Etica Nas Relações Empresariais
Artigo: Etica Nas Relações Empresariais. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: caiodelpiero • 19/6/2013 • 2.035 Palavras (9 Páginas) • 463 Visualizações
1. INTRODUÇÃO
Vivenciamos a entrada em um novo milênio, protagonistas de um momento de transformações na história da humanidade. Avanços na ciência, domínio de novas tecnologias, principalmente, a da informação, ora nos aproximam, ora nos afastam de Deus. Assuntos como clonagem, globalização, novas doenças, guerras, miséria e violência, estão em todas as bocas, não importando a classe econômica ou social. Analfabetos, semi - alfabetizados ou letrados, graças ao poder de manipulação dos meios de comunicação, são capazes de falarem de diferentes maneiras e sobre diferentes pontos de vista, a partir do senso comum, sobre qualquer um dos temas.
Fala-se muito hoje em dia, sobre ética. Ética na política, ética no esporte, ética nas profissões e ética nas relações sociais. Fala-se tanto, a ponto de banalizarem seus conceitos. A mídia, através dos meios de comunicação, não se farta de apresentar e incentivar debates sobre temas polêmicos, que envolvam padrões de comportamento, conceitos e modos de vida de uma sociedade, explorando, às vezes de maneira banal, fatos isolados e obtendo daí, preciosos dividendos. O poder da comunicação de massa materializa o "toque de Midas", em um “toque de mídia”.
Mas o que é a Ética? A palavra ética vem do grego ethos, que significa costumes, caráter do sujeito, maneira habitual de ser e agir; De acordo com Peter Singer a reflexão ética tem como objetivo orientar nossas ações práticas; A ética começa com a liberdade do sujeito em escolher entre o bem e o mal, o justo e o injusto; ou seja, a ética é fruto da ação da vontade humana de visar o bem. A ética nos leva a compreender que não somos seres isolados (individualistas/egoístas) mas que, ao contrário, nos constituímos como sujeitos a partir da relação com o outro.
A ética pode ser compreendida como uma parte da filosofia prática que reflexiona sobre os fundamentos da moral (finalidade e sentido da vida, os fundamentos da obrigação e do dever, a natureza do bem e do mal, o valor da consciência moral)” (Japiassú; Marcondes. Dicionário Básico de Filosofia, 1996); A ética, dessa forma, diz respeito à uma reflexão sobre a melhor maneira de se viver uma vida boa, justa e feliz; De acordo com o filósofo francês Paul Ricoeur, a intenção ética diz respeito à realização de um projeto de vida boa, segundo os princípios da sabedoria filosófica.
A felicidade está na realização do que se é; A ética seria o exercício da arte do bem viver A ética, dessa forma, não é apenas uma reflexão sobre o agir humano, é uma reflexão sobre o próprio ser, ou melhor, sobre “o que é ser?”
Ética e Moral Na etimologia não existe diferença entre os termos ética e moral. Como vimos a ética diz respeito aos costumes, enquanto a moral (do latim mos; mores ) também diz respeito a costumes, maneira de agir conforme costumes. No entanto, ao longo da história da filosofia, a ética tornou-se uma disciplina filosófica denominada de Filosofia Moral e passou a designar um estudo reflexivo sobre os fundamentos da moral (teórica/hipotética), enquanto à moral coube o estudo das regras, normas de condutas admitidas em uma determinada época ou comunidade.
A moral remete antes, e de modo não exclusivo, à presença de regras e de uma lei. A ética, por sua vez, é associada ao bem, às virtudes ou às práticas.” Mas, como o bem pode incluir um elemento imperativo e as virtudes um elemento formal, a distinção entre os dois termos frequentemente é indecisa e provisória”. (Canto-Sperber, 2005).
O sujeito moral O sujeito moral é aquele capaz de compreender que compartilha com os demais sujeitos um conjunto de valores. Que esses valores não são apenas individuais, pois caso o fossem, não seria possível o convívio social, mas são construídos intersubjetivamente, pertencem a um determinado grupo social. “ Assim o sujeito moral é capaz de reconhecer o outro como um outro-eu, tão importante quanto cada um de nós”. (Aranha; Martins, 2003).
Nas empresas, falências fraudulentas, falcatruas, sonegação, contrabando, irregularidades diversas, posturas antiéticas, entre outros, também repercutem e são mais ou menos explorados, ao gosto da mídia, preservando, ou não, os interesses das partes envolvidas. O crime organizado, a corrupção e a fome robustecem as pautas dos telejornais que são preparadas com todo o “cuidado”, ou com o sensacionalismo peculiar, para prender a atenção dos expectadores e elevar os "piques" de audiência.
Nas organizações, a grande competitividade coloca as pessoas em batalhas sem fim, disputando fatias de mercado, disputando posições de destaque dentro das empresas e fora delas. Na busca desenfreada pelo reconhecimento, manutenção do "status", prestígio, lucratividade e poder, muitas das vezes, a ética é deixada de lado. É a guerra da sobrevivência patrocinada pelo mercado.
Nesse cenário mercadológico conciliar interesse pessoal, com objetivos comuns, por vezes exige do administrador um comportamento, sobretudo, ético, de respeito ao próximo, respeito à concorrência, ao cliente, às leis, etc. Aí está o grande desafio do administrador. No entanto, há ética na Administração? O que é administrar? Qual o objetivo da Administração? Há ética nas organizações? Há ética, no ensino da Administração? Em que momento, somos, ou deixamos de ser éticos, na sociedade moderna? Há ética, na globalização?
Entendo que o administrador em seu processo de formação é brindado com uma série de saberes sociológicos, filosóficos e humanos que o credenciam a agir de maneira ética no exercício da profissão. Cabe ressaltar, que as regras são postas e impostas pelo mercado, qualquer que seja o mercado. Ser fiel aos princípios de vida em sociedade; respeitar as opiniões divergentes; ser leal aos objetivos organizacionais; ser coerente e ter a consciência de que é preciso estar sempre procurando aprender mais.
O administrador, dentro e fora das organizações deve ter perseverança e lutar pelo seu futuro e de sua família, fazendo sua parte enquanto cidadão, para que tenhamos um mundo melhor, mais justo, onde todos tenham oportunidades. É necessário em minha opinião, que o administrador tenha sensibilidade e equilíbrio no momento de tomar decisões e que trabalhe em prol de resultados positivos para as organizações, sem esquecer que as organizações fazem parte de um sistema aberto, portanto, não são um fim em si mesma. O administrador não pode se dar ao luxo de desconsiderar tais premissas.
2. ÉTICA PROFISSIONAL NO FILME “AMOR SEM ESCALAS”
Podemos perceber no filme o impacto que as mudanças organizacionais têm na vida
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