Economias Emergentes
Casos: Economias Emergentes. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: alineedwards • 13/3/2015 • 2.160 Palavras (9 Páginas) • 458 Visualizações
ECONOMIAS EMERGENTES
RESUMO
Uma economia emergente é um país que ainda em desenvolvimento começa a crescer com o seu próprio nível de produção industrial e das exportações. Assim, está em concorrência com outras economias mais desenvolvidas.
Por outro lado, também podemos definir economia emergente como a situação de um país em que se move a partir de uma economia de subsistência para um forte desenvolvimento industrial.
Não há, no âmbito da economia mundial, uma definição totalmente aceita sobre o que seriam as economias emergentes. De modo geral, são considerados emergentes aqueles países subdesenvolvidos que apresentam quadros de crescimento econômico próspero e características socioeconômicas que diferenciam esses países das demais economias periféricas. O termo foi primeiramente utilizado pelo Banco Mundial na década de 1980 e, desde então, passou a incorporar os jargões econômicos e os noticiários de todo o mundo.
Embora não exista uma definição exata para os "países emergentes", podemos dizer que são aqueles países cujas economias partiram de um estágio de estagnação ou subdesenvolvimento e se encontram em pleno desenvolvimento econômico. São também chamados de "países em desenvolvimento".
Em geral, os países emergentes apresentam níveis medianos de desenvolvimento, um relativamente dinâmico parque industrial, uma boa capacidade de exportações e certo dinamismo econômico. São, por isso, também chamados de países em desenvolvimento, cujos exemplos englobam, entre outros, Brasil, China, México, Índia, Cingapura, Coreia do Sul, Argentina, Turquia, Indonésia e Taiwan.
Contudo, em torno das análises e das más interpretações sobre esse tema, ergueu-se o mito de que esses países seriam como que uma categoria à parte, não se caracterizando nem como países desenvolvidos nem como países subdesenvolvidos. Porém, é um erro pensar isso, pois o mais correto seria considerar os emergentes como uma subcategoria que faz parte do mundo subdesenvolvido, tendo em vista que esses países ainda apresentam níveis sociais e de distribuição de renda limitados, com elevada pobreza e falta de recursos em muitas áreas da sociedade, como educação e saúde.
Principais características dos países emergentes:
- Padrão de vida de grande parte da população entre os níveis baixo e médio;
- IDH (Índice de Desenvolvimento Humano): entre os níveis médio e alto;
- Renda per capita (PIB per capita) entre 5 e 8 mil dólares.
- Setor industrial em desenvolvimento;
- Crescimento da infraestrutura (portos, rodovias, aeroportos, ferrovias, etc.);
- Atração de capital externo para investimentos nos setor produtivo;
- Aumento da instalação de filiais de grandes empresas multinacionais;
- Crescimento positivo na geração de empregos;
- Taxas elevadas de formação de capital;
- Mudanças significativas e positivas na estrutura social e econômica da população: diminuição da pobreza e aumento da classe média baixa;
- Existência de processo de êxodo rural (migração do campo para os centros urbanos).
Observação: vale dizer que um país não precisa apresentar todas as características acima para ser considerado emergente, mas sim boa parte delas.
BRICS
Em 2001, o economista inglês Jim O'Neil criou o termo “BRIC” para referir-se aos quatro principais países emergentes que apresentavam elevadas potencialidades econômicas, com acentuados crescimentos vindouros e melhorias em seus índices financeiros, previsões que se concretizaram pelo menos nos dez anos seguintes. Assim, esses países resolveram adotar o termo como uma forma de relação diplomática informal, alterando, inclusive, a sigla para BRICS, com a inclusão da África do Sul, que também pode ser considerada uma economia emergente, porém de menor porte em relação aos demais países desse acrônimo.
Apesar das oscilações econômicas que esses países sofreram, sobretudo durante a crise financeira internacional, pode-se dizer que os BRICS lideram atualmente os países emergentes e, claro, as demais nações subdesenvolvidas. Isso ocorre porque, além da economia dinâmica, esses países possuem uma elevada força política, incluindo a presença de dois deles no Conselho de Segurança da ONU (no caso, China e Rússia). Recentemente, o BRICS deliberou a criação de um banco financeiro voltado para a cooperação a fim de realizar benefícios e empréstimos a juros baixos para países periféricos, o que impõe uma inédita concorrência ao FMI e ao Banco Mundial.
O processo de desenvolvimento econômico dos Brics é crescente, e já vem influenciando algumas decisões mundiais como na reunião da OMC em 2005, quando os países em desenvolvimento, liderados por Brasil e Índia, juntaram-se aos países subdesenvolvidos para impor a retirada dos subsídios governamentais pela União Europeia e pelos Estados Unidos, e a redução das tarifas de importação.
Muitas agências e analistas internacionais já estão de olho nos Brics , e começam a sugerir que os investidores prestem mais atenção às oportunidades apresentadas por estes países. Investimentos nas áreas produtivas e nas perspectivas atuais e futuras de seus mercados consumidores. Pois em termos demográficos, temos os dois países mais populosos do planeta e os outros dois de populações consideráveis. A China representa sozinha, mais de um quinto da população mundial, seguida de perto pela Índia (17,5%) e, bem mais longe, pelo Brasil (2,9%) e pela Rússia (2,2%).
Nos últimos anos, vem crescendo a ideia de que o BRIC está tirando dos Estados Unidos, União Europeia e Japão - que chamamos de trilateral - o dinamismo da economia mundial. Juntas, as quatro nações respondem por 15% do produto interno bruto (PIB) do mundo e concentram cerca 40% da população total do planeta. Brasil e Rússia possuem abundância de recursos naturais, enquanto China e Índia, de mão-de-obra. É isso que lhes dá esse potencial de crescimento.
O BRIC não é um bloco econômico como o Mercosul, nem político como a União Européia ou militar como a Otan. Trata-se de um conceito que está ligado aos grandes mercados emergentes, mas que nada diz sobre o modelo econômico
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