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O grupo espanhol Gamesa, um dos líderes mundiais da fabricação de turbinas eólicas, anunciou nesta terça-feira ter assinado dois contratos de uma capacidade de mais de 200 megawatts no Brasil, um de seus principais mercados.

O primeiro contrato, concluído com a companhia CER, prevê o fornecimento, a instalação e a colocação em funcionamento de 83 turbinas eólicas de uma potência total de 166 megawatts, no estado da Bahia, segundo um comunicado da empresa espanhola.

O segundo inclui 24 aerogeradores, de uma capacidade de 48 megawatts, que serão colocados em funcionamento para a companhia elétrica Eletrosul no sul do Brasil.

O montante dos contratos não foi informado.

O Brasil é um mercado prioritário para a Gamesa, declarou o grupo. Desde que começou a operar no país, a empresa assinou contratos com uma potência total de 2.000 megawatts.

O grupo Gamesa também está presente em outros países da América Latina, como México, Honduras, Uruguai e Argentina.

inco ONGs russas, entre elas a principal organização de defesa dos direitos humanos Memorial, disseram nesta terça-feira que continuarão com suas atividades na Rússia, um dia após a justiça classificar estas organizações de "agentes estrangeiros".

"Recorreremos desta decisão e continuaremos com nosso trabalho como antes", declarou à AFP Ian Rachinski, membro da direção do Memorial.

O ministério da Justiça escreveu no registro de agentes estrangeiros esta organização, assim como as ONGs Agora, Veredicto Público, Advogados pela Liberdade e pelos Direitos Constitucionais (Jurix) e o grupo ecologista Ekozashita.

"Não somos agentes estrangeiros", declarou à AFP Natalia Taubina, líder da Veredicto Público.

Após o retorno ao Kremlin em 2012 do presidente russo, Vladimir Putin, para um terceiro mandato, as ONGs que realizam atividades políticas e se beneficiam de financiamento estrangeiro são obrigadas a se inscrever em um registro de agentes estrangeiros.

Em dois anos, apenas uma ONG russa aceitou esta apelação, que já era utilizada na União Soviética para classificar os dissidentes acusados de estar a mando do Ocidente.

No entanto, para a presidente do Conselho de Direitos Humanos do Kremlin, Ella Pamfilova, a atual Rússia e a URSS "são como o dia e a noite".

"A lei não proíbe as atividades das ONGs financiadas no exterior, mas as obriga a aceitar a denominação de 'agentes estrangeiros'", afirmou.

"O poder não deseja uma revolução organizada na Rússia com dinheiro estrangeiro como ocorreu na Ucrânia", explicou à AFP Pamfilova.

As ONGs russas esperam agora a resolução do recurso contra esta lei apresentado ante o Tribunal Europeu de Direitos Humanos (TEDH).