História Da Nestle
Pesquisas Acadêmicas: História Da Nestle. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: dca_i • 15/9/2014 • 6.609 Palavras (27 Páginas) • 321 Visualizações
Nestle
NESTLÉ
Morda um pedacinho de chocolate, beba uma garrafa de água mineral, prepare um delicioso jantar, alimente seu cão ou desfrute do sabor de um sorvete. Em cada caso, as chances são grandes de você ter escolhido um produto NESTLÉ, maior indústria alimentícia do mundo, e também consagrada como a maior autoridade em nutrição, focando a melhoria da qualidade de vida das pessoas por meio da oferta permanente de produtos saudáveis e saborosos.
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A história
A maior aspiração do farmacêutico alemão Henri Nestlé era solucionar o problema da desnutrição infantil. Por isso, investia todos os seus recursos na busca de uma formulação que reunisse alimentos básicos, como leite, açúcar e farinha de trigo, experimentando inúmeras composições. Seu objetivo era produzir uma farinha infantil que, preparada com água pura e quente, resultasse em um alimento saboroso e de alto valor nutritivo. A base do produto, em sua opinião, deveria ser o bom leite suíço, concentrado à vácuo em latas hermeticamente fechadas, a fim de preservar o mesmo poder nutricional que apresentava in natura. Moendo uma torrada de pão de trigo, ele obteve um pó em forma de sêmola, que, misturado a outros ingredientes, segundo seus estudos e conhecimentos científicos, resultou em um produto alimentício de alto valor nutritivo, o qual batizou em 1866 de Nestlé Farinha Láctea. Nessa época, por intermédio de um médico, ele tomou conhecimento de um bebê de duas semanas que não ingeria nenhum alimento e se tornava cada vez mais debilitado. Ele não hesitou: preparou um mingau de sua farinha e sugeriu que fosse dado à criança. Durante alguns dias, isso foi feito repetidamente, com sucesso: a criança acabou por se recuperar.
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A notícia sobre a nova farinha infantil correu rapidamente pelas aldeias ao redor do Lago de Genebra e outras mães levaram seus filhos a Henri Nestlé. As crianças recebiam o mingau de farinha e se desenvolviam plenamente. Não demorou até que médicos e cientistas se interessassem pelo novo produto. A fama crescia, enquanto ele continuava pesquisando maneiras de melhorar ainda mais sua descoberta. Preocupado com os altos índices de mortalidade infantil causados em grande parte pelas intensas jornadas de trabalho que incluíam não só as mães mais também as crianças e comprometiam a higiene, a alimentação e a natalidade, Henri Nestlé iniciou a produção industrial somente em 1867, com a fundação da Sociedade Henri Nestlé na pequena cidade suíça de Vevey. À base de leite e farinha de cereais de grande valor nutritivo, o produto era uma resposta à necessidade de alternativa segura e nutritiva ao leite materno.
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Para personificar o negócio, ele usou o brasão de sua família, que continha a figura de um ninho. O nome NESTLÉ, em alemão, significa “pequeno ninho”. Evocação de segurança, maternidade e afeição, natureza e nutrição, família e tradição, este símbolo continua sendo o elemento principal da identidade corporativa da empresa. Nesta época, Henri cuidava então da tarefa de expandir seu negócio e aprimorar-se como empresário e comerciante. Durante o dia, instalava máquinas, treinava e supervisionava o pessoal. À noite, respondia às inúmeras consultas, já que mantinha correspondência regular com farmacêuticos e comerciantes, para mostrar as vantagens de seu novo produto. A fábrica se desenvolveu, as máquinas funcionavam a pleno vapor, o número de empregados cresceu constantemente e o processo impôs uma ampla divisão de trabalho e novos investimentos. A Farinha Láctea se revelou eficaz na alimentação das crianças nos primeiros meses de vida e, com o enorme sucesso, logo passou a ser exportado para outros países da Europa como Alemanha, França e Reino Unido.
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A NESTLÉ abriu um escritório em Londres, em 1868, que nos cinco anos seguintes, controlou as exportações para a América do Sul e Austrália, vendendo, em 1873, 50.000 caixas do produto na Europa, Estados Unidos, Argentina, México e as índias Neerlandesas. Em 1874 a empresa iniciou a produção de um de seus produtos de maior sucesso, o leite condensado (Condensed Milk). No ano seguinte, aos 60 anos de idade, Henri Nestlé vendeu a empresa para Julian Monnerat, Pierre-Samuel Roussy e Gustave Marques, por um milhão de francos suíços, uma carruagem e um grupo de cavalos. É criada então a Société Anonyme Farine Lactté Henri Nestlé. Em 1898 a NESTLÉ comprou uma empresa norueguesa de leite condensado, sendo a primeira aquisição da empresa fora da Suíça. Dois anos mais tarde inaugurou sua primeira fábrica em solo americano. A concorrência entre a NESTLÉ e a Anglo Swiss Condensed Milk Company, empresa fundada como produtora de leite condensado em 1866 por George e Charles A. Page, este último cônsul americano em Zurique, terminaria em 1905, numa fusão que deu origem a NESTLÉ and ANGLO-SWISS MILK COMPANY. Iniciou-se então uma enorme expansão internacional, com a nova empresa passando a atuar no mercado australiano e construindo depósitos em Cingapura, Hong Kong e Bombaim, com o intuito de dar suporte ao crescimento das atividades nos mercados da Ásia. A partir deste momento, a empresa desenvolve vários produtos no segmento de alimentação gerando novos negócios em todo o mundo. Nas décadas seguintes, a empresa passaria a atuar em vários segmentos, como leite em pó, produtos dietéticos, chocolate e café solúvel.
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Com a Primeira Guerra Mundial, a demanda por alimentos aumentou muito, principalmente na forma de contratos com governos, e ao final do conflito, a produção da NESTLÉ havia mais que dobrado. Em 1929 o chocolate se tornou o segundo produto mais importante da empresa suíça, com a aquisição da Peter, Cailler, Kohler e Chocolats Suisses S.A, criando uma das maiores empresas de chocolate do mundo. A história do produto de maior sucesso da NESTLÉ começou nos anos 30, quando houve uma superprodução de café e os preços do produto no mercado internacional caíram bastante. O Brasil, maior produtor da época, entrou em uma séria crise. Entre 1931 e 1938, foram destruídas 65 milhões de sacas de café. Foi então que as autoridades brasileiras sugeriram à NESTLÉ, que já fabricava leite em pó, desenvolver um café solúvel. As pesquisas de Hans Morgenthales levaram sete anos e o seu grande mérito foi descobrir que era necessário acrescentar hidratos de carbono à matéria-prima
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