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Plano De Negocios De Buffet Infantil

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Por:   •  25/8/2014  •  1.168 Palavras (5 Páginas)  •  524 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

Historicamente, as pessoas que possuíam algum tipo de deficiência eram afastadas do convívio social e as ações direcionadas a esse grupo eram basicamente assistencialistas e de motivação religiosa ou caritativa. Esta situação ainda é presente, mas vem se tornando menos freqüente, em parte, como resultado das atitudes e comportamentos das próprias pessoas com deficiência. A visão preconceituosa e excludente em relação aos "deficientes" cede à percepção das competências e da participação social destas pessoas (BERNARDES et al., 2009). É possível identificar na história de diversas sociedades a descrição de pessoas com deficiência, com relatos desde os mais remotos tempos, inclusive nas mitologias grega e romana. No entanto, os deficientes passaram a receber maior atenção somente a partir da 2ª Guerra Mundial, com a volta dos veteranos, muitos deles com deficiências diversas causadas por ferimentos (CASTRO et al., 2008).

Segundo a Organização das Nações Unidas, há cerca de 600 milhões de pessoas com deficiência no mundo, sendo que 80% vivem em países em desenvolvimento. Estas pessoas estão dentre as mais estigmatizadas, mais pobres e que têm os níveis mais baixos de escolaridade de todos os cidadãos mundiais, caracterizando violação de direitos humanos universais. No Brasil, dados do Censo Demográfico de 2000 revelaram que 24,6 milhões de indivíduos se reconhecem com algum tipo de deficiência, o que corresponde a 14,5% da população (BERNARDES et al., 2009).

A associação entre deficiência e pobreza tem raízes em aspectos estruturais da realidade brasileira. A pobreza sustenta a deficiência porque abriga os indivíduos mais suscetíveis. O baixo poder aquisitivo restringe o acesso a bens e serviços que afetam as condições de subsistência e bem-estar. Se a renda não permite este acesso, cabe a provisão pelo Estado. Caso os bens e serviços provisionados pelo Estado não cheguem a todos que deles necessitam com qualidade e regularidade, casos evitáveis de deficiência continuam ocorrendo (SOUZA; CARNEIRO, 2007).

A pessoa com deficiência é vista como um peso para a família e para a sociedade, fazendo-se uma associação direta entre deficiência e condições mais graves de dependência e de falta de autonomia. O isolamento, a segregação, a não adaptação do meio social para a circulação da pessoa com deficiência e os olhares de estranhamento aos quais é submetida foram indicados como aspectos que agregam dificuldades no viver e na convivência social destes indivíduos (OTHERO; DAMALSO, 2009; RESENDE; NERI, 2009).

Os portadores de deficiência constituem um grupo heterogêneo que reúne indivíduos com vários tipos de deficiência física, sensorial, intelectual e mental. Sendo assim, as ações de saúde voltadas para esse segmento têm que considerar suas diferentes necessidades, e mais do que isso, cuidados e acompanhamento devem ser iniciados precocemente, tão logo seja diagnosticada alguma lesão potencialmente causadora de incapacidades. Do contrário, a qualidade de vida destas pessoas pode ficar comprometida, afetando sua inserção social no mercado de trabalho e/ou na vida em comunidade. Tal perspectiva preventiva e promocional condiciona-se à alocação de recursos e exige reflexões e debates para fundamentação e planejamento de políticas públicas neste setor (BERNARDES et al., 2009).

O Estado demonstra inapetência para atuar sobre as causas da deficiência, porém se esforça para lidar com suas conseqüências, dada a preferência histórica pelo assistencialismo presente na política social brasileira. Políticas de atenção às pessoas com deficiência são importantes e necessárias, desde que efetivas em seus resultados. O requisito básico consiste em permitir o acesso a bens e serviços essenciais a uma vida digna, uma política de prevenção à deficiência, com ações

focadas nas principais causas do fenômeno (SOUZA; CARNEIRO, 2007).

As instituições filantrópicas prevalecem como principais referências de cuidado às pessoas com deficiência e relatos de experiências negativas com programas e recursos do sistema público são constantes. Há uma longa espera para os serviços especializados, falta de transporte adaptado e falta de recursos financeiros. Também faltam ações específicas, participação em grupos educativos e terapêuticos ou em outras atividades comunitárias; os encaminhamentos são para especialidades médicas e serviços de reabilitação, não havendo orientação sobre equipamentos sociais ou espaços de inclusão, ainda que o serviço disponha de um guia com locais de lazer, educação e esporte (OTHERO; DALMASO, 2009).

A Lei nº 7.853/89 e o Decreto nº 3.298/99 correspondem aos principais documentos normativos garantidores da cidadania das pessoas com deficiência. Os princípios, as diretrizes, os objetivos e os instrumentos da Política Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência tratam da ação governamental e das responsabilidades de cada setor, determinando pleno acesso à saúde, à educação, à habilitação e reabilitação profissionais, ao trabalho, à cultura, ao desporto, ao turismo e ao lazer, bem como de normas gerais de acessibilidade nos espaços físicos, nos transportes, na comunicação e informação e no que tange às ajudas técnicas (BERNARDES et al., 2009).

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