O PERFIL PSICOGRÁFICO DE VEGANOS
Por: oficialdani_ • 21/4/2020 • Trabalho acadêmico • 1.565 Palavras (7 Páginas) • 902 Visualizações
FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS
ANA CAROLINA MOREIRA
DANIELA CLAUDINO DE ARAÚJO
ÍSIS LEANDRO BISPO DOS SANTOS
JESSICA ANDRADE
MANOELA SOUZA E CUNHA
VIVIANE BARBOSA MOREIRA
PERFIL PSICOGRÁFICO DE VEGANOS E A INFLUÊNCIA DESSE GRUPO QUANTO PÚBLICO CONSUMIDOR
SÃO PAULO
2020
SUMÁRIO
Introdução ................................................................................................................... 3
1. A ideologia do veganismo ..................................................................................... 4
2. Estilo de vida do grupo e principais públicos ........................................................ 4
2.1 Radicalismo e ética ............................................................................................ 5
2.2. Principais influenciadores ................................................................................. 5
2.3. O mito do movimento elitista ............................................................................. 6
3. O grupo social influenciando mercado e consumo ............................................... 7
4. Considerações finais ............................................................................................ 8
5. Referências bibliográficas ................................................................................... 10
Introdução
É cada vez mais comum grandes empresas e marcas utilizarem pesquisas de segmentação de mercado para atuar de forma assertiva em suas escolhas e posicionamentos. Essas análises normalmente são divididas em quatro grandes grupos: segmentação demográfica, segmentação geográfica, segmentação comportamental e segmentação psicográfica, sendo essa última, a que considera atitudes, valores, hábitos e opiniões de determinados grupos ou clientes e ajudam a decodificar elementos emocionais que influenciam no consumo.
Considerando o perfil psicográfico, conseguimos analisar grupos sociais e levantar informações sobre suas ideologias, esperanças, modo de consumo, principais influenciadores, público impactado entre outras informações. Um exemplo bastante estudado tem sido o público vegano, que por estar em constante crescimento vem influenciando diversas marcas a reverem seus posicionamentos e formas de produção.
1. A ideologia do veganismo
O veganismo destaca a necessidade de um consumo saudável e consciente, essas principais motivações estão relacionadas a causa da proteção animal, buscando suprimir qualquer forma de exploração, pois acredita-se que é importante preservar a terra, para que no futuro outras gerações não a encontre devastada, podendo assim ter uma vida saudável. Muitos associam os veganos a um grupo de pessoas que apenas “não consomem carne” associando esse movimento ao vegetarianismo que é um público com um regime alimentar baseado no consumo de alimentos vegetais.
Diferente dos vegetarianos, os veganos repensam todo o seu modo de vida, de consumo e de ideologias, expandindo suas restrições a qualquer produto que tenha origem, contato, testes, ou que esteja ligado direta ou indiretamente a exploração de animais, logo, não consomem determinadas roupas, remédios, produtos de beleza e todos produtos que vão contra seus ideais, além de levar a discussão até mesmo para práticas religiosas e meios de produção.
2. Estilo de vida do grupo e principais públicos
O veganismo vai muito além de dietas, preocupados com a saúde humana que acaba ficando em segundo plano, o foco principal são os seres sencientes (todos aqueles capazes de sentir) e a sustentabilidade. A característica mais evidente que muda nesse estilo de vida é a relação com o consumismo. Quem se torna vegano adota uma filosofia de vida que faz repensar todas as atitudes e forma de decidir o que é realmente necessário e aquilo que irá consumir de fato, roupas, produtos de estética como cremes e maquiagem, remédios e até mesmo utensílios domésticos, sempre são pesquisados garantir que não tem exista nenhum tipo de contato animal.
No Brasil, não há dados oficiais sobre veganos em si, mas segundo levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (IBOPE) e divulgado pela Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) em 2018, estima-se que 4% da população brasileira, ou seja cerca de 7,6 milhões de pessoas, sejam vegetarianos, e que muitos desses, veganos. Considerando os resultados de 2012, as estatísticas trazem um crescimento de 75%. e ainda reforça que 28% dos brasileiros não vegetarianos têm procurado consumir menos carne.
Ainda segundo a pesquisa realizada pelo IBOPE, aproximadamente 42% dos veganos estão na faixa etária de 15 a 34 anos, onde 79% são mulheres e 21% homens, e para muitos um dos motivos ligados para a baixa adesão de homens é a associação da carne com a masculinidade, reforçando o ideal de “o homem ser um caçador”.
2.1 Radicalismo e ética O perfil de um aderente ao veganismo sempre foi taxado como radical pelo simples fato de defenderem suas causas a todo custo, por optarem não frequentar lugares onde o consumo de carne seja abundante, ou até mesmo por levarem suas refeições veganas aos churrascos entre amigos. Esse radicalismo pressuposto é resultado de uma postura considerada normal quando o assunto é voltado para a vida humana, para a exploração infantil ou a escravidão, por exemplo. Todo vegano prefere ser visto como radical pois para eles a exploração animal é tão importante quando a exploração humana, e assuntos como estes não cabe ser moderado. Na perspectiva ética vegana, humanos perdem o estatuto de proprietários e beneficiários da vida alheia. Reconhecer direitos fundamentais à vida e ao bem próprio de cada ser vivo é o modo razoável de resguardar a singularidade do bem próprio à vida deles, sendo indiferente a espécie à qual o animal pertence. Assumindo uma posição no âmbito do movimento vegano, o indivíduo orienta-se por um sentido positivo de expressão de si, compartilhado pela comunidade formada por outros que também
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