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Incubadora MIDI tecnológica

Resenha: Incubadora MIDI tecnológica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  9/9/2014  •  Resenha  •  528 Palavras (3 Páginas)  •  239 Visualizações

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Não há quem questione a importância das in­cubadoras para o desenvolvimento do empreende­dorismo. O aconchego das incubadoras permite às empresas que estão dando seus primeiros passos possam desenvolver com calma suas inovações e possam suportar com mais facilidade os sempre difíceis primeiros anos de vida.

Mas o mundo mudou, assim como os empreen­dedores, e as incubadoras também precisam mudar para não perderem a sua relevância e para ajudar ainda mais as empresas a se desenvolverem. Hoje o virtual está presente em todas as esferas da eco­nomia, e o espaço de tempo para desenvolver um produto ou serviço, lançá-lo no mercado e inovar para driblar a concorrência é cada vez mais curto. É preciso agilidade, e o processo de incubação de uma empresa precisa refletir essa característica.

A incubadora MIDI Tecnológico, gerida pela Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (Acate) e mantida pelo Sebrae/SC, preparou-se para esta nova etapa desenvol­vendo um novo modelo de seleção, incubação e aceleração de empresas, chamado MIDI 2.0. Entre outras estratégias, o MIDI 2.0 envolve a elaboração de um Plano Empresarial Anual para cada empresa, com acompanhamento mensal da evolução das metas.

O coordenador geral do MIDI Tecnoló­gico, Gabriel Sant’Ana, fala, a seguir, sobre este momento do mercado de tecnologia e do empreendedorismo e explica um pouco mais sobre o novo modelo, mais focado no desen­volvimento individual de cada empreendedor. Entre as ações, serão trabalhadas questões de liderança, além de habilidades e competências dos empresários, em um programa baseado em valores, por meio de treinamentos e sessões de coaching individual.

As incubadoras são merecidamente reconhe­cidas pelo seu relevante papel no ambiente empreendedor, sendo cruciais para a geração e desenvolvimento de novas e fortes empresas. Esse modelo já chegou ao seu limite?

Gabriel Sant’Ana – O MIDI tem 15 anos, foi uma iniciativa do Sebrae/SC e da Acate numa época em que praticamente ine­xistia o setor de tecnologia na região. O que se percebia é que era necessário apoiar as empresas de base tecnológica de alguma ma­neira; mas de fato não existia uma tradição no setor que pudesse ser tomada como referên­cia. Naquele tempo, o mais importante era o espaço físico e as facilidades que podiam ser oferecidas aos empreendedores: basicamen­te uma sala, um telefone, mesas, cadeiras, lo­cal para retirar cópias, receber um fax.

O público sempre foi alunos e recém-formados das universidades, principal­mente a UFSC, a maior parte engenheiros e graduados em Ciências da Computação. Com o passar do tempo, o que se viu é que, graças ao espírito empreendedor e o esforço destes jovens, foi se criando um setor de tecnologia. Os precursores deste movimento (como a Intelbras, a Dígitro, etc.), que hoje são grandes empresas, ajudaram a consolidar o que um dia era apenas uma ideia.

A incubadora foi uma iniciativa muito bem-sucedida de oferecer uma semente, aquilo que podia ajudar de alguma forma esses jovens, pois na época era muito difí­cil ter uma sala, móveis, consultorias, etc. Já graduamos mais de 70 empresas, muitas delas muito bem-sucedidas. Mas eu diria que muito mais pelo talento e pela compe­tência desses jovens do que pela nossa in­cubadora ou qualquer outra, a incubadora tem o papel de facilitar e promover um am­biente de desenvolvimento, mas, sozinha, não faz nenhum negócio prosperar.

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