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Modelos Das Cinco Forças Aplicadas Ao Mercado De Gelados De Consumo Fora Do Lar

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Por:   •  10/4/2013  •  6.157 Palavras (25 Páginas)  •  2.506 Visualizações

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Índice

Introdução……………………………………………2

Mercado de Gelados de Impulso…………….4

Modelos das Cinco Forças aplicadas ao mercado de gelados de consumo fora do lar

Rivalidade entre Concorrentes……………….8

Entrada de novos players…………………….16

Poder Negocial dos Clientes…………………19

Produtos Substitutos……………………………21

Poder Negocial dos Fornecedores…………23

Introdução

Nos nossos dias, sob a égide de conjunturas sociais, políticas e económicas tão frágeis e tão vulneráveis, revela-se, fundamental, compreender e analisar os comportamentos e condutas das empresas no âmbito dos mercados onde actuam.

Para tal, recorre-se a ferramentas que permitem conhecer as características organizacionais em relação ambiente que as rodeia. Estas ferramentas vêm, assim, servir de suporte às tomadas de decisão da organização, bem como minimizar os riscos de acções sem sucesso.

Assim, o Modelo das Cinco Forças de Porter serve como instrumento de análise competitiva da empresa, definindo uma boa estratégia de negócio.

Este modelo é constituído por cinco factores, as designadas “forças competitivas” por Porter: a rivalidade entre concorrentes, o poder negocial dos fornecedores, o poder negocial dos clientes, ameaça de entrada de novos players e a ameaça do aparecimento de produtos substitutos.

“O ponto relativo à rivalidade na indústria consiste na análise interna ao sector, às oportunidades e ameaças que lhe são inerentes. No poder negocial dos fornecedores e dos clientes pretende-se proceder a uma análise externa relacionada com o sector, que conjugada com a análise do ponto anterior explica o sistema de valor actualmente existente na actividade da indústria. Nos pontos restantes pretende-se fazer uma análise externa, não relacionada actualmente com o sector, e que conjugada com o primeiro ponto evidencia as ameaças e oportunidades futuras da indústria.”

Leandro Bicho e Susana Baptista – Instituto Politécnico de Coimbra

Quando uma organização envereda por determinado negócio e aposta em determinado mercado, ou mesmo quando já está estabelecida, tem que estar atenta à sua envolvente e às oportunidades e ameaças que vai encontrar no mesmo. A Modelo de Porter permite e pretende esclarecer estas questões, bem como ultrapassar as barreiras e vingar no sector.

Assim, considerando o crescimento das empresas no mercado dos gelados de impulso (consumo fora do lar – venda a retalho) em Portugal, e a sua pretensão em apostar fortemente noutros segmentos com um desenvolvimento gradual (caso dos gelados de consumo em casa), a presente análise pretende relacionar as estratégias competitivas utilizadas no modelo de Porter, demonstrando que a concorrência no meio corporativo não está limitada apenas aos concorrentes estabelecidos, mas estende-se, também, aos clientes, fornecedores, produtos substitutos e aos novos players.

Mercado de Gelados de Impulso

Dentro do mercado de gelados existem três segmentos, o do gelados scooping (típicos de uma geladaria, à venda nos quiosques da Olá, por exemplo), take home (representam gelados em embalagens familiares) e impulso, e é a este último sector que damos principal destaque no nosso trabalho.

Os EUA são o país que mais consome gelado, totalizando cerca de 24 litros/per capita por ano. Na Europa, o consumo médio é cerca de seis litros por pessoa, e em Portugal 4 litros.

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O negócio de gelados da Unilever é o maior a nível mundial. Vale 4.4 biliões de euros, com 17% de quota de mercado. Os gelados pertencentes a este grupo, representam 20% de vendas do seu portefólio de comidas, e 10% do portefólio de todo o negócio.

O volume de vendas de gelados está altamente influenciado por uma variável: a sazonalidade.

O ponto alto do consumo deste produto dá-se sobretudo no Verão, assim sendo, sempre se considerou importante focar forças e investimentos nestes meses. Porém, hoje em dia, existe cada vez mais esforços por parte das indústrias com intuito de inverter esta situação, tentando com que o sector não fique adormecido nos meses de Inverno, e que a margem de lucro não desça tão afincadamente, criando, assim, alguma dinâmica.

Para criar a “dinâmica” referida, as indústrias lançam, todos os anos, no mercado, novos sabores, formatos, até novas formas de comer gelados. Já que a diversidade e o “factor novidade” da oferta despertam interesse por parte dos consumidores, que cada vez mais exigentes, pretendem que os novos produtos introduzidos, sejam, para além de inovadores, produtos de qualidade. É, neste sentido, que, cada vez mais, o mercado se orienta e investe em produtos naturais sem aditivos artificiais. «O gelado é um alimento e, como tal, pode fazer parte de uma alimentação equilibrada e ser consumido com maior regularidade». (Jorge Lopes, director de comunicação da Unilever).

Como referido, a sazonalidade é, talvez, a característica com mais influência no mercado dos gelados. Embora, esta seja uma tendência cada vez menos acentuada, já que o mercado de gelados de impulso é um mercado que poderá ser muito explorado, quebrando este entrave. Esta mutação na indústria tem sido criada pelas marcas de gelados, que passaram a fabricar produtos direccionados para outras estações.

Quando comparado com outros países da Europa, o consumo de gelado no lar per capita, em Portugal, é reduzido. O nosso mercado está significamente mais direccionado para o consumo de impulso. As razões de tal acontecer, prendem-se muito com a tradição de comer gelados, essencialmente, no Verão, e fora de casa, mas também com a conjuntura económico-social, que influencia, grandemente, o poder de compra da população, logo a predisposição para o consumo de gelados em casa.

Embora, os gelados sejam, normalmente, associados a produtos convenientes, que são comprados com regularidade,

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