Nossa Terra Tem Palmeiras
Artigos Científicos: Nossa Terra Tem Palmeiras. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: helen.martins • 10/10/2013 • 1.066 Palavras (5 Páginas) • 292 Visualizações
Introdução
Lago do Junco, um pequeno município maranhense, foi fundado em 1961, pertence à região dos cocais, está situado a 315 km da capital, São Luís. Estatisticamente, Lago do Junco sempre apresentou indicadores socioeconômicos inferiores aos de outros municípios.
Sua vegetação predominante sempre foi a palmeira de babaçu, dessa palmeira, o babaçu, representava para uma parcela considerável da população rural uma das poucas fontes de renda. Da palmeira do babaçu, produziam-se telhado, óleo, sabonete, esteira, cesto, abanador, carvão, além de alimentos com propriedades medicinais: bom como antinflamatório, bom para o estômago.
As quebradeiras de coco sempre fizeram parte da paisagem local e as de Lago do Junco, sempre foram guerreiras que lutavam pelo direito de trabalharem. Uma das suas últimas conquistas foi a sanção da lei municipal do “ Babaçu Livre”, que lhes deu o direito de poder entrar nas áreas dos cocais sem mais terem de pagar para os donos das terras.
Quanto à educação, era dada por parte da Prefeitura uma atenção para o fornecimento de material didático, transporte escolar, merenda escolar, atividades de lazer. No entanto, o material didático não era suficiente para todo o ano letivo. A inexistência de biblioteca nas escolas como fonte de pesquisa contribuía para o não desenvolvimento das atividades educacionais. No munícipio, existia somente o curso profissionalizante de Magistério, havendo a necessidade da criação de novos cursos, já que este curso não atendia a todas as necessidades e ao interesse dos alunos.
A saúde comprovadamente sempre foi um indicador que comprometia o desempenho do município quanto ao Índice de Desenvolvimento Humano. Dentre os problemas mais latentes nessa área, verificava-se a ausência de um posto médico.
Em 1997, iniciou-se a reorganização dos serviços de saúde com a formação do Conselho Municipal de Saúde, atuando na prevenção, controle e erradiação de doenças e agravos existentes na comunidade.
No município, existia, também, o Programa de Agentes Comunitários de Saúde, com 28 Agentes Comunitários de Saúde, que atendiam a 7.025 pessoas.
Quanto a medicação fitoterápica, todos usavam e grande parte dos moradores possuía plantas em casa. Essa era a realidade do município quando, em 1999, o governo federal por meio do Programa Comunidade Ativa em parceria com o Sebrae implantou no município uma das cinco experiências-piloto de Desenvolvimento Local, Integrado e Sustentável (DLIS) no Maranhão. Como resultado desse experiência, formou-se o Fórum de Desenvolvimento Local em Lago do Junco.
Com o diagnóstico socioeconômico, foram identificadas como potencialidades locais a diversidade da flora medicinal e mais a tradição cultural no cultivo e na utilização destas plantas, fazendo com que fosse elencada pela população a implantação de um horto de plantas medicinais e de um laboratório para a manipulação de fitoterápicos.
O povo de Lago do Junco tem entre suas características a de ser um povo batalhador, humilde, porém não subserviente. Cada dia é o iniciar de uma nova conquista ou manutenção de outra. Quando o Programa Comunidade Ativa do governo federal aportou na cidade, encontrou um terreno propício para desenvolver suas atividades vindo, então a escolher aquele município para ser um dos cinco municípios maranhenses para realizar a experiência-piloto de Desenvolvimento Local, Integrado e Sustentável (DLIS).
Inicialmente, a equipe do DLIS articulou um seminário, buscando sensibilizar a comunidade para a questão do desenvolvimento sustentável e, ainda, conquistar o seu comprometimento. A partir desse primeiro momento, as ações existentes partiram da própria comunidade, que organizada, passou a dividir as tarefas, agir, aricular-se, firmando parcerias e desenvolvendo atividades econômicas sustentáveis, capazes de responder pela melhoria da qualidade de vida.
Como primeira ação do Fórum, foi realizado, em novembro/1999, um diagnóstico socioeconômico da localidade, em que ficou definida a implantação de um horto de plantas medicinais e de um laboratório para a manipulação de fitoterápicos.
O próximo passo foi capacitar os membros do Fórum, reforçando a capacidade de liderança, estimulando o trabalho em equipe e o conhecimento da realidade local. Em continuidade às ações da Agenda Local, foram realizadas seis oficinas de capacitação específica, durante a execução das seguintes atividades:
• Implantação do horto medicinal.
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