustam tanto. A simples ameaça do então temido Luiz Inácio Lula da Silva ganhar a eleição para presidente fazia as ações caírem. Parte da explicação para esse insegurança era a excessiva quantidade de capital especulativo estrangeiro rodando na Bolsa. Um dos piores resultados da Bolsa nos últimos anos foi em 1998, quando Lula era candidato que acabou perdendo para o então presidente Fernando Henrique Cardoso e havia uma crise mundial no mercado financeiro como um todo que provocou a evasão dos investimentos estrangeiros na Bolsa. De 1997 para 1998, a queda do índice Bovespa foi de mais de 30%.

Apesar de menos intensas, as turbulências na Bovespa ainda acontecem, exatamente, por causa dos investidores estrangeiros que, no início de 2007, representavam cerca de 35% dos negócios feitos na instituição. Outros 35% ficam com os fundos de investimentos.

Em julho e agosto de 2007, a Bovespa passou por uma nova turbulência. Dessa vez, ocasionada pelos problemas da economia norte-americana. Isso porque as vendas de imóveis nos EUA caíram 6,6% em junho, o triplo do previsto, e aumentaram o número de hipotecas protestadas. Assim, o mercado imobiliário perde a força, inclusive com aumento dos juros, e provoca previsões de desempenho ruim nos Estados Unidos. O investidor estrangeiro acaba escolhendo vender seus papéis de mercado instáveis, inclusive em Wall Street, e passa a comprar títulos como os do Tesouro Americano. Nesse vai-e-vem especulativo o iBovespa desvalorizou 7,8% apenas na penúltima semana de julho.

Conceitos Fundamentais sobre Bolsa de Valores

A princípio, a bolsa de valores parece algo complexo e indecifrável e, muitas vezes, essa primeira impressão acaba afastando o pequeno investidor de ter acesso a esse tipo de investimento.

É verdade que muitos profissionais que trabalham com investimentos usam jargões e termos técnicos que chegam a assustar o leigo, mas, uma vez tomada a decisão de estudar o assunto, descobre-se que ele não é um bicho de sete cabeças e que é mais fácil do que se pensava.

Alguns

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