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Habilidades Comportamentais

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Por:   •  27/11/2014  •  3.348 Palavras (14 Páginas)  •  369 Visualizações

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Da década de 20 ao final da de 30, alguns fatos importantes ocorreram, permitindo-se rotular a época de revolução ideológica, pois nessa fase foram assentadas as sólidas bases em que se fundamentaria o movimento administrativo do pós-guerra, a saber:

1. Experiências de Hawthorne, realizadas na fábrica da Western Electric, nos arredores de Chicago. Essas experiências foram iniciadas sob prisma estritamente tradicionalista, objetivando verificar como os indivíduos reagiriam a novas situações materiais, dentro das condições de eficiência máxima.

Em virtude dos inesperados resultados dessas pesquisas, que escapavam aos conhecimentos de seus dirigentes, investigadores sociais, comandados pó Elton Mayo, foram chamados a opinar, concluindo que o elemento humano não se comportava mecanisticamente no processo de produção, como o imaginavam os engenheiros da organização, mas respondia a muitos outros estímulos nesse processo, além dos incentivos financeiros ou da simplificação ou sequenciação das tarefas. A grande lição que ficou do experimento em Hawthorne é a de que o elevado índice de produtividade alcançado – nos grupos criados – não decorreu da ênfase na melhoria das condições materiais de trabalho e/ou da concessão eventual de alguns incentivos financeiros ou sociais, mas da motivação dos empregados envolvidos, basicamente em função de três fatores concorrentes:

1º pelo interesse que a empresa demonstrou no empregado, o que era inédito naquela época, mecanicista, em que a ênfase era na produtividade e na máquina;

2º os pequenos grupos criados, em razão da necessidade de controle e avaliação dos resultados, mostrando ser a unidade ideal de trabalho; e

3º finalmente, o novo estilo de supervisão adotado, de caráter participativo e não impositivo, criando um clima altamente estimulante de trabalho.

2. A chegada de Kurt Lewin aos Estados Unidos, em 1922, egresso da Alemanha, e que desenvolveu pesquisas de dinâmica de grupo, movimento que tanta influência exerceu sobre os conceitos teóricos de autoridade e motivação.

3. A publicação, em 1938, do livro As funções do executivo, de Chester I. Barnard, marco da história da administração que, entre outros aspectos, notabilizou-se pelas seguintes contribuições:

1º Introdução de um novo conceito de autoridade que, de imposta, em função do cargo – essência do modelo tradicionalista – passou a ser aceita, em face da anuência do grupo. Segundo Barnard, a pessoa somente aceita a comunicação (autoridade) como autorizada quando reúne quatro condições simultâneas:

a) Pode compreender e compreende a comunicação;

b) No momento de sua decisão, acredita que ela não é inconsistente com o propósito da organização;

c) No momento de sua decisão, julga-a compatível com seu interesse pessoal como um todo;

d) Pode atacá-la, mental e fisicamente.

2º A colocação de que as organizações são sistemas cooperativos exigindo, em consequência, adequados padrões de supervisão e uma cultura sadia, que favoreça a adesão espontânea de seus membros à consecução dos objetivos;

3º a assertiva de que a organização, internamente, é composta de dois ângulos: o formal e informal. Convém ressaltar, a organização é tanto mais efetiva quanto maior for a identidade de objetivos entre os dois ângulos, o que também foi salientado por Likert.

4. Finalmente, outro aspecto importante a salientar, concluindo esta fase, foi o acentuado desenvolvimento das ciências sociais, notadamente a Antropologia, a Psicologia e a Sociologia.

Teoria da hierarquia das necessidades, de Maslow

A teoria da hierarquia das necessidades, de Abraham Maslow (1908-1970), é uma das mais conhecidas sobre motivação no estudo da administração e do comportamento organizacional.

Maslow propôs que as necessidades básicas fossem estruturadas em uma hierarquia de predominância e probabilidade de surgimento. Ele estabeleceu sua teoria com base na afirmação de que indivíduos se comportam no sentido de suprir suas necessidades mais imediatas, que estão priorizadas na seguinte escala:

• Necessidades fisiológicas;

• Necessidades de segurança;

• Necessidades sociais;

• Necessidades de estima;

• Necessidades de auto realização.

As necessidades fisiológicas estão relacionadas às necessidades humanas de sobrevivência, como alimentação (fome), repouso e sono (cansaço), abrigo (frio e calor), desejo sexual (energia orgânica) etc.

As necessidades de segurança estão relacionadas à busca de proteção contra ameaças/privações, assim como à fuga do perigo. São necessidades de proteção contra doenças, incertezas, desemprego, roubo etc.

As necessidades sociais surgem no comportamento humano quando as necessidades anteriormente citadas encontram-se relativamente satisfeitas; são aquelas relacionadas à participação em grupos, aceitação por parte dos companheiros, amizade, afeto e amor conduz à solidão e à inadaptação social.

As necessidades de estima são aquelas relacionadas com a maneira pela qual o indivíduo se vê e se avalia; envolve auto-apreciação, autoconfiança, auto-respeito, aprovação social, além de status, prestígio e consideração.

As necessidades de auto-realização são as necessidades humanas mais elevadas, nas quais alguns têm de realizar o seu pontencial (autodesenvolvimento contínuo), isto é, são as necessidades que algumas pessoas têm de ‘ser o seu melhor’. Isso só ocorre quando todas as outras ‘necessidades’ estão relativamente ‘bem’ satisfeitas.

Teoria da realização (ou das necessidades adquiridas), de McClelland

De acordo com McClelland (1917-1998), existem certas necessidades que são aprendidas e socialmente adquiridas assim que o indivíduo interage com o ambiente. Ele classificou essas necessidades em três categorias: as necessidades de realização, as necessidades de afiliação e as necessidades de poder.

1. Necessidades de realização: o desejo de alcançar algo difícil exige um padrão de sucesso, domínio de tarefas complexas e superação de outras; é uma necessidade de desafio para realização pessoal e

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