Estufa Para Flores
Ensaios: Estufa Para Flores. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: pedroSiqueira • 23/7/2013 • 3.039 Palavras (13 Páginas) • 625 Visualizações
CONSIDERAÇÕES GERAIS
O cultivo de flores no Brasil, antes da década de 60, era realizado por pequenos produtores rurais, repassado de pai para filho, e de maneira artesanal. A partir desta década, com o domínio de tecnologias apropriadas, a floricultura teve um grande desenvolvimento. Com a valorização das terras e da mão de obra especializada , surgiu a necessidade de melhoria da qualidade e da produtividade, para que esta atividade se tornasse competitiva. A partir dos anos 70, o comércio de flores começou a crescer, havendo necessidade de um abastecimento do mercado durante todo o ano. Nos últimos 5 a 10 anos, o aumento do crescimento da floricultura foi bastante significativo, em torno de 20% ao ano, tornando-se uma das atividades agrícolas que mais tem crescido em relação a outros cultivos. Nas regiões Sul e Sudeste ocorrem a maior concentração de produção de flores e plantas ornamentais com fins comerciais do Brasil. O setor de floricultura brasileiro movimenta 1.200 milhões de dólares, sendo Holambra responsável por 71 milhões de dólares. Estima-se que o Brasil possui uma área de 4.500 ha cultivados e 3.600 produtores envolvidos nessa atividade. Comparando-se com o Japão, maior produtor mundial de flores e plantas ornamentais, a área brasileira é bem pequena, uma vez que naquele país, o qual possui apenas 13% de área agricultável, a floricultura ocupa uma área de 48.400 ha, com 149.000 produtores envolvidos na atividade. A comercialização no norte do país ainda é deficiente muitas vezes devido ao clima, que não favorece muitas espécies apreciadas comercialmente e a falta de conhecimento técnico. No estado do Amapá é visível a dificuldade de muitas empresas de floricultura abastecer suas mercadorias devido a compra fora do estado, o que aumenta o custo final ao consumidor pela adição de impostos no transporte da mercadoria. Os mercados consumidores têm definido toda a política de flores nos Estados produtores. A exportação brasileira encontra-se em torno de 2 a 5 % do que é produzido, em torno de 5,8 milhões de dólares, predominando a exportação de bulbos, flores e mudas de crisântemo e rosas. A exportação de mudas de plantas ornamentais também tem crescido significativamente. O cultivo de flores se dá nos mais diversos climas, sendo que, nos climas mais propícios ao seu crescimento o resultado obtido será melhor, utilizando técnicas especificas que ajudará no desenvolvimento vegetativo e a floração que é o objetivo final do cultivo Neste aspecto, a incorporação de novas áreas ao processo produtivo tem sido um dos fatores de maior importância para a expansão da floricultura. O cultivo de flores de corte vem sendo tema de muitos debates na agropecuária nortista, devido à importante alternativa para diversificação da produção, capaz de atender às necessidades das pequenas propriedades rurais aliadas ao fato de maior aproveitamento da mão-de-obra familiar. Este perfil considera as produções de flores, haja vista que o Estado Amapá apresenta condições edafo-climáticas propícias para o seu cultivo.
2 OBJETIVOS
O objetivo do presente perfil do projeto é sistematizar um meio de cultura não disseminado no estado do Amapá com base pioneira de desenvolvimento agrário de floricultura no estado e destacar a oportunidade de implantação e condução comercial de flores em sistema de cultivo em estufa hidropônica.
CONDICIONANTES LOCACIONAIS
O cultivo de flores no Estado do Amapá pode ser estratificado em Zonas naturais do estado, em função da categoria de aptidão agroecológica (Figura 1). A Zona com vegetação de transição para floresta de terra firme apresenta-se apta, preferencialmente, para o cultivo de flores de corte (rosas e crisântemos) e a Zona de cerrado podendo cultivar flores, com restrição em razão da temperatura média do microclima. Já Zonas como manguezal e floresta de igapó mostram-se inaptas por apresentarem variação aquífera para enchentes.
PROCESSO PRODUTIVO
O processo de produção de flores segue diversas etapas que estão interligadas, no sentido de viabilizar tecnicamente e economicamente o agronegócio floricultura
O FLUXOGRAMA
5 METAS/PRODUTOS/RESULTADOS ESPERADOS
O crescimento e desenvolvimento das flores podem apresentar diferenças de acordo com as condições climáticas, solo e manejo da espécie cultivada. O início do florescimento pode ser adiantado ou atrasado por meios naturais, devido à influência das condições climáticas prevalecentes ou através do manejo das flores aliado ao manejo de água, nutrientes e luminosidade. O cultivo de flores deve ser feito com técnicas apropriadas no sentido de reduzir as perdas, por se tratar de um produto perecível, que exige cuidados especiais. São muitas as espécies de flores disponíveis no mercado. O conhecimento das principais espécies e a época de maior disponibilidade é fundamental para o planejamento do cultivo. Por tal peculiaridade optou-se pelo cultivo de rosas e crisântemos, por suportarem variações de clima, decorrente do estado, e maior escoamento para produção no mercado local.
6 METODOLOGIA/ESTRATÉGIA DE AÇÃO
Com a obtenção de mudas formará matrizes de produção para rosas e crisântemos. A propagação do crisântemo é feita de forma vegetativa, através de mudas obtidas de matrizes. Estas mudas são produzidas por enraizamento de estacas da porção apical das hastes este mesmo procedimento será feito com exemplares de rosas, porem com intuito de alcançar a homogenia da planta, utilizará a técnica de enxertia de borbulhas, as formações de muda podem ser feitas em qualquer época. O uso de hormônio tipo IBA facilitará o enraizamento. Cerca de 30 dias do estaqueamento tem-se a haste enraizada que é transplantada para saquinhos de plástico, onde pode permanecer por período variável de um a dois meses quando serão transplantadas para o local definitivo. O fato de ficarem em saquinhos permite escolher o melhor momento de transplante. Não há, contudo, impedimento para que as mudas enraizadas possam ser transplantadas diretamente. O substrato do saco plástico é composto por mistura de 50% de terra, 10% de areia e 40% de esterco curtido. As perdas das mudas na formação são insignificantes, podendo ocorrer por descuidos como queima por excesso de calor ou por doenças. As mudas em desenvolvidas serão acondicionadas em estufas como local definitivo. Muitas vezes, o fator que limita o início ou
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