Fusão Casas Bahia E Ponto Frio

1 INTRODUÇÃO

A fusão é a união de duas ou mais sociedades, ainda que de tipo diverso, numa só e pode realizar-se por incorporação ou por concentração. Na fusão entre as Casas Bahia e o Grupo Pão de Açúcar é possível observar que cada corporação tem uma visão e posturas diferentes em relação ao mercado acabam gerando conflitos, que dificultam a relação e o bom desempenho da empresa.

2 HISTÓRIA DAS CASAS BAHIA

A história das Casas Bahia tem início junto com o seu fundador, Samuel Klein, que nasceu em 15 de novembro de 1923 na Polônia. Fugindo do sofrimento que foi a 2ª Guerra Mundial naquele país. Em 1952 aos 29 anos, já casado e com filho, veio para o Brasil morar em São Caetano do Sul na grande São Paulo e começou a trabalhar como mascate vendendo roupas de cama, mesa e banho de porta em porta. Em cinco anos de trabalho, conseguiu capital para comprar uma loja chamada Casa Bahia.

Nesses 59 anos de atuação no mercado nacional, a Casas Bahia, com mais de 56 mil colaboradores, tem mais de 500 filais e presença em 13 Estados nas regiões Sul, Sudeste, Nordeste, Norte e Centro-Oeste (SP, RJ, MG, GO, PR, SC, MS, MT, TO, ES, BA, SE e CE), além do Distrito Federal.

As Casas Bahia é uma empresa que conta com 60.000 colaboradores, 1.100 filiais, e atualmente é considerada a maior empresa relacionada ao comércio varejista da América Latina. A empresa está a 59 anos atuando na venda de produtos e serviços, sua sede fica localizada em São Caetano.

O ponto forte das Casas Bahia em relação à concorrência é de que a mesma tem sua própria estratégia de marketing. Conseguindo seu lucro através da facilidade para comprar, fato que ajuda os consumidores de menores classes sociais.

3 FUSÃO CASAS BAHIA E GRUPO PÃO DE AÇÚCAR

No dia 04 de dezembro de 2009 o Grupo Pão de Açúcar que é controlada pelo empresário Abílio Diniz, comprou as Casas Bahia, gerando um grande jogo entre as partes envolvidas no acordo. A família Klein, dona das Casas Bahia, contratou o escritório Pinheiro Neto Advogados para fazer a revisão do acordo de fusão entre a varejista e o Grupo Pão de Açúcar. Eles acreditam que tudo o que havia sido combinado com Abílio Diniz, controlador do Pão de Açúcar, não foi para o contrato redigido pelo escritório Tozzini Freire Advogados, que na época assessorou as companhias.

Agora, a Casas Bahia se sente em desvantagem. Eles alegam que os ativos foram subavaliados em um valor estimado de dois milhões, querem definir melhor as formas de vendas de suas ações não precisando esperar os prazos anteriormente definidos. Na qual a família fica impedida de vender as ações da nova empresa Viavarejo pelo período de um ano, com o passar do tempo seria liberado uma porcentagem, assim apenas em 2016 poderia vender os 49% das ações.

Esse conflito na fusão deve se ao fato da família Klein não aceitar ser submissa ao Grupo Pão de Açúcar. Pode ser uma jogada estratégica para conseguir seus objetivos, fazendo com que o GPA ceda parte de sua autonomia para a família.

Com o futuro contrato o Grupo Pão de Açúcar, pode perder ao aceitar todas as propostas dos Klein como a divisão de partes iguais, também pode sair perdendo no caso do contrato ser rompido, pois terão que indenizar os acionistas minoritários. Assim a família “tem em mãos” o Grupo Pão Açúcar por ter essa fragilidade.

A fusão das Casas Bahia com o Pão de Açúcar criou um gigante do varejo de alimentos, móveis e eletroeletrônicos, com faturamento de R$ 40 bilhões por ano. O Pão de Açúcar é a terceira maior empresa privada do País. Com a junção, o grupo teria vendas iguais às do Walmart e do Carrefour, seus principais concorrentes, juntos. Pelo acordo, as Casas Bahia e o Pão de Açúcar tornaram-se sócios numa nova empresa de móveis e eletroeletrônicos. A nova empresa teria um porte cinco a seis vezes maior que as principais rivais no mercado de eletroeletrônicos e móveis. No dia 04 de dezembro de 2009 o Grupo Pão de Açúcar que é controlada pelo empresário Abílio Diniz, comprou a Casas Bahia, gerando um grande “jogo de desconfiança”. A família Klein, dona da Casas Bahia, contratou o escritório Pinheiro Neto Advogados para fazer