EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA GESTÃO LOGÍSTICA DO TRANSPORTE DE CARGAS

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................03

1.1 Transportes e desenvolvimento econômico..................................................06

1.2 Desenvolvimento histórico dos sistemas de transporte: da concorrência

a intermodalidade.............................................................................................07

1.2.1 O surto ferroviário no século XIX.................................................................07

1.2.2 Perda de competitividade das ferrovias no século XX: a opção

rodoviária......................................................................................................08

1.3 Considerações Finais......................................................................................09

2 CONCLUSÃO........................................................................................................10

REFERÊNCIAS.........................................................................................................12

1 INTRODUÇÃO

A infra-estrutura adequada ao sistema de produção, é de tamanha importância, que os seus ganhos são inestimáveis. Haveria um aumento no produto final, com maior produtividade e com redução no custo unitário. Com maior produtividade, haveria melhores remunerações, mais motivação para investimento e criação de novos empregos.

Alguns estudos estimaram os efeitos do investimento público sobre o produto e a produtividade total de fatores, demonstraram o relacionamento entre infra-estrutura e crescimento econômico, sendo que 1% no nível do capital público implica um incremento entre 0,35 a 0,49% na produtividade de fatores, enquanto a elasticidade do produto encontra-se entre 0,36 e 0,39% (Aschauer e Barro em 1989 e 1990, respectivamente). Em 1993 Easterly e Rebelo, mostraram que o investimento em transporte e comunicação parece estar consistentemente correlacionado com crescimento e possui coeficiente elevado e que não há evidência de crowding out entre investimento público em infra-estrutura e investimento privado.

Em relação a localização, o modelo desenvolvido por Martin e Rogers (1995), indicam que as empresas que operam com retornos crescentes tendem a localizar-se nos países com melhor infra-estrutura doméstica quando o comércio é integrado, visando vantagens de economias de escala.

Para Castro (1995), o consumidor precisa ser atendido quanto a qualidade dos insumos e produtos, prazos de entrega, assistência técnica e inovações, sendo condições básicas para a competitividade dos setores da economia.

Podemos afirmar dessa maneira, que os fatores de infra-estrutura são condições básicas para a competitividade do produto em relação a seus custos de produção, podendo ser maiores ou menores.

Temos daí, que são vários os efeitos benéficos da infra-estrutura do transporte sobre a sociedade, sendo a disponibilidade de bens, à extensão dos mercados, à concorrência, aos custos das mercadorias, à especialização geográfica e à renda da terra.

Função básica do transporte:

- disponibilizar bens e promover a integração entre sociedades que produzem bens diferentes entre si.

- expansão de mercados para produção em larga escala, precisando ser então de baixo custo, confiável e rápido.

- acesso a produtos produzidos fora de seu ambiente local, rompendo monopólios, que provocados pelo isolamento geográfico, na produção e comercialização de mercadorias; há nesse caso ainda menores variações extremas de preços, pois a fontes alternativas de ofertas de várias regiões.

- maior competição entre os vendedores, havendo o benefício para os consumidores na estabilidade de preços.

- Locklin (1954) salientou que o mais importante na redução dos custos de transporte está no reflexo na redução dos custos do produto, seja na compra dos insumos tanto quanto na comercialização.

- especialização regional da produção, devendo ser produzido aquilo que tiver o menor custo e adquirir em outros mercados aqueles que possuem um custo muito elevado, produzindo aquilo que for vantajoso, podendo daí também consumir mais a menor custo, assim como também não haverá especialização, se não tiver mercado onde comprar e vender o produto.

- prática do livre comércio, desde que uma nação possa produzir determinado produto mais barato que outra e outra nação inversamente teria outros produtos mais baratos (Teoria da Vantagem Comparativa).

Temos também indicações de que não adianta produzir ao menor custo, se os custos de transporte elevam o produto a um preço final maior ao consumidor e nesse caso, o custo de transporte seria mais elevado de acordo com as condições da infra-estrutura do transporte.

Para Williams (1959), um dos maiores reflexos está na possibilidade de aumento da renda da terra. Esse aumento depende da produtividade que depende por sua vez, da característica da terra e de sua localização, podendo ser compensadas pelo transporte, as condições de qualidade da terra e localização. Foi o que aconteceu na Inglaterra, o preço dos grãos reduziram entre 40 a 50%, reflexo do barateamento dos custos de transporte nos EUA.

Itani (1995), falou da importância do transporte na globalização, pois, conforme Owen (1983), após os estágios de imobilidade e isolamento, de mecanização e comércio regional, depois da motorização e aviação, a humanidade vive a era do transporte internacional e da economia global. Os transportes precisam ser vistos como objetivos nacionais, aspirações que tornem o país mais competitivo nos mercados mundiais.

Importante destacar também, a importância da função social dos transportes, permitindo o deslocamento das pessoas, estimulando a troca de informações e idéias. Além disso, também o desenvolvimento de determinadas cidades está diretamente ligado ao sistema de transporte disponível, assim verificado nos Estados do Atlântico Sul