Metodologia Cientifica
Trabalho Universitário: Metodologia Cientifica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: victorurso • 10/5/2013 • 1.727 Palavras (7 Páginas) • 849 Visualizações
Introdução
A empresa possue gestão familiar, e não abre mão disso; apesar de ser considerada ultrapassada, este tipo de gestão tem dado certo na empresa, apesar dos percalços ocorridos durante a sua existência. Em 1997, durante um período de crise, a empresa, enfrentando problemas de liquidez e desconfiança dos agentes do mercado (bancos e fornecedores), foi obrigada a efetuar algumas correções em sua rota, revisando o giro dos estoques de 60 para 45 dias, fechando lojas deficitárias, e demitindo mais de 2.000 funcionários. Isto causou um clima de desconfiança no mercado, que passou a questionar o endividamento e os números apresentados pela empresa, chegando alguns bancos a fechar as portas para a companhia. Com uma estrutura extremamente fechada, o seu fundador, pela primeira vez, se viu obrigado a abrir a empresa para uma auditoria externa. Segundo especialistas, o seu crescimento, com a aquisição de diversas empresas, neste período foi construído em cima de dívidas, o que não era visto com bons olhos pelos seus credores. Esta abertura, na verdade, ocorreu por orientação do Unibanco, que alguns meses depois coordenou uma operação de lançamento de debêntures no valor de US$ 250 milhões, que foram recomprados pela empresa num prazo de dois anos. Apesar deste pequeno detalhe, a empresa continuou apostando na sua fórmula de sucesso, que se concentra em vender para a população de baixa renda, com 85% das vendas financiadas. A empresa procura ser sempre fiel às suas tradições e não desvia o foco do que realmente interessa, que é vender em grandes quantidades e a preços competitivos com fartura de crédito a população de baixa renda.
A História da Casas Bahia
A primeira loja foi fundada em 1957, em São Caetano do Sul, por Samuel Klein, um mascate
que vendia produtos de cama, mesa e banho de porta em porta. É a partir deste ponto que se
formou o maior império do varejo brasileiro, construído a custa de muito suor e trabalho da
família e crédito concedido à população de baixa renda.
Nestes seus mais de 50 anos de existência experimenta um crescimento constante,
principalmente na era do pós-real onde saiu de um faturamento de R$ 2 bilhões de reais para R$ 12 bilhões de reais em 2006. A empresa é considerada por muitos como o
maior fenômeno mundial do varejo de baixa renda, com números expressivos em todos os segmentos de vendas em que atua (televisores, refrigeradores, móveis, entre outros). Possui
ainda, seis centros de distribuição com mais de 700 mil m2. de área para armazenar estoques de produtos. Possui um bom fôlego financeiro e não depende de financiamento externo para seu giro de capital.
1- A Empresa Casas Bahia
Em 1999 a empresa enfrentou sem muito drama a recessão dos eletroeletrônicos, com a
venda de móveis um nicho mais lucrativo do que os eletrônicos. Outro fator importantíssimo é no que diz respeito à política de crédito, como a empresa gerencia o fornecimento de crédito aosseus clientes, ela tornou-se expert em administrá-lo, tendo as mais baixas taxas de inadimplência deste mercado.
Após a crise de 1999, num processo de recuperação da vendas, a empresa voltou a elevar os seus níveis de estoques para 60 dias e abriu novas lojas, principalmente na periferia das grandes metrópoles, onde se encontra o seu público alvo, os consumidores de baixa renda que não conseguem comprová-la. A empresa não tem a intenção de profissionalizar a administração, que segundo seu fundador já está com a sucessão definida, fruto de uma tradição judaica, com o seu filho mais velho assumindo as operações; e ainda na contramão do mercado a empresa mantém sob sua administração todo o sistema de logística, através de caminhões próprios e grandes centro de distribuição, alegando que os custos são compensados com a fidelização dos clientes. Tudo dentro da empresa é controlado pelo
fundador e seus dois filhos, tendo uma gestão centralizadora, qualquer negociação passa pelo
crivo dos Klein.
O foco da empresa está em realizar os sonhos dos milhares de consumidores que se encontram nas classes mais baixas da pirâmide de renda, financiando à longo prazo, estes sonhos.
Atualmente, a empresa encontra-se muito a frente das concorrentes com mais do que o dobro de faturamento do segundo colocado, o que mostra o sucesso do modelo adotado pela
empresa. Alguns tabus ainda existem na empresa como abertura de capital e vendas pela internet. Quanto a abertura de capital ou entrada de algum sócio, ela é prontamente refutada pelos sócios da empresa.
Com o crescente aumento das vendas on-line, a empresa já estuda a possibilidade de entrar
neste nicho de mercado, assim como a abertura de lojas destinadas aos mais abastados, que
ficavam fora do foco da empresa. O fato é que, apesar de uma gestão familiar
ultrapassada, a Casas Bahia é hoje modelo mundial de vendas a varejo no mercado de baixa
renda. E enfrentará a partir de agora alguns desafios para que consiga se perpetuar no
mercado que já desapareceu com grandes lojas ao longo da história, além de não poder perder o seu foco principal que é vender para a população de baixa renda.
Atualmente a Casas Bahia possui mais de 560 lojas em dez estados (SP, RJ, MG, PR, ES, RS,
SC, GO, MS, MT), além do Distrito Federal. As lojas de rua funcionam das 8h às 19h30 e as
instaladas em shopping center, das 10h às 22h.
2- O que muda com a Fusão Pão de Açucar e Casas Bahia.
A fusão entre Pão de Açúcar e Casas Bahia , recentemente anunciada, estabelece uma consolidação do setor de varejo. A nova empresa terá mais chances de ditar o preço dos produtos para outras empresas do segmento e principalmente para indústria.
A junção de duas empresas de grande porte que vendem eletrodomésticos, como é o caso de PONTO FRIO e CASAS BAHIA, permitirá adquirir produtos e valores bem mais baixos. A compra e a avenda em grande volume fará diferença.
A fusão do gigantesco varejo lembra a outra união de companhias que aconteceu recentemente no
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