Teoria De Agência
Monografias: Teoria De Agência. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: MOUSQUER • 9/8/2013 • 3.908 Palavras (16 Páginas) • 708 Visualizações
Teoria de Agência
A teoria da agência, como teoria da estrutura de capital, surge na
década de 70 quando da publicação do trabalho de Jensen e Meckling (1976)
“Theory of the Firm: Managerial Behavior, Agency Costs and
OwnershipStructure”. Inspirados, entre outros, em Coase (1937, 1959 e 1960),
Alchian e Kessel (1962), Monson e Downs (1965), Demsetz (1967), Alchian e
Demsetz (1972), Silver and Auster (1969), e McManus (1975), Jensen e
Meckling, com base nas relações de agência que se estabelecem no seio de
uma empresa, estudaram os conflitos de interesses existentes entre
sócios/acionistas e dirigentes e entre estes e os credores, bem como os custos
associados à sua minimização ou eliminação.
A teoria da agência é a base teórica que busca analisar as relações
entre os participantes de um sistema, onde propriedade e controle são
designados a pessoas distintas, o que pode resultar em conflitos de interesse
entre indivíduos ou de acordo com Mendes (2001 apud FAMA, 1988), a Teoria
da Agência analisa os conflitos e custos resultantes da separação entre
propriedade e controle de capital.
Jensen e Meckling (1976) definem um relacionamento de agência como
“um contrato onde uma ou mais pessoas (principal) empregam outra pessoa (o
agente) para desempenhar alguma tarefa a seu favor, envolvendo a delegação
de autoridade para a tomada de decisão para o agente.” Dizem ainda que, se
ambas as partes são maximizadoras de utilidade, existe uma boa razão para
acreditar que o agente não irá atuar conforme os interesses do principal.
Essa possibilidade de não participação do acionista no gerenciamento
da empresa é bem representada pela sociedade por ações, que limita a
responsabilidade do acionista para com a organização à parcela de capital que
ele investiu. Jacobson (2009) sintetiza o pensamento de Eisenhard, afirmando
que a Teoria de Agência tem o foco em transações inter-organizacionais, ou
contratos, entre o principal e o agente, assumindo a existência de racionalidade
limitada e oportunismos dos indivíduos. Outro conceito sobre a Teoria de Agencia, segundo Hendriksen e Breda
(1999), dizem que é um modelo de tomada de decisão para mais de um
indivíduo. Neste modelo, onde um dos indivíduos é o agente e o outro é o
principal, o primeiro cumpre certas tarefas para o segundo, o qual se
compromete a remunerá-lo. O principal é o avaliador das informações e o
responsável pela escolha do sistema de informação e o agente assume o papel
de tomador de decisão, optando pelas melhores alternativas de decisão do
ponto de vista do proprietário e das informações que a eles estarão
disponíveis.
Os problemas de agência têm origem na separação da propriedade e da
gestão das organizações. O proprietário (principal), objetivando maximizar seus
lucros, delega ao gestor (agente) o poder de comandar o empreendimento,
estabelecendo metas de resultados esperados e limites de riscos admissíveis,
responsabilidades e alçada. Para regular essa relação, a Teoria de Agência
estabelece mecanismos eficientes (sistemas de monitoramento e incentivos)
para garantir que o comportamento dos executivos esteja alinhado com o
interesse dos acionistas. (EISENHARDT, 1988).
O foco da literatura sobre a problemática principal-agente é a
determinação de um contrato ideal entre os dois atores, sopesando
comportamento versus resultado. Nesse relacionamento (principal/agente) é
esperado conflito de objetivos e mensuração de resultados, sendo o agente
mais avesso a riscos, pois teria dificuldade em diversificar seu emprego,
enquanto o principal seria capaz de diversificar seus investimentos, mesmo
assumindo riscos momentâneos. (EISENHARDT, 1989).
Assim, uma outra forma de minimizar os problemas de agência seria por
meio de mecanismos de incentivos econômicos que alinhem os interesses dos
agentes com os do principal. Neste sentido, Milgrom e Roberts (1992) expõem
duas classificações de contratos distintas:
1) Contrato First-Best que se dá quando o principal remunera o agente com
uma quantia exatamente igual ao mínimo que este espera receber em troca de
um trabalho executado de forma eficiente; e 2) Contrato Second-Best acontece quando as condições first-best não são
alcançadas, recorre-se a duas alternativas de contrato:
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