Star Wars: O fenômeno da convergência
Por: foxerjj • 9/6/2018 • Trabalho acadêmico • 1.608 Palavras (7 Páginas) • 262 Visualizações
1. O Lançamento de Star Wars e um pouco sobre sua história.
Poster do primeiro filme da franquia.
Star Wars é originalmente uma franquia de filmes norte-americana criada pelo hoje consagrado, George Lucas. Ela teve seu lançamento em maio de 1977 e já se deparou com um sucesso gigantesco, mesmo no seu início. Posteriormente, a aclamação da mídia e, principalmente do público, rendeu não só diversos outros filmes entre sequências e spin-offs, que são filmados até os dias de hoje, como também brinquedos, games, roupas, canecas, itens colecionáveis, fã sites e todo tipo de convergência.
Guerra nas Estrelas é um dos poucos conteúdos cinematográficos na história da humanidade o qual podemos afirmar que chegou ao ápice de adoração de seus fãs. Para diversas pessoas ao redor do globo, Star Wars não é “apenas um blockbuster”, mas sim quase uma religião. Mesmo tanto tempo após o seu lançamento, ainda vemos diversos fanáticos que vivem e respiram a criação de George Lucas no seu dia a dia. Seja com coleções praticamente infinitas de artigos relacionados ao assunto, fã sites e blogs completamente destinados a noticiar e explorar o incrível universo do filme, fãs que até hoje discutem, criam e compartilham milhares de teorias sobre cada aspecto envolvendo a história e muito mais.
Produtos diversos da franquia.
Não é à toa que o próprio Star Wars se tornou um estudo de caso de Henry Jenkins, um dos estudiosos de comunicação e mídia mais influentes da atualidade. Ele chegou a abordar Guerra nas Estrelas em uma das suas maiores obras, o livro “Cultura da Convergência”, e deu uma interessante entrevista à Revista Época, em 2015, onde dentre outros assuntos, comentou sobre a obsessão dos fãs de Star Wars pela franquia, dizendo o seguinte: “Star wars é um universo vasto, repleto de diversos cantos e esquinas interessantes. Há algo nessa história que a torna interessante para todos os tipos de fãs. Hoje, há duas gerações que cresceram com Star wars – não apenas assistindo aos filmes, mas consumindo as muitas formas em que a história se desenvolveu ao se estender numa ampla gama de outras plataformas: jogos, quadrinhos, romances, séries de televisão e figuras de ação. Eles se aprofundaram nesse mundo por meio de sua própria imaginação – de brincar com bonecos a fazer seus próprios filmes; de escrever uma fan fiction a vestir-se como um personagem e interpretá-lo em eventos. Com a estreia do novo filme, há a possibilidade de passar esse mundo de fantasia em frente para uma nova geração e diversificar ainda mais as histórias contadas em Star wars.”
2.1 - Um público fiel, desde a sua infância.
Se nos debruçarmos sobre a vasta história de Star Wars, podemos afirmar, à primeira vista, que este não foi um produto idealizado para crianças. Pegando rapidamente alguns pontos da trama, identificamos uma complexa narrativa envolvendo república, império, rebeldes e, claro, como já diz o próprio nome, uma guerra, que envolve interesses, poderes e afins. Fora isso, também vemos muito sobre traições, mortes e até mesmo um massacre de crianças protagonizado por um dos principais personagens da história: Anakin Skywalker, durante a sua transição de mocinho para um dos vilões mais temidos e amados do cinema: o poderoso Lorde Darth Vader.Ainda assim, a franquia foi capaz de conquistar a criançada por diversas extensões do próprio filme.
É verdade, na época do seu lançamento, a exposição de crianças a este tipo de conteúdo era uma preocupação muito menor do que vemos atualmente. Sendo assim, muitos meninos e meninas tiveram um forte contato com os filmes nos anos 70 e também mais adiante. Entretanto, George Lucas já vinha pensando, antes mesmo da estreia do filme, como explorar ainda mais o potencial deste público mais novo, como apontou o documentário da Netflix “Os Brinquedos que Marcaram Época”. Ele e seus produtores já buscavam parcerias com marcas para lançar os brinquedos do filme seis meses antes do lançamento nos cinemas. Linha que foi recusada por grandes marcas como Mattel e Hasbro, mas que veio a se tornar uma das mais lucrativas da história, começando pela desconhecida Kenner.
Os primeiros brinquedos de Star Wars.
Hoje, neste período de quarenta anos entre o primeiro lançamento e o presente ano de 2018, estes mesmos artigos já renderam a incrível quantia de 14 bilhões de Dólares em faturamento, o dobro do que os filmes renderam nos cinemas e no mercado de vídeo doméstico, ainda segundo informações da Netflix e seu documentário.
Também não podemos nos esquecer dos desenhos, que vieram acontecer apenas no Século XXI, mais precisamente em 2008, com o lançamento do filme animado Star Wars: The Clone Wars, que também virou uma série que passou tanto em canais fechados quanto abertos. Uma ótima alternativa para continuar a atingir o público infantil que hoje tem um controle maior dos seus pais quanto ao que eles veem, ouvem e fazem.
2.2 Um público fiel, também na sua juventude.
Com exceção do público denominado como “colecionadores”, o desejo por brinquedos como bonecos e afins, começa a diminuir quando as pessoas adentram na famigerada fase de pré-adolescência e adolescência. Nesta época da vida, além é claro dos filmes, outra convergência que impactou e muito o mundo dos fãs de Star Wars foi a chegada dos seus jogos eletrônicos, que contaram com muitas séries de games fantásticas, de diversos gêneros diferentes e de muito prestígio. O primeiro deles teve sua estreia em 1999, no Playstation 1, e foi denominado de Star Wars Episode I: The Phantom Menace, assim como o filme que era lançado no mesmo período. Finalmente, os fãs tinham a oportunidade não só de assistir ou imaginar com seus brinquedos, mas de controlarem verdadeiramente os Jedis na telinha, em um game com muita ação, sabres de luz, personagens famosos como Obi-Wan Kenobi e, claro, com a eterna música tema do filme.
Dado o avanço da tecnologia, os próprios jogos Star Wars também se depararam
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