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TRABALHO PESQUISA

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Por:   •  27/3/2015  •  3.760 Palavras (16 Páginas)  •  529 Visualizações

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OSTEOPOROSE

É uma diminuição progressiva, generalizada na massa de tecido ósseo, por unidade de volume, causando fraqueza esquelética, mesmo que a taxa entre elementos minerais e orgânicos permaneça inalterada no osso remanescente, morfologicamente normal. Histologicamente, há uma redução na espessura cortical e no número e tamanho de trabéculas de osso gradeado, com amplitude normal da bainha osteóide. Há aumento na reabsorção óssea; a formação óssea parece ser normal, mas pode ser defeituosa. As principais manifestações clínicas são fraturas ósseas.

Classificação, etiologia e incidência

Há 3 tipos de osteoporose primária, a forma mais comum de doença óssea metabólica. Osteoporose idiopática ocorre durante a infância ou em adultos jovens de ambos os sexos com função gonadal normal. Osteoporose de Tipo I (osteoporose pós-menopausa), ocorre entre as idades de 51 e 75 anos e é 6 vezes mais comum em mulheres que em homens. Com uma perda muito maior de osso trabecular (gradeado), que cortical, a Tipo I é largamente responsável por fraturas de compressão vertical e fraturas de Colles (radiodistal). O Tipo I provavelmente resulte de alterações endocrinológicas pós-menopausa. Osteoporose de Tipo II (osteoporose involucional ou senil) ocorre principalmente entre pessoas > 70 anos, é duas vezes mais comum entre mulheres que entre homens, e é mais gradual e relacionada com a idade. Afeta ossos corticais e trabeculares, freqüentemente resultando em fraturas do pescoço femoral, bem como das vértebras, proximal ao úmero, tíbia proximal e pelve. O Tipo II pode resultar de redução na síntese de vitamina D, relacionada à idade ou resistência à atividade da vitamina D (possivelmente mediada por uma diminuição nos receptores de vitamina D). Em mulheres, os Tipos I e II podem ocorrer juntos.

Os fatores de risco para osteoporose primária incluindo envelhecimento, sexo feminino, nuliparidade, menopausa precoce, raça (mais comum entre mulheres brancas e orientais que entre negras) incluem tipo físico magro, baixa ingestão de cálcio (Ca), estilo de vida sedentário, e história familiar positiva.

Osteoporose secundária corresponde a < 5% de todos os casos de osteoporose. As causas podem ser categorizadas como endócrinas (p. ex., ex-cesso de glicocorticóides, hiperparatireoidismo, hipertireoidismo, hipogonadismo, hiperprolactinemia, e diabetes melito), induzidas por drogas (p. ex., corticosteróides, etanol, tabaco, barbitúricos, heparina), ou miscelâneas (p. ex., imobilização, insuficiência renal crônica, doença hepática, síndrome da malabsorção, doença pulmonar obstrutiva crônica, artrite reumatóide, sarcoidose, malignidades, ou ausência de peso prolongada como a encontrada no vôo espacial).

Sintomas, sinais e diagnóstico

Pacientes com osteoporose não complicada podem permanecer assintomáticos ou apresentar dor óssea, particularmente lombar. As fraturas de compressão vertebrais se desenvolvem sem trauma ou com trauma mínimo, usualmente em vértebra de apoio (T-8 e abaixo; fraturas isoladas de T-4 ou malignidade sugeridas anteriormente). A dor é aguda, usualmente não irradia e é agravada ao se levantar peso, mas pode estar associada ao aumento local da sensibilidade, e geralmente regride em poucos dias ou semanas. Múltiplas fraturas de compressão podem causar cifose dorsal com lordose cervical exagerada e dor surda crônica (devido a estresse anormal sobre ligamentos e músculos espinhais), particularmente proeminente nas regiões lombar e torácica inferior. Fraturas em outros locais (radiodistal ou quadril) usualmente são resultantes de quedas.

Os níveis séricos de Ca e fósforo, eletroforese protéica do soro, e VHS são normais na osteoporose primária; a fosfatase alcalina do soro usualmente é normal, mas pode ser discretamente elevada por uma fratura. Os níveis de hormônios paratireóideos são diminuídos em pacientes de Tipo I e aumentado nos de Tipo II. Cerca de 20% de mulheres osteoporóticas apresentam hipercalciúria importante. Os indicadores da renovação óssea podem ser aumentados (p. ex., excreção urinária de peptídios contendo hidroxiprolina ou a captação de difosfonato de metileno 99m Tc). Outros achados bioquímicos anormais sugerem osteoporose secundária.

No exame de raio X, a vértebra exibe um decréscimo na radiodensidade devido à perda de estrutura trabecular. Entretanto, a confiança em impressões subjetivas da densidade óssea pode ser enganadora; a osteopenia usualmente não pode ser prontamente diagnosticada em radiografias (como radiolucência) até que > 30% do osso seja perdido. A perda de trabéculas de orientação horizontal resulta em aumento de proeminência das placas terminais corticais e do remanescente orientado verticalmente, a trabécula de apoio. A ocorrência da forma de cunha anterior na região torácica e abaulamento dos interespaços vertebrais na área lombar são característicos de fraturas vertebrais. Embora o córtice de ossos longos possa ser fino, devido à excessiva reabsorção endosteal, a superfície do periósteo permanece lisa (ao contrário do contorno cortical irregular devido à reabsorção do subperiósteo encontrada no hiper-paratireoidismo) Osteoporose induzida por corticosteróides pode provavelmente produzir radiolucência do crânio, fraturas de vértebras, e formação exuberante de calos. Osteomalacia (ver Deficiência de Vitamina D no Cap. 79) pode ser confundida com osteoporose no raio X mas pode ser distinguida por achados bioquímicos anormais no soro e através de biópsia óssea.

Absortiometria única e dual de fóton e TC quantitativa têm se tornado crescentemente disponíveis podem medir a densidade óssea da coluna lombar e são úteis no diagnóstico e no acompanhamento da resposta ao tratamento.

Tratamento

O tratamento é preventivo, sintomático, e inibitório. A prevenção é baseada na avaliação dos fatores de risco e no tipo de osteoporose; p. ex., mulheres selecionadas na pós-menopausa podem receber terapia de reposição de estrôgenio. Dor lombar aguda intensa devido à fratura vertebral de esmagamento, pode ser tratada com um suporte ortopédico, analgésicos, e (quando há espasmo muscular proeminente) com massagem e calor. Dor lombar crônica pode ser auxiliada por um colete ortopédico ou, mais fisiologicamente, por exercícios de hiperextensão para alongar os músculos paravertebrais flácidos. É importante evitar levantar peso e quedas. Entretanto, a imobilização deve ser minimizada e deve-se estimular um regime consistente de exercícios, uma vez que é vital o exercício para manutenção da saúde do osso.

http://www.fmrp.usp.br/ral/trauma_c.htm

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