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Criatividade

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Por:   •  17/11/2014  •  Resenha  •  551 Palavras (3 Páginas)  •  247 Visualizações

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A criatividade é assunto de reflexão de alguns cientistas e escritores como Vygotsky, Dostoievski, Damásio, Leo Szilard e Jonas Salk . Em sua obra “Criação e imaginação”, Vygotsky afirma que é a atividade criadora que faz do homem um ser que se volta para o futuro, erigindo-o e modificando o seu presente. Para esse psicólogo e educador, a criação é a condição necessária da existência e tudo que ultrapassa os limites da rotina deve sua origem ao processo de criação do homem e que a obra de arte reúne emoções contraditórias, provoca um sentimento estético, tornando-se uma técnica social do sentimento.

Para Dostoievski a necessidade de criar nem sempre coincide com as possibilidades de criação e disso surge um sentimento penoso de que a idéia não foi para a palavra.

Já Antonio Damásio, em seu livro "O Erro de Descartes" diz que criar consiste não em fazer combinações inúteis, mas em efetuar aquelas que são úteis e constituem apenas uma pequena minoria. Para esse neurocientista, inventar é discernir, escolher. Aponta idéias idênticas às suas quando apresenta, em seu livro, afirmações feitas por Leo Szilard e Jonas Salk. Szilard: “O cientista criador tem muito em comum com o artista e o poeta. O pensamento lógico e a capacidade analítica são atributos necessários a um cientista, mas estão longe de ser suficientes para o trabalho criativo. Aqueles palpites na ciência que conduziram a grandes avanços tecnológicos não foram logicamente derivados de conhecimento preexistente: os processos criativos em que se baseia o progresso da ciência atuam no nível do subconsciente”. Jonas Salk defende que a criatividade assenta numa ”fusão da intuição e da razão”. Criatividade é, portanto, para mim, a capacidade humana de escolher algumas dentre as várias possibilidades preexistentes e mesclá-las, criando algo inusitado.

Segundo Edson Zogbi a palavra criatividade vive cercada de significados, alguns pertinentes, como “ideias inovadoras”, “expressão artística”, “algo inédito”, “uma informação diferente” (que não tínhamos), “uma solução de um problema” (até então insolúvel), ou “um processo novo para se atingir um objetivo”. Outros significados são mesmo impertinentes, e como sugere o termo, nos incomodam, deixam-nos desconfortáveis, como “uma viagem com falta de contato com a realidade”, “coisas descomprometidas, até irresponsáveis”, “elucubrações de gente maluca”, “fuga (intencional ou não) da realidade”, “perda de tempo com coisas que não servem para nada”, e assim vai a lista.

Essas nomenclaturas surgem de acordo com o ponto de vista de quem está sendo impactado pela criatividade, normalmente não de quem está gerando a ideia, ou implementando-a, por isso a adesão (ou não adesão) à ideia tem a ver com o tipo de conexão que ela cria nas pessoas.

Um aparelho telefônico novo recebe elogios de muita gente como algo criativo e inovador porque foi idealizado e pensado para muita gente. Um quadro do Salvador Dali com uma paisagem não se enquadra no mesmo tipo de processo porque foi criado com o objetivo de expressão do artista, recebendo hora críticas, hora elogios. O mesmo Dali, ao pintar um retrato sob encomenda, gera outro tipo de arte, apesar das mesmas técnicas, o objetivo criativo foi outro, contentar quem o encomendou.

Isso

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