Oligopólio
Seminário: Oligopólio. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: amandaschuller • 30/3/2014 • Seminário • 2.451 Palavras (10 Páginas) • 464 Visualizações
1. Introdução
Este trabalho tem como objetivo apresentar a classe de microeconomia do curso de engenharia de produção um estudo sobre organização de mercado o chamada de oligopólio.
Neste estudo iremos abordar os seguintes tópicos:
Contexto histórico;
O que é oligopólio;
Tipos de oligopólio;
Modelos de oligopólio;
Exemplos destas estruturas de mercado.
Com esse estudo esperamos explanar de forma simples clara uma estrutura de mercado muito praticada principalmente no mundo ocidental inclusive no Brasil.
2. Conceito
Oligopólio é um termo utilizado em economia que deriva do grego, onde oligo significa poucos e polens significa comércio.
Antoine Augustin Cournot, mais conhecido como Cournot foi um matematico e economista françês, propulsor das teorias marginalistas, conhecido por seus estudos sobre a oferta e a demanda nos termos da competição monopolística. Ele estudou na Ecole Normale Superieure, em Paris, onde se graduou em 1823. Foi professor de Análise Matemática da Universidade de Lyon em 1834, e Reitor da Academia de Dijon de 1854 a 1862.
Cournot é considerado como o matemático que começou a sistematização formal da economia. Foi o primeiro a usar funções matemáticas para descrever conceitos econômicos, tais como demanda, oferta e preço. Ao analisar os mercados em monopólio, estabeleceu o ponto de equilíbrio de monopólio, chamado de ponto de Cournot. Ele também estudou o duopólio e oligopólio, estabelecendo o conhecido modelo de Cournot.
3. Características
O oligopólio é a estrutura que prevalece no Ocidente, incluindo o Brasil, em mercados como o de transporte aéreo e rodoviário, nos setores químico e siderúrgico, por exemplo.
Em resumo, são descritos como características das organizações oligopolistas os seguintes pontos:
• Existe um pequeno número de firmas produtoras, ou mesmo existindo um grande número de empresas, poucas dominam o mercado;
• As empresas produzem um produto homogêneo (Ex.: aço) ou um produto diferenciado (Ex.: automóveis), embora com substitutos próximos (o que caracteriza uma alta elasticidade cruzada);
• As firmas têm uma considerável influência sobre os preços dos produtos no mercado. As empresas podem discriminar preços e não há uma teoria geral do oligopólio, apenas casos, porque eles são muito diferentes entre si;
• Existem barreiras (obstáculos) de entrada e saída de firmas produtoras no mercado. Os lucros podem ser econômicos tanto no curto como no longo prazo. As barreiras podem ser naturais ou artificiais. No longo prazo, são possíveis alguns ajustamentos na indústria, sob a forma de entrada de novas firmas e saída das antigas.
As estruturas oligopolistas não se caracterizam por fatores determinantes puros e extremados. Os tipos possíveis e, de fato, observados na realidade são de alta variabilidade. Em todas as características desta estrutura de mercado, os conceitos são mais flexíveis, comparativamente aos casos extremados de concorrência perfeita e de monopólio.
Um grande escritor da área econômica chamado Vasconcellos (2002) concorda, afirmando que:
“Não existe um modelo ou teoria geral do oligopólio, porque eles são muito diferentes entre si (os produtos podem ser homogêneos ou diferenciados, podem ter um pequeno ou grande número de empresas, podem concorrer ferozmente ou formar cartéis, etc.). Cada caso é um caso, tornando impossível criar uma teoria geral do oligopólio”. (VASCONCELLOS, 2002, p. 171.).
4.Modelos de oligopólio
Oligopólio concentrado. Caracteriza-se pela ausência de diferenciação dos produtos. É marcado pela alta concentração técnica, em que poucas empresas detêm parcela substancial da produção e do mercado. As altas taxas de concentração devem-se às barreiras de entrada, aos elevados montantes de capitais exigidos e ao controle exercido sobre tecnologias de produção e suprimentos de insumos. Esse tipo de oligopólio geralmente se localiza em indústrias de base, de produtos padronizados, que exigem altos investimentos de longa maturação.
Oligopólio diferenciado. Caracteriza-se pela natureza dos produtos fabricados, que faculta às empresas a disputa do mercado pela diferenciação. A concorrência via preços, embora não descartada não é um recurso habitual. O esforço competitivo estará concentrado em gastos com publicidade, pesquisa e desenvolvimento, inovação de produtos, modelos, desenhos e qualidade. A diferenciação busca o domínio de diferentes faixas de consumidores, segmentados por nível de renda, hábitos, padrões de consumo e aspirações sociais. Há barreiras de entrada, apesar da concorrência menos concentrada. Elas se prendem às economias de escala de diferenciação.
Oligopólio diferenciado-concentrado. Resulta da combïnação de elementos presentes nos dois tipos descritos. A fusão de características resulta da diferenciação, como forma de concorrência, associada a requisitos mínimos de escala para a implantação de projetos concorrentes. As barreiras de entrada devem-se aos dois fatores. Daí, os índices de concentração podem atingir a mesma ordem de grandeza dos oligopólios concentrados.
Oligopólio competitivo. Caracteriza-se pela concentração relativamente alta da produção, o que autoriza classificá-lo como oligopólio. Ao mesmo tempo, caracteriza-se pela possibilidade de concorrência via preços, com o objetivo de ampliar as fatias de mercado das empresas mais bem situadas, que coexistem com empresas periféricas, de menor expressão, mas resistentes à eliminação, até porque suas estruturas de custos tendem a ser fortemente competitivas. Neste tipo, as barreiras de entrada são menores, o que leva à coexistência de processos e produtos de diferentes conteúdos tecnológicos. Esta característica decorre da inexistência de economias de escala relevantes, técnicas e de diferenciação.
Estes quatro tipos de oligopólio diferenciam-se dos mercados propriamente competitivos, cujas características principais são os baixos índices de concentração e a acirrada competição via preços e diferenciação
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