Economia 1
Ensaios: Economia 1. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Fr7698 • 23/5/2014 • 787 Palavras (4 Páginas) • 227 Visualizações
O governo brasileiro optou por uma estratégia denominada de “desaceleração progressiva”
O Brasil na crise do petróleo
Na prática, os países desenvolvidos optaram por uma estratégia de adaptação rápida, que consistiu basicamente em: (a) um conjunto de medidas destinadas a reduzir drasticamente, e a curto prazo, o consumo de petróleo, no que se incluíram repasses de pelo menos grande parte dos aumentos internacionais dos preços do petróleo aos consumidores internos;
O governo brasileiro, ao contrário, optou por uma estratégia denominada de “desaceleração progressiva”, sob alegação de que uma política de tratamento de choque geraria desemprego em massa e poderia provocar grande desorganização do setor produtivo, de conseqüências econômicas e sociais imprevisíveis, e a crise do petróleo havia aberto um leque considerável de oportunidades para substituir importações, especialmente nos setores de bens de capital e de insumos básicos.
estratégia consistia em:
manter as importações físicas de petróleo em níveis relativamente elevados, com objetivo de não prejudicar o nível da atividade econômica interna, até que fosse possível se levar a cabo sua substituição por outras fontes energéticas;
intensificar o esforço de investimento interno, em especial na área de substituição dessas importações e na área de produção de álcool carburante visando, de um lado, contrabalançar o aumento do valor das importações de petróleo e, de outro lado, diminuir as necessidades de sua importação, a médio prazo;
estimular as exportações afim de fazer face, a curto prazo, tanto ao aumento do valor das importações de petróleo como ao aumento do valor de importações associadas ao próprio programa de substituição de importações concebido pelo governo.
Essa estratégia resultou em manter elevado ritmo de crescimento da atividade econômica interna e do emprego, em particular no setor industrial.
Em contrapartida, essa estratégia foi acompanhada: por arrefecimento da taxa de crescimento da produção agrícola, sobretudo no setor dos produtos agrícolas essenciais; por substancial aumento da dívida externa; (c) por aumento sem precedentes do déficit de caixa do governo federal; pelo recrudescimento das pressões inflacionárias. Além disso houve, durante boa parte do governo Geisel, queda significativa do déficit do balanço de transações correntes em relação ao produto interno bruto; contudo, essa relação começou a subir novamente a partir do início de 1978.
Tanto o aumento contínuo do saldo da dívida externa como o recrudescimento das pressões inflacionárias suscitaram muitas críticas por parte de oponentes à política do governo.
III Plano Nacional de Desenvolvimento foi concebido com a determinação explícita de perseguir, simultaneamente, combate à inflação e crescimento acelerado.
A estratégia do governo Figueiredo, do ponto de vista da manutenção de elevada taxa de crescimento do emprego e da solução dos problemas do balanço de pagamentos, consiste em:
continuar mantendo as importações físicas de petróleo em níveis relativamente elevados, para não prejudicar o ritmo de expansão da atividade econômica interna,
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