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Gestão do ambiente interno

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Por:   •  11/2/2014  •  Tese  •  3.243 Palavras (13 Páginas)  •  483 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O corpo humano é composto de vários sistemas e órgãos, cada um consistindo de milhões de células. Estas células necessitam de condições relativamente estáveis para funcionar efetivamente e contribuir para a sobrevivência do corpo como um todo. A manutenção de condições estáveis para suas células é uma função essencial do corpo humano, a qual os fisiologistas chamam de homeostase. A homeostase (homeo = igual; stasis = ficar parado) é uma condição na qual o meio interno do corpo permanece dentro de certos limites fisiológicos. O meio interno refere-se ao fluido entre as células, chamado de líquido intersticial (intercelular).Um organismo é dito em homeostase quando seu meio interno contém a concentração apropriada de substâncias químicas, mantém a temperatura e a pressão adequadas.Quando a homeostase é perturbada, pode resultar a doença. Se os fluidos corporais não forem trazidos de volta à homeostase, pode ocorrer a morte.

Controle do meio ambiente interno

O corpo apresenta muitos mecanismos de regulação (homeostática) que podem trazer o meio interno de volta ao equilíbrio. Cada estrutura corporal, do nível celular ao sistêmico, tenta manter o meio interno dentro dos limites fisiológicos normais.

Os mecanismos homeostáticos do corpo estão sob o controle dos sistemas nervoso e endócrino.

O sistema nervoso regula a homeostase pela detecção dos desequilíbrios do corpo, e pelo envio de mensagens (impulsos nervosos) aos órgãos apropriados para combater o estresse.

O sistema endócrino é um grupo de glândulas que secretam mensageiros químicos, chamados de hormônios, na corrente sanguínea.

Feedback

O feedback negativo (a maior parte dos sistemas de controle atuam desta forma) vai contra o evento que está acontecendo e tenta estabelecer a homeostasia (equilíbrio do meio interno), temos como exemplo a queda da pressão arterial e aumento do ritmo cardíaco compensatório.

Já o feedback positivo, conhecido como ciclo vicioso, (normalmente não ocorre) vai a favor do evento que está preste a acontecer e desenvolve mecanismo para que se sustente aquela situação ou chegue ao final com o resultado que se quer, não se tenta ir contra para equilibrar, e sim a favor para se chegar a um objetivo, como por exemplo, os mecanismos homeostáticos do parto. Todos os órgãos e tecidos do corpo desempenham funções que ajudam a manter o organismo em equilíbrio constante. Essa manutenção das condições estáticas ou constantes do meio interno, denomina-se homeostasia. O corpo humano é composto por inúmeros sistemas de controle, que são unidades funcionais responsáveis por manter o estado de equilíbrio do organismo. Um dos principais sistemas é o sistema de controle genético, o qual atua em todas as células do corpo controlando o funcionamento intracelular e extracelular. Além disso, existem muitos outros sistemas de controle, os quais atuam no interior dos órgãos com a finalidade de controlar o funcionamento das diferentes partes dos mesmos; enquanto outros atuam por todo o corpo para controlar as inter-relações entre os órgãos. Como exemplo podemos citar, o sistema respiratório que quando atua em associação como sistema nervoso, regula a concentração de dióxido de carbono no líquido extracelular. Já o fígado e o pâncreas regulam a concentração de glicose no líquido extracelular. Os rins regulam as concentrações de hidrogênio, sódio, potássio, fosfato, além de outros íons no líquido extracelular. A seguir explicaremos detalhadamente as características dos sistemas de controle e exemplificaremos da melhor forma possível esses sistemas, para a melhor compreensão de todos a respeito do assunto.

Características dos Sistemas de Controle:

- Natureza de feedback negativo da maioria dos sistemas de controle:

A maioria dos sistemas de controle do corpo atua por meio de feedback negativo, que pode ser melhor explicado através revisão de alguns dos sistemas de controle homeostático. Primeiramente revisaremos o sistema de controle da concentração de dióxido de carbono; quando está alta a concentração de dióxido de carbono no líquido extracelular, a ventilação pulmonar aumenta.Com isso, ocorre redução da concentração do dióxido de carbono, já que, nessa condição, os pulmões eliminam maior quantidade do gás do que o organismo. Dessa forma podemos concluir que, quando a alta concentração de dióxido de carbono cai a valores muito baixos, ocorre um aumento por feedback dessa concentração. Essa resposta também é negativa em relação ao estímulo inicial.

Outro exemplo são os mecanismos reguladores da pressão arterial, a pressão elevada provoca uma série de reações que promovem a redução dessa pressão, ou a baixa da pressão provoca uma série de reações que promovem a elevação da mesma. Nos dois casos, esses efeitos são negativos em relação ao estímulo inicial.

Por conseguinte, concluímos que feedback negativo é um sistema de controle que faz com que, quando algum fator esteja excessivo ou deficiente, ele retorne ao seu valor médio determinado, mantendo assim a homeostasia.

- Feedback positivo; (isso pode causar, por vezes, ciclos viciosos e morte):

Ao contrário do feedback negativo, o feedback positivo não leva à estabilidade, mas à instabilidade e, muitas vezes, à morte. Como exemplo, veremos a situação: Uma pessoa normal que perde subitamente muito sangue, a quantidade de sangue restante no corpo fica reduzida a nível tão baixo que é insuficiente para manter o bombeamento eficaz pelo coração. Como resultado, a pressão arterial cai e o fluxo de sangue para o músculo cardíaco pelos vasos coronários diminui. A conseqüência disto é um enfraquecimento cardíaco, bombeamento mais reduzido, redução adicional do fluxo sangüíneo coronário e maior enfraquecimento cardíaco. Nesse caso ocorre feedback positivo, isto é, o estímulo inicial produz mais estímulos do mesmo tipo.

Raramente, o feedback positivo pode ser útil. A coagulação do sangue é exemplo do uso benéfico do feedback positivo. Quando um vaso sangüíneo é rompido e começa a se formar um coágulo, diversas enzimas, chamadas de fatores de coagulação, são ativadas no interior do próprio coágulo. Algumas dessas enzimas atuam sobre outras, ainda não ativadas, encontradas no sangue imediatamente adjacente, ativando-as e produzindo o crescimento do coágulo. Esse processo continua até que a ruptura vascular fique ocluída, quando o sangramento é cessado. Algumas vezes esse

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