Meus Trabalhos

O questionamento ao Serviço Social tradicional ganha visibilidade nos primeiros anos da década de 60 do século XX. Esse quadro se intensifica a partir da revisão crítica que se processa nas ciências sociais; com a emergência da chamada Igreja Popular e a teologia da libertação; com a presença ativa do movimento estudantil e a contestação nas universidades. No Brasil, o modelo de desenvolvimento implantado pela ditadura precipita a crise do Serviço Social Tradicional, provocando o processo de renovação da profissão e estimula as tendências sintonizadas com um caráter desenvolvimentista e modernizador. As primeiras expressões da renovação do Serviço Social estão concretizadas nos Documentos de Araxá (1967) e Teresópolis (1970), publicados pelo CBCISS (Comitê Brasileiro da Conferência Internacional de Serviço Social), que tiveram grande repercussão em toda a América Latina.

Em 1967, assistentes sociais que estavam no encontro de Araxá, ao teorizar sobre o Serviço Social brasileiro elaboraram o Documento de Araxá. No ano seguinte foram realizados mais sete encontros para discutir a validade teórica deste documento. Onde se percebeu um vínculo do Serviço Social a uma direção sócio-política, subordinada aos interesses e exigências da burguesia. O CBCISS programou então um novo encontro – Seminário de Teresópolis. No Documento de Teresópolis (1970), o foco era a Metodologia do Serviço Social, tornando-se claro o privilégio a uma concepção operacional da profissão, e não se prendendo a discussões de valores, de teorias mas priorizando as formas instrumentais. Análises e debates acerca dos fundamentos da metodologia do SS, contaram com a contribuição da Teoria Metodológica do Serviço Social, por José Lucena Dantas. A parti