Gestão Industrial
Trabalho Escolar: Gestão Industrial. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: RejaneRaquel • 4/5/2014 • 3.157 Palavras (13 Páginas) • 235 Visualizações
2.4. Métodos de custeio
Para a completa gestão de uma organização, é essencial que os custos
estejam corretamente distribuídos de acordo com um critério definido
especificamente.
Diversos meios de mensuração e correta alocação de custos existem
atualmente. O que se deve ter em mente é que cada organização detém suas
peculiaridades e a escolha do método de custeio deve ser avaliada individualmente
pelos seus gestores.
Cada método de custeio tem suas peculiaridades e em função disto,
vantagens e desvantagens. A correta aplicação do método é que trará os resultados
desejados para a organização.
Não há como dizer que determinado método é melhor ou pior, o que se pode
afirmar, é que tal método é melhor aplicado nessa ou noutra organização, sempre
analisando individualmente cada situação.
A importância de se utilizar um método adequado de alocação dos custos
indiretos deve-se, principalmente, ao fato de atualmente as organizações
apresentarem alta diversidade de produtos fabricados.
Para Dutra (2003) os métodos mais utilizados para o custeamento são o por
Absorção, o Direto ou Variável, o custeio baseado em atividades (ABC) e o Padrão.
No entanto, Martins (2003) exclui o custo-padrão por entender ser uma
ferramenta de controle de custos e não um método em si, pois crê ser a forma mais 24
eficaz de planejar e controlar os custos, podendo ser usado juntamente com o
custeio variável ou o por absorção.
Da mesma forma, Bornia (2002) entende que o custo-padrão não é um
método em si, pois extrapola o patamar de apenas calcular os custos, como o
variável e o ABC, sendo o seu principal objetivo dar suporte ao controle de custos da
organização, uma vez que sua idéia básica é fornecer um comportamento padrão
dos custos.
2.4.1. Sistema de custeio baseado em atividades – ABC (activity-based costing)
Segundo Martins (2003, p. 87), o custeio ABC “é um método de custeio que
procura reduzir sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos
custos indiretos”.
Além de ser aplicado aos custos indiretos, o custeio por atividades também
por ser usado para os custos diretos, principalmente a mão-de-obra, entretanto, não
há significativa diferença frente aos métodos tradicionais de custeio.
Bornia (2002, p. 121) diz que “a idéia básica do ABC é tomar os custos das
várias atividades da empresa e entender seu comportamento, encontrando bases
que representem as relações entre os produtos e essas atividades”. Assim, pode-se
entender que o ABC tenta calcular o custo dos produtos de forma mais acurada, em
relação aos métodos tradicionais, que utilizam bases de rateio arbitradas para os
custos indiretos, causando distorções significativas.
O que se deve entender é que o sistema de custeio ABC assume que a
empresa é dividida em atividades. Essas atividades consomem os recursos
disponíveis, gerando os custos da produção. A produção por sua vez, utiliza-se
dessas atividades e absorve seus custos.
Bornia (2002, p. 122), esclarece que:
os procedimentos do ABC consistem em seccionar a empresa em
atividades, supondo-se que as mesmas gerarão os custos, calcular o custo
de cada atividade, compreender o comportamento destas atividades,
identificando as causas dos custos relacionados com elas, e, em seguida,
alocar os custos aos produtos de acordo com as intensidades de uso.
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Pode-se dizer então, que o sistema ABC baseia-se principalmente em dois
tempos: primeiro há a alocação dos custos nas diversas atividades da organização,
e em seguida, esses custos são transferidos aos produtos de acordo com o grau de
utilização de cada atividade para com o produto em destaque.
Outro autor que define o ABC é Sá (1990, p.109) que esclarece o método
como sendo a “expressão utilizada para designar o processo de apuração de custos
que se baseia em dividir ou ratear todos os elementos do custo, de modo que, cada
centro ou núcleo absorva ou receba aquilo que lhe cabe por cálculo ou atribuição”.
O ABC é uma das melhores ferramentas para o aprimoramento do sistema de
alocação de custos, pois considera a atividades, individualmente, como um objeto de
custo fundamental (HORNGREN, DATAR e FOSTER, 2004).
Para melhor entendimento, pode-se definir atividade como sendo “um evento,
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