Mercado Financeiro
Monografias: Mercado Financeiro. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: tjdesouza102 • 1/10/2013 • 4.305 Palavras (18 Páginas) • 371 Visualizações
Introdução
O mercado financeiro brasileiro da atualidade é sustentado em um sistema bancário seguro e equilibrado, com um bom nível de solvência. É um dos mais desenvolvidos do mundo. Os bancos brasileiros apresentam uma boa condição financeira, e o Banco Central do Brasil também forte controle sobre o sistema, bem como aplica corretamente a política monetária determinada pelo Conselho Monetário Nacional. No entanto as taxas de juros praticadas no Brasil ainda estão entre as mais altas no mundo, o que acaba reduzindo o fluxo de investimento de longo prazo no país e limita seu potencial de crescimento e desenvolvimento econômico.
O Sistema Financeiro tem o importante papel de fazer a intermediação de recursos entre os agentes econômicos superavitários e os deficitários de recursos, tendo como resultado um crescimento da atividade produtiva, onde objetivo é tentar obter o menor custo possível de captação. O objetivo deste trabalho é apresentar as principais formas de captação de recursos através dos vários tipos de produtos, descrevendo as principais características de cada um deles.
O Sistema Financeiro Brasileiro
De acordo com o Banco Central do Brasil, o sistema financeiro é formado por mais de 2.300 instituições financeiras em funcionamento, entre as quais, pelo menos, 150 bancos múltiplos e comerciais, com ativos totais superiores a R$ 3 trilhões e 85 milhões de contas movimentadas, o sistema financeiro brasileiro tem a estabilidade entre suas mais relevantes características. Adaptados as normas prudenciais mais rígidas que o padrão mundial, os bancos do País conseguiram atravessar crises financeiras internacionais com indicadores saudáveis. Entre setembro de 2008 e setembro de 2010, por exemplo, o volume total de crédito do sistema cresceu 39,8%. Novas injeções de capital e bons níveis de lucro mantiveram o setor em uma posição confortável de solvência, mesmo com a ampliação dos financiamentos.
Todo banco possui em seu ativo uma carteira de títulos do governo, sejam eles de curto prazo ou de longo prazo, que são oferecidos a eles pelo governo que precisa financiar seus gastos ou suas dívidas. Aplicar em títulos é considerado um investimento muito seguro, pois os títulos do governo são considerados como sendo de risco zero. Além disto, no Brasil, devido às altas taxas de juros causadas pela vulnerabilidade externa, estes são investimentos muito atrativos, pois pagam elevada rentabilidade com baixo risco. ( STUBER, 2013)
Os empréstimos podem ser considerados o principal produto de um banco e pode-se dizer que, como em qualquer produto, a receita obtida com eles advém da diferença entre o preço pelo que ele é vendido e do custo desembolsado para adquiri-lo. Como no caso dos empréstimos este produto é o dinheiro, a diferença entre o custo de captação e a taxa de juros cobrada pelos empréstimos é o chamado spread bancário, e é dependendo do valor deste spread que as operações de crédito serão menos ou mais vantajosas para os bancos. (COZZI, 2012)
No entanto, não se pode deixar de considerar o risco envolvido nestas operações visto que ao se emprestar dinheiro corre-se o risco de o devedor não ser capaz de saldá-lo posteriormente o que traria prejuízos presentes que, muitas vezes,demoram anos e anos para serem compensados após longos processos judiciais. (COZZI, 2012)
As instituições financeiras criaram o conceito de mesa de operações, onde centralizam a maioria das operações de suas áreas de mercado, ou seja, suas operações comerciais que envolvam a definição de taxas de juros e, portanto, do spread, que é a diferença entre o custo do dinheiro tomado e o preço do dinheiro vendido. Uma das principais funções desta mesa é a que está ligada à captação de recursos comprados pela instituição e se constitui na chamada mesa de captação. Seguem-se alguns produtos de captação de recursos financeiros pelos bancos. (Stuber, 2013)
CDB - Certificado de Depósito Bancário
O Certificado de Depósito Bancário é um título de captação de recursos emitido pelos bancos, que funciona como um empréstimo que se faz à instituição financeira, recebendo uma remuneração em troca. Ao final da aplicação, o valor investido é acrescido de juros.(SAMY, 2013)
Ainda de acordo com Samy (2013), o prazo para o resgate é definido pelo banco, mas o investidor pode retirar antes a sua rentabilidade sem prejuízos, se respeitar o prazo mínimo de aplicação, que varia de um dia a um ano, dependendo da remuneração desejada.
As taxas de rentabilidade podem ser pré-fixadas, pós-fixadas, flutuantes ou ter mais de uma base para remuneração, desde que o cliente obtenha a mais vantajosa. Os títulos pré-fixados são aqueles onde se sabe a rentabilidade final do investimento no momento da aplicação. Como a taxa de juros é definida no ato da contratação, o investidor já sabe desde o início quanto irá receber no vencimento do título. Título pós-fixados é aquele que não se sabe a rentabilidade final no momento da aplicação, pois o investidor fica conhecendo apenas o índice que será responsável pela formação dos rendimentos do título, como por exemplo o CDI. O valor total que o investidor irá receber só será conhecido na data de vencimento da aplicação. Taxas flutuantes – Estão ligadas a um percentual de variação de um índice, normalmente o Certificado de Depósito Interbancário (CDI), mas também pode ser TR, TJLP ou inflação. (Samy, 2013)
As aplicações em CDB podem ser feitas por qualquer pessoa que seja correntista de um banco e tenha dinheiro para investir, informações da Cosif. O prazo varia de 30 a 180 dias e o valor mínimo depende da modalidade disponível no banco. Geralmente, os bancos oferecem taxas maiores de acordo com o valor investido.
De acordo com a Cosif, no CDB há incidência do Imposto de Renda, que varia de 15% a 22,5%, de acordo com o tempo investido, pago no resgate da aplicação. Não há taxa de administração. Se o valor ficar aplicado por menos de 30 dias, será cobrado o Imposto sobre Operação Financeira (IOF).
Para calcular a rentabilidade liquida de uma CDB, não levando em conta a CPMF e IOF, será necessário calcular o imposto de renda IR incidente sobre o ganho de capital, a alíquota do IR passou a ser 20%.(COSIF, s.d.)
De acordo com o Banco Central, o risco de aplicação em CDBs é baixo, pois está associado à solidez do banco. O investidor só perde a aplicação caso a instituição vá à falência. Porém, o FGC (Fundo Garantidor de Crédito) garante o valor de até R$ 70 mil por CPF, se a instituição for associada ao Fundo.
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