Reflexão Sobre As Duas Formas De Capitalização Dos Juros De Um Empréstimo, Aplicação Ou Financiamento.

Introdução

As transações financeiras envolvem custos e benefícios ao longo do tempo, sendo assim, é de suma importância compreender as formas de capitalização dos juros.

Existem diversos investimentos disponíveis, que podem ser realizados por qualquer investidor que disponha de capital e, também, que todo capital aplicado em qualquer investimento, recebe remuneração que pode ser maior ou menor, dependendo do tipo de investimento realizado.

São operações financeiras, transações de modo de aplicação ou de captação de recursos. Uma excelente transação financeira é aquela que visa à maximização da riqueza de seus investidores, e, essa riqueza se estabelece a partir do dinheiro no tempo.

Justificativa

Levando em consideração o mercado financeiro, todo capital parado e não investido, que não está sendo remunerado, perde o que poderia estar recebendo sob forma de juros, o que configura uma medida de custo de oportunidade perdido. Ou seja, o custo do dinheiro está ligado ao tempo e ao risco da operação. Em resumo, operações financeiras é o nome genérico que o mercado utiliza para se referir a operações de empréstimos, financiamentos, descontos antecipados de duplicatas, aplicação de fundo de investimentos entre outros. Sendo assim, é muito importante observar e atentar-se ao tipo de capitalização dos juros utilizado se simples ou composta para tomada de decisão.

Desenvolvimento

Regime de capitalização é a forma em que se verifica o crescimento do capital, este pode ser pelo regime de capitalização simples ou composta.

No regime de capitalização simples os juros são calculados utilizando como base o capital inicial (VP), os juros do período não são somados ao capital para o cálculo de novos juros nos períodos seguintes, sendo assim, apenas o valor inicial é que rende juros.

Analisando as vantagens e desvantagens do sistema de capitalização simples, sua rentabilidade será menor, pois a taxa de juros calculada incidirá somente sobre a aplicação inicial, e não sobre o montante total acumulado. Já no caso contrário, captação de recursos através de um financiamento, por exemplo, é vantajoso para quem capta o dinheiro, pois os juros pagos serão menores.

A seguir um exemplo numérico de como se calcula os juros simples:

Se uma pessoa deseja obter R$ 27.500,00 dentro de um ano, quanto deverá ela depositar hoje em uma alternativa de investimento que rende 1,7 % a.m?

VF= VP + VP x n x i

27.500= VP + VP x 1 x 0,204

27500= 1,204VP

VP=27500/1,204

VP=22.840,53

Para ter o valor desejado a pessoa deverá depositar hoje R$ 22.840,53

Na capitalização composta, são acréscimos que são somados ao capital, ao fim de cada período de aplicação, nesse regime o valor da dívida é sempre corrigida e a taxa de juros é calculada sobre esse valor formando o que se chama “juros sobre juros”. Esta forma de capitalização é caracterizada por uma função exponencial, em que o capital cresce de forma geométrica.

A aplicação de capitalização composta é recomendada em economia inflacionária ou em economia de juros elevados, pois a aplicação de capitalização simples poderá produzir distorções significativas principalmente em aplicações de médio e longo prazo, e em economia com altos índices de inflação produz distorções mesmo em aplicações de curto prazo. O regime de juros composto é o mais comum no sistema financeiro, portanto considerado o mais útil para cálculos dos problemas do dia a dia. Com relação ao sistema de capitalização composta, no caso de uma empresa realizar uma operação de captação de recursos através de desconto de duplicatas, por exemplo, é desvantagem para empresa, pois a cada período os juros são incorporados ao montante total acumulado,