Casas Bahia

Relações Internacionais 8C

O Grupo Pão de Açúcar foi fundado em 1948 e é hoje a maior empresa varejista do Brasil. Inicialmente, era apenas uma doceria que aos poucos foi se tornando uma rede de supermercados que era comandada por Valentim dos Santos Diniz. O negócio foi crescendo principalmente na grande cidade de São Paulo, que nessa época já apresentava sinais de modernizações. Isso fez com que os supermercados vissem como oportunidade a adaptação de seus ambientes e lojas.

É nesse projeto que Valentim passou ao seu filho Abílio Diniz, visando um crescimento maior do Grupo Pão de Açucar. O empreendimento foi crescendo e inaugurando cada vez mais lojas, adquirindo novos produtos como eletronicos e criando novas vertentes de negócio como os supermercados Extra. Em 1990 Abílio Diniz assume a presidencia do Grupo.

Em 1995 o grupo abriu seu mercado na Bolsa de Valores em Nova York e, seguindo essa linha de crescimento, em 1999 se associou ai Casino, que obeteve inicialmente 21% da compania. O grupo Casino é um conglomerado francês fundado em 1860, com sua principal operação em varejo e distribuição em super e hipermercados, sendo o quarto maior do setor na França.

O Casino, possuia dois objetivos com a compra: aumentar o número de lojas e concentração do mencado para que o preço de seus fornecedores diminuisse e, o principal, combater seu maior concorrente

na França, o Carrefour. O mercado escolhido foi na América Latina para o a estratégia foi o brasileiro por se tratar do maior entre os países latinos. Após um tempo o grupo passou a ter 50% do Pão de Açúcar e Abílio Diniz os outros 50%.

Já a história da Casa Bahia é diferente. Em 1952, empresário judeu polonês, chegou ao Brasil e começou a trabalhar como vendedor em São Caetano do Sul, na grande São Paulo. Após cinco anos, conseguiu juntar capital para comprar uma loja que a chamou de Casas Bahia, pois a maioria de seus clientes eram retirantes baianos que tentavam a sorte na região.

O encontro desses doi grandes Grupos varejistas, Pão de Açúcar e Casas Bahia, ocorreu em 2009, quando a primeira decidiu comprar a segunda. A negociação da fusão foi extremamente conturbada e conflituosa. Entre a data que o acordo foi oferecido pelo Pão de Açúcar até a assinatura do mesmo se passaram apenas três meses, tempo insuficiente para que fossem realizadas todas as auditorias e processos necessários, o que gerou discussões dos termos do contrato.

A Casas Bahia passou a questionar o fato da empresa ter sido subvalorizada na negociação. Existe até uma cláusula de proteção para o Pão de Açúcar porém o mesmo direito não foi dado a outra empresa. Foi no momento de ajustar essas falhas que os problemas começaram a surgir. Os Klein trocaram o comando da Casas Bahia por uma participação minoritária do Pão de

Açucar e prometeu que a sua então ex marca não morreria. Já Abílio Diniz, conseguiu transformar o Pão de Açúcar na maior rede de varejo do país com a fusão.

Além disso, um outro fator atrapalhava muito a negociação entre os dois grupos: a diferença cultural empresarial que cada um possuia, e esse fator, apesar de ser extremamente essencial, não foi levado tão a sério como deveria. O Pão de Açúcar está a muito tempo na Bolsa de Valores e possui regras de transparencia muito rigorosas,