Industria Do Tabaco
Artigos Científicos: Industria Do Tabaco. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: kathcaroline • 18/9/2013 • 1.596 Palavras (7 Páginas) • 495 Visualizações
Indústria do Tabaco
Indústria do fumo é o conjunto de empresas que atuam na produção de tabaco e seus derivados. No Brasil, a indústria do fumo comporta todos os elos da cadeia produtiva do setor: produção e processamento do fumo em folha e fabricação dos cigarros e de outros derivados do tabaco, como charutos e cigarrilhas.
O mercado de cigarros brasileiro é concentrado em duas empresas: a Cia. Souza Cruz, que detém cerca de 80% de market share, e a Philip Morris, que detém cerca de 15%. As demais empresas (cerca de 13, segundo a Secretaria da Receita Federal) compõem o restante do mercado produzindo cigarros com preços inferiores aos produzidos pelas outras duas.
Segundo a Secretaria da Receita Federal, cerca de 178 marcas compõem o portfólio do mercado brasileiro. A Souza Cruz atua no mercado com 28 marcas e a Philip Morris, com 18.
Para a fabricação dos cigarros, é muito importante que as plantações de fumo em folha estejam situadas próximas às fábricas onde ocorre o beneficiamento do fumo e a fabricação dos cigarros, para haver redução do custo com transporte e, principalmente, com a distância e o tempo entre o plantio e as fábricas. Logo, como cerca de 90% das plantações de fumo concentram-se na região Sul do país, a maioria das fábricas de cigarros também está no Sul.
Tabagismo
O consumo de cigarros é a mais devastadora causa evitável de doenças e mortes prematuras da história da humanidade. O consumo do tabaco atingiu a proporção de uma epidemia global, provocando, a cada ano, a morte de 4 milhões de pessoas em todo o mundo, ou seja, uma a cada oito segundos. Um quadro preocupante com conseqüências graves sobre a saúde da população, a economia e o meio ambiente.
A Organização Mundial da Saúde-OMS registra mais de 60 mil pesquisas publicadas e reproduzidas em diversos lugares do mundo, comprovando a relação causal entre o consumo do cigarro e doenças graves como câncer de pulmão (90% dos casos), enfisema pulmonar (80%), infarto do miocárdio (25%), bronquite crônica e derrame cerebral (40%).
Por esta razão, o controle do tabagismo é uma das prioridades do Instituto Nacional de Câncer, já que esta é a mais importante e eficaz ação de prevenção do câncer de pulmão, reduzindo seus índices de incidência e mortalidade.
Em 1997, o INCA foi nomeado Centro Colaborador da OMS para o Programa "Tabaco ou Saúde" na América Latina cujo objetivo é estimular e apoiar políticas e atividades anti-tabagismo nessa região.
Tabagismo e Saúde
A fumaça do cigarro contém ciliotoxinas e irritantes que produzem irritação nos olhos, nariz e garganta, bem como diminuem a mobilidade dos cílios pulmonares, ocasionando alergia respiratória em fumantes e não-fumantes. Cílios são projeções semelhantes a cabelos muito finos, que ajudam a remover sujeiras e outros detritos do pulmão. Quando paralisados pela exposição à fumaça do cigarro, as secreções acumulam-se, contribuindo para a "tosse do fumante" e para o surgimento de infecções respiratórias freqüentes naqueles que entram em contato com a fumaça do cigarro.
Tabagismo Passivo Absorção da Fumaça do Cigarro por Não-Fumantes
Os não-fumantes expostos à fumaça do cigarro absorvem nicotina, monóxido de carbono e outras substâncias da mesma forma que os fumantes, embora em menor quantidade. A quantidade de tóxicos absorvidos depende da extensão e da intensidade da exposição, além da qualidade da ventilação do ambiente onde se encontra a pessoa.
Considerando-se o monóxido de carbono, sabe-se que o padrão de qualidade do ar bom é de 9ppm (partes por milhão) e que a concentração máxima permitida no ar urbano é de 30ppm. Nas cidades com altos índices de poluição ambiental, ao serem atingidas 40ppm de monóxido de carbono, são acionadas medidas de controle de poluição, a fim de proteger e alertar a população para o problema.
Nos ambientes de trabalho fechados, a Organização Internacional do Trabalho-OIT considera 50ppm como a concentração máxima a ser atingida, uma vez que o homem é um ser biológico capaz de suportar exposições dessa natureza por algum tempo. No entanto, colocando-se 25 fumantes consumindo 4 cigarros por hora em uma sala de 1.000 m³, rapidamente se atingirá 100ppm de monóxido de carbono, sem que haja nenhum controle ou preocupação em desencadear ações para o controle da poluição ambiental.
A permanência em um ambiente poluído faz com que se absorvam quantidades de substâncias tais como a nicotina em concentrações semelhantes às de quem fuma. Tal comprovação é feita através da medição da cotinina, principal produto da decomposição da nicotina. Esta substância pode ser encontrada no sangue e na urina de não-fumantes que moram ou trabalham com fumantes.
Tendo em vista que as pessoas passam 80% de seu tempo em locais fechados tais como trabalho, residência, locais de lazer e hospitais, o cigarro é considerado, pela Organização Mundial de Saúde, como o maior agente de poluição doméstica ambiental.
Cada vez mais autoridades governamentais estabelecem regulamentos que protegem o não-fumante. Além disso, houve um aumento da conscientização dos indivíduos sobre o ar que eles respiram, não só em casa, como nos ambientes de trabalho e locais públicos. No Brasil progressivamente surgem leis em nível estadual e municipal preservando os direitos dos não-fumantes, o que mostra um avanço na conscientização das autoridades no que tange à poluição tabágica ambiental.
Mas pode-se fazer mais, estimulando-se locais de trabalho, escolas, unidades hospitalares e outros setores da sociedade a desenvolverem
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