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Shewhart

Artigo: Shewhart. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  15/10/2013  •  1.951 Palavras (8 Páginas)  •  1.258 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Dentro do enfoque moderno, a qualidade é definida com base nas necessidades e no interesse do cliente, que deseja dispor de produtos ou serviços livres de deficiências. A qualidade evoluiu da era da inspeção (separar o produto bom do produto defeituoso por meio da observação direta) para as eras do controle estatístico e da qualidade total.

Este trabalho tem por objetivo mostrar a importância que Walter A. Shewhart teve no papel do controle da qualidade, demonstrando como seu trabalho contribuiu significativamente para o avanço neste campo.

Nesse contexto, perpetrar-se-á, além de uma análise descritiva das teorias deste fantástico guru e de todos os aspectos que o envolvem, tentando demonstrar toda o seu valor para este campo que é o da qualidade. A metodologia utilizada, para tanto, será a leitura e a pesquisa nas mais diversas fontes e, finalmente, a confecção deste trabalho.

2. COMO TUDO COMEÇOU – UMA BREVE BIOGRAFIA DE SHEWHART

Nascido em 18 de março de 1891, na cidade americana de New Canton, no Estado de Illinois, e formado em engenharia pela Universidade de Illinois e tendo obtido o PHD em física pela Universidade da Califórnia, o pai do controle estatístico de qualidade, Walter Andrew Shewhart, é tido como um dos principais gurus da qualidade.

Sem contar, que também foi consultor da ONU e membro Honorário da Royal Statiscal Society, na Inglaterra e da Statistical Association, na Índia. Faleceu em 11 de março de 1967.

Trabalhou por 6 anos na Western Eletric, tendo sido transferido para a Bell Telephone Laboratories, onde permaneceu até sua aposentadoria. Foi lá, que grande parte de seus trabalhos foram desenvolvidos fazendo com que seu legado fosse deixado para a posteridade.

Escreveu dois livros, um deles chamado Controle Econômico da Qualidade de Produto Fabricado (Economic Control Of Quality Of Manufactures Produc), onde ilustra uma introdução mais aprofundada para os conceitos básicos de controle estatístico, já seu outro livro intitulado Método Estatístico (Statistical Method), ele demonstra como regular as variáveis e manter o controle sobre as estatísticas, a fim de alcançar o controle de qualidade sobre os produtos manufaturados, culturas e dados. Além de tópicos que incluem o controle estatístico, medidas de propriedades físicas e constantes, e especificação de exatidão e precisão.

3. O CONTROLE ESTATÍSTICO DO PROCESSO (CEP)

Uma das principais criações de Shewhart, o CEP (Controle Estatístico do Processo), se utiliza de métodos estatísticos para alcançar o estado de controle de um sistema e assim julgar quando o mesmo foi alcançado, podemos dizer então que quando um processo está em estado de controle e seguindo uma distribuição particular com certos parâmetros, o propósito é determinar quando o processo se afasta deste estado e certas ações corretivas que devem ser tomadas, tendo sido implementado em 1931 para a Bell Telefones, para que as falhas no sistema fossem reduzidas.

O CEP é uma ferramenta com base estatística, de auxílio ao controle da qualidade, nas etapas do processo, particularmente no caso de processo de produção repetitivo. Hoje, mais do que uma ferramenta estatística, o CEP é entendido como uma filosofia de gerenciamento (princípios de gerenciamento) e um conjunto de técnicas e habilidades, originárias da estatística e da engenharia de produção, que visam garantir a estabilidade e a melhoria contínua de um processo de produção

Ele sugere em "Controle Econômico da Qualidade de produto fabricado" que isso conduz a um regime de produção econômica, a qualidade do produto uniforme, uma redução dos limites de tolerância e uma minimização dos custos de inspeção de qualidade e custos de rejeição de produtos

De acordo com Walter Shewhart no livro supracitado:

“[...]Com base na evidência, como já apresentados, parece viável estabelecer critérios que determinam quando a causas atribuíveis à variação na qualidade ter sido eliminado de modo que o produto pode, então, ser considerado para ser controlado dentro dos limites. Este estado de controlo parece ser, em geral, uma espécie de limite para o qual se pode esperar que ir economicamente para encontrar e remover causas da variabilidade sem alterar uma parte importante do processo de fabricação, como, por exemplo, estariam envolvidos na substituição de novos materiais ou projetos[...]”

Seus trabalhos, mais tarde influenciariam estatísticos como W.E. Deming, que fariam com que a qualidade da indústria, bem como dos processos que resultariam num desenvolvimento muito grande da indústria japonesa do século XX.

3.1 CARTAS DE CONTROLE

Enquanto Shewhart estudava os dados de um dos processos de seu laboratório, ele foi o primeiro a formalizar a distinção entre variação controlada e não controlada, que corresponde ao chamado de causas comuns e causas especiais. Foram desenvolvidas ferramenta simples, mas poderosa, para separar esses dois tipos de causas, que chamou de carta de controle.

Desde essa época, as cartas de controle têm sido usadas com sucesso numa grande variedade de situações de controle de processo. A experiência tem mostrado que as cartas de controle efetivamente evidenciam causas especiais de variação quando elas aparecem, e refletem a extensão da variação de causas comuns que devem ser reduzidas com a melhoria do processo.

Para isso, os dados são coletados de acordo com um plano; baseado nesses dados são calculados limites de controle que são a base da interpretação estatística. Para implementar melhorias no controle e na capacidade, causas comuns e especiais devem ser identificadas e o processo deve ser alterado para eliminá-las, quando possível. O ciclo, então, se reinicia, visto que mais dados serão coletados, interpretados e usados como base para a ação.

As cartas controle trazem inúmeros benefícios, dentre eles, podemos citar que elas servem aos operadores para o controle contínuo do processo, fazendo com que ele produza de forma consistente, previsível e com qualidade e custos adequados, bem como com uma boa qualidade, tendo menor custo e maior capacidade, fornecendo tudo isso em uma linguagem comum para a análise do desempenho do processo, separando causas especiais de variação das comuns, como um guia para ações locais sobre o sistema.

Assim, podemos dizer que uma carta de controle é composta

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