TEORIA SOBRE DINÂMICA

TEORIAS SOBRE DINÂMICAS

Ninguém se modificará na sua forma de agir com os outros apenas porque alguém ou muitos estão afirmando que este comportamento é socialmente inadequado. Além do mais um comportamento socialmente inadequado pode até ser benéfico. Quando se quer que alguém se conscientize de como ele é, é necessário que ele sinta isto em situações concretas e planejadas para que a consciência da rejeição seja controlada e utilizada para a mudança. Não há nenhuma garantia da mudança, apenas da conscientização. Deste modo, parte-se apenas do pressuposto de que, ao se deparar com a reação dos outros ao seu comportamento, lentamente teste e treine outros comportamentos e posteriores reações, modificando assim seus valores. Não é o comportamento, o alvo das dinâmicas, mas os valores que sustentam tais comportamentos. O objetivo da dinâmica não é ensinar como cada indivíduo deve ou não se comportar. Com o uso da dinâmica não se quer fundamentalmente a aquisição de um novo comportamento “melhor” que o anterior, até porque cada situação julgará por si só as “melhores” e “piores” “reações”. O que se deseja é a desalienação em relação aos valores que orientam seu comportamento. A partir daí deve ocorrer a escolha do indivíduo sobre como melhor proceder. Prefere-se sacrificar o uso consagrado em favor de uma adaptação livre, aplicável e eficiente ao que se quer como resultado para cada caso. O pressuposto fundamental de toda dinâmica é possibilitar uma maior consciência de si mesmo, sua postura, seus valores e comportamentos. Todas as situações mudam de grupo para grupo. A dinâmica é apenas uma ferramenta que auxilia o despertar. O coordenador é fundamental.

 

REAÇÃO A SITUAÇÃO

I. Finalidade: Visa promover a integração das pessoas no grupo através de informações pessoais sobre reações a situações e posterior discussão.

II. Metodologia: Reúnem-se as pessoas em grande grupo, explica-se de modo genérico o que se irá fazer e a finalidade. Após, pede-se para as pessoas recortarem um pedaço de papel padronizado e dentro dele completarem a frase: “O que você faria se...” criando situações reais. Por exemplo: “O que você faria se ganhasse na loteria?” Ou “O que você faria se fosse surpreendido por um cachorro bravo?” É necessário que, antes, eles tenham a informação de que, mesmo completando, não será ele a pessoa que irá responder. Coloca-se todas as perguntas em uma urna e aleatoriamente distribui-se para o grupo sem saber para quem. Cada um terá que responder anonimamente a questão formulada. Após, coloca-se novamente na urna e redistribui-se novamente. Agora, cada um terá de adivinhar quem formulou a pergunta e quem a respondeu. A dinâmica acaba quando todos forem lidos. Esta dinâmica também pode ser usada da seguinte forma: Forma-se pequenos grupos com o mesmo nº de pessoas de cada grupo intitulado de A, B, C, D... Fica a cargo de cada grupo fornecer algumas perguntas tantas quantas forem o nº de pessoas de cada grupo. Após isto, coloca-se as perguntas de cada grupo para o outro grupo completar a pergunta, porém individualmente, uma pergunta por pessoa. Após, coloca-se todas as perguntas em uma urna, abre-se um grande grupo, distribui-se novamente e aleatoriamente as informações (perguntas e respostas). Agora, cada um terá de adivinhar qual o grupo que formulou (A, B, C, D...) e quem a respondeu. A dinâmica acaba quando todos forem lidos. Após, faz-se uma discussão com todos explorando tudo quanto possa ter surgido e que mereça crédito para se apoiar em fundamentos teóricos em psicologia.

III. Texto: Sem texto

IV. Disposição: Um grande grupo, ou pequeno grupo mais tarde formando um grande grupo.

 

NOMES E DATAS

I. Finalidade: Visa fornecer dados sobre as pessoas do grupo de modo a proporcionar um entrelaçamento através do conhecimento sobre a personalidade de todos. Esta é uma dinâmica que só terá validade para grupos em que as pessoas não se conhecem profundamente.

II. Metodologia: Reúnem-se as pessoas em grande grupo, explica-se de modo genérico o que se irá fazer e a finalidade. Após, reúnem-se as pessoas por faixa de idade (de preferência 3 grupos uniformes). Pede-se que todos coloquem em 2 papéis diferentes e padronizados seu sobrenome completo (omitindo o 1º nome), e a data de nascimento (omitindo apenas o ano). O coordenador coloca todas as informações dos 3 grupos em 3 urnas diferentes. Explica-se que é uma dinâmica de grupo em que, como um jogo, o grupo que mais acertar ganha. Faz-se uma tabela de escores no quadro e começa-se da seguinte forma. Três voluntários (um de cada grupo) retirarão uma informação do grupo à direita e terão que responder sozinhos a quem pertence o nome ou a data. Cada indivíduo só tem uma chance por vez. Se o indivíduo acertar a quem pertence a informação, ganha um ponto e esta sai da urna e é jogada fora. Se, no entanto errar, alguém do grupo pode-se aventurar na tentativa de acerto. No entanto se errar, o grupo perde 1 ponto. Isto só pode ser feito uma vez a cada tentativa. Em caso de erro a informação volta para a urna de origem. Obviamente o nome é mais fácil de acertar. Portanto é uma dinâmica em que a sorte predomina. Acaba-se quando todos de um grupo forem lidos. Após, faz-se uma discussão com todos explorando tudo quanto possa ter surgido e que mereça crédito para se apoiar em fundamentos teóricos em psicologia.

III. Texto: Sem texto

IV. Disposição: Três meias-lua.

 

TABELA DE ESCORES

A B C

URNA A URNA B URNA C

  

GRUPO A GRUPO B GRUPO C

Ex:

Grupo A: 18 a 23 anos

Grupo B: 24 a 30 anos

Grupo C: acima de 30 anos

 

HOLDING.

I. Objetivo: Visa treinar as pessoas a se organizar e trabalhar produtivamente em conjunto usando todas as informações possíveis para a resolução de problemas em pequeno grupo.

II. Metodologia: Reúnem-se as pessoas em grande grupo,