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Política de trajetória e crédito do banco / coleção

Tese: Política de trajetória e crédito do banco / coleção. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  13/5/2014  •  Tese  •  1.089 Palavras (5 Páginas)  •  220 Visualizações

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Disciplina Sistema Financeiro e Bancos

Aula Atividade N° 01 Trajetória dos Bancos e Política de Crédito/Cobrança

Aula Atividade

OBJETIVO

Discutir os principais conceitos e temas relacionados à Trajetória dos Bancos e Política de Crédito/Cobrança.

ORIENTAÇÕES

As questões foram formuladas com base nos slides e explicação em aula, bem como no Livro de Mercado

Financeiro distribuído aos alunos. Esta atividade prima pela reflexão e pesquisa em equipe e individual .

A FUSÃO DE MEIO TRILHÃO

Alma de banqueiro

A trajetória, o legado e a forma de trabalhar das três famílias que construíram o Itaú e o Unibanco.

A HISTÓRIA DOS GRANDES bancos brasileiros está profundamente ligada a dinastias familiares. No século XIX,

nenhum banqueiro foi capaz de rivalizar com os Evangelista de Souza, cujo líder, o Barão de Mauá, controlava

três dos cinco maiores bancos do País. No século XX, inúmeros sobrenomes deixaram suas marcas. Houve os

Magalhães Pinto, de José de Magalhães Pinto, que transformaram o Banco Nacional no segundo maior do País,

atrás apenas do Banco do Brasil. Ou os Safra, dos irmãos José e Moisés Safra, que fundaram uma empresa

financeira que até hoje leva o sobrenome da família. Ou os Bozano. Ou os Simonsen. Ou os Calmon de Sá. A lista

é extensa. Contudo, nenhum outro sobrenome está tão associado à trajetória dos bancos nacionais quanto a

trindade formada por Salles, Villela e Setúbal (o Bradesco é um caso à parte. Foi criado por uma família, mas hoje

é controlado por uma fundação). Na semana passada, herdeiros dos três senhores que aparecem na ilustração

acima, e que foram os gênios por trás da criação e da expansão do Itaú e do Unibanco, realizaram um feito

extraordinário. Os banqueiros mais tradicionais da história do País uniram-se para formar um grupo só. Embora o

casamento parecesse algo improvável antes da consumação na semana passada, as culturas empresariais e

trajetórias de vida similares demonstram que a fusão é um movimento natural, inevitável até.

Em 1940, Walther Moreira Salles transformou uma simples casa bancária, que havia sido fundada por seu pai

para emprestar dinheiro a produtores de café, em um banco de verdade. Mais tarde, prometeu para si mesmo

transformá-lo numa instituição de alcance nacional. Culto, elegante no trato com as pessoas, amante das artes,

Salles tinha imensa vocação para o trabalho. Por isso mesmo, exerceu diversas atividades ao longo da vida. Foi

duas vezes embaixador nos Estados Unidos, ministro da Fazenda no governo João Goulart e negociador da

dívida externa brasileira junto ao Fundo Monetário Internacional. Em 1959, Eudoro Villela se tornou diretor do

ILUSTRE TRINDADE Walther Moreira Salles, Olavo Setúbal e Eudoro Villela

(da esq. para a dir.), os gênios por trás da história de Unibanco e Itaú

Banco Federal de Crédito, criado pelo pai de sua mulher 16 anos antes. Homem de múltiplos interesses, foi

pecuarista, industrial de madeira e banqueiro. Antes, havia trabalhado como médico no Instituto Oswaldo Cruz e

na França, onde publicou diversos trabalhos científicos. Como diretor do Banco Federal de Crédito, que mais tarde

viria a ser o Itaú, aproximou-se do sobrinho do fundador da instituição, o engenheiro mecânico Olavo Egydio

Setúbal.

Dono de uma inteligência aguda e com uma força de trabalho brutal (capaz, por exemplo, de dormir

apenas quatro horas por dia), Setúbal formaria uma parceria histórica com Villela. Juntos, planejaram fazer

da instituição a maior do Brasil - o mesmo pensamento, aliás, que movera Walther Moreira Salles poucos

anos antes. Havia outras afinidades entre Setúbal e Salles, além do notável talento para administrar bancos.

Setúbal também era um apaixonado pelas artes (financiou, durante muitos anos, inúmeros projetos culturais) e

teve uma carreira pública profícua. Foi prefeito nomeado de São Paulo por indicação do governador Paulo Egydio

Martins, entre 1975 e 1979. Era a época da ditadura militar, que restringia o voto direto. Tancredo Neves, que o

escolheu para fundar o Partido Popular (PP) em São Paulo, convidou-o anos depois para ser o ministro das

Relações Exteriores, no primeiro governo civil da redemocratização do País. Setúbal, portanto, participou

ativamente da transição da ditadura para o Estado democrático de direito - e jamais vangloriou-se disso.

Enquanto o País mudava, as três famílias adotavam estratégias semelhantes para alavancar os dois bancos que

controlavam.

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