PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL
Por: Manaia • 13/10/2015 • Artigo • 1.201 Palavras (5 Páginas) • 462 Visualizações
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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – 5º SEMESTRE
LORRANY PERES SANTOS
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL - 5º SEMESTRE
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Esplanada - BA
2015
ESTUDOS EM MICROBIOLOGIA
TOXOPLASMOSE
A toxoplasmose é uma doença que ocorre em países tropicais, no mundo todo, inclusive no Brasil e afeta preferencialmente as células do sistema nervoso e muscular de animais mamíferos e algumas aves. E uma doença infecciosa, congênita da mãe para o feto - ou adquirida, causada por Toxoplasma Gondii encontrado nas fezes dos gatos e outros felinos. Homens e outros animais também podem hospedar o parasita. A toxoplasmose pode ser adquirida pela ingestão de alimentos contaminados, em especial carnes cruas ou mal passadas, principalmente de porco e de carneiro, e vegetais que abriguem os cistos do Toxoplasma, por terem tido contato com as fezes de animais hospedeiros ou material contaminado por elas mesmas.
Em seres humanos, pode causar cegueira ou retardo mental, nos casos de transmissão congênita. Pode ser letal em indivíduos imune comprometidos. O gato é um importante elo na cadeia epidemiológica da doença, porém o principal mecanismo de transmissão para o homem e o hábito de comer carne crua ou mal passada, além da ingestão de legumes, frutas, leite e água contaminados. Profissionais da saúde devem orientar a população sobre as formas de transmissão da doença, enfatizando que medidas de higiene são fundamentais para a diminuição da sua incidência.
O ciclo desse parasita é complexo e necessita de dois tipos de hospedeiros: definitivo e intermediário. Os hospedeiros definitivos são os felídeos, principalmente os gatos, nos quais esse protozoário realiza dois tipos de reprodução. A reprodução assexuada origina taquizoítos livres, com multiplicação rápida, observados na fase aguda da doença, e bradizoítos contidos em cistos, com multiplicação lenta, detectados na fase crônica da infecção. A reprodução sexuada ocorre no epitélio do intestino delgado, produzindo oocistos que são eliminados junto com as fezes. O gato é o único hospedeiro definitivo urbano. Outros felídeos são responsáveis por manter o ciclo em áreas silvestres.
Os hospedeiros intermediários, nos quais o parasita realiza somente a reprodução assexuada, são todos os outros animais, domésticos ou silvestres, e o homem. Nestes hospedeiros encontramos somente as formas de bradizoítos, dentro de cistos, ou taquizoítos livres. Os cistos podem estar presentes em vários tipos de tecidos e órgãos, e os taquizoítos já foram detectados em sangue, sêmen, leite e urina de animais com infecção aguda.
Nos hospedeiros intermediários, como roedores, bovinos, suínos, aves e o próprio homem, por exemplo, ocorrem somente as fases assexuadas do ciclo. Portanto, esses animais transmitem a infecção apenas quando sua carne é comida por animais ou pelo próprio homem, ou quando as fêmeas infectadas desses grupos de animais transmitem o parasita para seus filhos durante a gravidez.
O gato se infecta com esporozoítas de Toxoplasma gondii quando, principalmente, ele se alimenta de camundongos que tenham toxoplasmose aguda ou crônica. Os esporozoítas percorrem o tubo digestivo do gato e invadem as células epiteliais do intestino. No interior dessas células, os esporozoítas arredondam-se, transformando-se em merozoítos, que começam a multiplicar-se assexuadamente, por um processo chamado de endogenia, que é semelhante a um brotamento interno, p podendo repetir esse ciclo muitas vezes. Após romperem as células parasitadas e invadirem outras células do epitélio intestinal do gato, alguns deles diferenciam-se em gametas, produzindo macrogametas e microgametas, que se fundem, formam um zigoto que logo segrega uma membrana cística e, assim, fecha-se o ciclo sexuado. São formados oocistos que deixam as células epiteliais, antes de completarem seu desenvolvimento, e são eliminados para o exterior com as fezes do gato.
Os cistos amadurecem no meio ambiente em dois a cinco dias, apresentando em seu interior quatro esporozoítas que são infectantes se forem ingeridos por gatos ou quaisquer outros animais suscetíveis como aves, mamíferos e, inclusive, o homem. Esses oocistos maduros contendo esporozoítos são encontrados em alimentos ou água contaminada.
Um hospedeiro suscetível também pode adquirir toxoplasma se ingerir cistos contendo bradizoítos, encontrados na carne crua, ou, mais raramente, se ingerir taquizoítos eliminados no leite e assim, desenvolver a fase assexuada do parasito em seu corpo. As formas de taquizoítos que chegam ao estômago são destruídas, mas as que penetram na mucosa oral ou são inaladas podem evoluir do mesmo modo que os cistos e oocistos.
Cada esporozoíto, bradizoíto ou taquizoíto, liberado no tubo digestivo de um hospedeiro não imune, atravessará rapidamente o epitélio intestinal e invadirá vários tipos de célula do organismo, formando um vacúolo parasitóforo no citoplasma das mesmas. Dentro desse vacúolo, o parasito sofrerá rápidas e sucessivas divisões por endógena, formando novos taquizoítos, que poderão romper a célula parasitada e invadir novas células do hospedeiro.
Nas formas crônicas da infecção ou em hospedeiros que apresentem uma resposta imunológica, os parasitos também se reproduzem por endógena, porém muito lentamente, e formam grandes aglomerados parasitários que segregam envoltórios císticos contendo até centenas de parasitos numa forma denominada de bradizoíta, que acaba por não romper a célula invadida e permanece viável por bastante tempo nos tecidos do hospedeiro.
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