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Custo Padrão

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Por:   •  22/9/2013  •  1.291 Palavras (6 Páginas)  •  1.289 Visualizações

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Introdução

Custos padrões podem ser definidos como os que são cuidadosamente predeterminados e que deveriam ser atingidos em operações eficientes. Custos padrões podem ser usados na aferição de desempenho, na elaboração de orçamentos, na orientação de preços e na obtenção de custos significativos do produto, com razoável economia e simplicidade da escrituração.

As origens das técnicas de elaboração do custo-padrão devem-se à intenção de excluir custos extraordinários que ocasionem variações de eficiência, possibilitando a consideração de tratamento contábil e financeiro adequado da eficiência média dos processos já bem estabelecidos.

Além da simplicidade da escrituração contábil, os custos-padrões possibilitam a análise da eficiência produtiva dos processos empresariais.

Os objetivos deste trabalho consistem em apresentar os principais aspectos relacionados à aplicação do custo-padrão no processo de formação de custos e gestão de preços.

Padrões versus realizados

O custo-padrão consiste em técnica de fixar previamente preços para cada produto que a empresa fabrica. Duas das principais razões de se utilizar o custo-padrão consiste no uso gerencial das informações, ou como forma de agilizar os processos de encerramentos mensais. Ressalta-se que essa forma de custeio não é aceita para avaliação de estoques na data de balanço, exceto quando a diferença for irrelevante.

Para manter-se de acordo com a legislação fiscal, nos casos em que a empresa empregue o custo-padrão como instrumento de gestão, deverá ter o cuidado mantê-lo atualizado, incorporando variações para o custo real, de forma que o resultado apurado em função do custo-padrão não se diferencie do apurado em função do custo real. Os ajustes e variações devem ser efetuados em prazo máximo igual a três meses, distribuindo-as entre estoques e custos, de forma proporcional às quantidades vendidas e estocadas.

O custo-padrão diferencia-se do estimado em razão de apresentar maior rigor técnico e busca de eficiência em sua estimativa. Ambos poderiam ser conceituados da seguinte forma:

• Custo estimado: estabelecido com base em custos de períodos anteriores, ajustados em função de expectativas de ocorrências futuras, porém sem muito questionamento sobre as quantidades (materiais/mão-de-obra) aplicadas nos períodos anteriores e respectivos custos. Em geral, é empregado para cálculo de taxas de aplicação dos custos indiretos de fabricação, podendo ser estendido aos custos diretos;

• Custo-padrão: estabelecido com mais critério, representa o que determinado produto deveria custar, em condições normais de eficiência do uso do material direto, da mão-de-obra, dos equipamentos, de abastecimento do mercado fornecedor e da demanda do mercado consumidor. Pode ser ideal – quando obtido com base em estudo científicos, desprezando ineficiências e apresentando, portanto, poucas chances de ser alcançado – ou corrente – quando considera as características normais do processo e do produto (incluindo qualidade de materiais, ineficiências, paradas, etc.), que representam a meta a ser alcançada em determinado período.

O principal objetivo da utilização do sistema de custeio-padrão consiste no controle dos custos, realizado com base nas metas prefixadas para condições normais de trabalho. Empregando custos-padrão, é possível apurar os desvios do realizado em relação ao previsto, identificar as causas dos desvios, adotar providências corretivas e preventivas de erros, que permitem a melhoria do desempenho.

Conforme mencionado, sua aplicação não dispensa o cálculo dos custos reais. Sua aplicação deve ser feita para permitir comparações entre previsto e realizado e análise das variações.

A fixação de custos-padrão envolve dois tipos de padrões relativos aos consumos físicos de recursos e aos gastos financeiros unitários de cada recurso consumido:

• Padrões físicos: como materiais diretos, mão-de-obra direta, consumo de energia, etc., são de responsabilidade das áreas operacionais, como produção, PCP, desenvolvimento de produto, etc.

• Padrões monetários: custos com unidades monetárias dos recursos necessários; são de responsabilidade de áreas administrativas, como controladoria, compras, departamento de pessoal.

A aplicação do sistema de custeio-padrão permite analisar as variações ocorridas entre o custo real e padrão. Obviamente, a variação será favorável quando o real for menor que o padrão e desfavorável quando o real for superior ao padrão. Um cuidado adicional deve ser tomado na análise rigorosa de variações favoráveis, já que estas podem ter sido decorrentes da redução da qualidade dos materiais diretos (o que compromete a qualidade do produto final ou pode ainda aumentar o consumo) ou aplicação de menor tempo de mão-de-obra, o que pode significar subestimação do custo-padrão.

Devem ser consideradas as variações segregadas, pois algumas podem ser favoráveis e outras desfavoráveis na mesma magnitude, resultando em variação global nula.

Algumas das principais vantagens decorrentes da aplicação de um sistema de custeio padrão poderiam ser apresentadas como:

• Eliminação de falhas nos processos produtivos: já que os padrões são determinados com base no estudo e análise das condições normais de produção, dentro de parâmetros associados ao uso eficiente das matérias-primas, utilização adequada das máquinas e equipamentos, emprego correto de mão-de-obra. Na implantação das medidas-padrões, os fatores devem ser criteriosamente ponderados. Assim, a comparação entre

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