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Trabalhando Para Ford

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Por:   •  15/1/2015  •  346 Palavras (2 Páginas)  •  286 Visualizações

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Trabalhando para Ford

Ford é considerado o primeiro a implantar um sistema de produção em série. O engenheiro americano notou que era muito mais barato e rápido produzir um modelo de automóvel padronizado. De acordo com o sistema fordista, o automóvel passava por uma esteira de montagem em movimento e os operários colocavam as peças. Logo, cada operário deveria cumprir uma função específica. Desta forma, existiam operários para determinadas funções.

As fabricas de Ford pagavam bem mais que as fábricas da época, porém nem tudo era um mar de rosas para os trabalhadores. Ele gerou alguns problemas como, por exemplo, trabalho repetitivo, que pode levar a uma lesão por esforço trata-se de um desgaste em determinada “peça” do corpo, envolvendo lesões musculares e desgaste nas articulações e nervos, causando dores e inflamações. A lesão é causada pela repetição de um mesmo movimento durante longo período de tempo. Um exemplo clássico da crítica do modelo de Ford e do problema causado pelo esforço repetitivo é o filme “Tempos modernos”, onde o protagonista: Carlito tem problemas por esforço repetitivo, ficando “maluco” por tanto apertar parafusos.

Outro problema de trabalhar para Ford é alienação do trabalhador, onde o operário fica restrito a apenas uma função resultando em uma baixa qualificação e uma fácil substituição desqualificando a classe como uma máquina. Talvez seja esse o fato mais grave de que o fordismo tratava o trabalhador como se fosse máquina. Na verdade ele tinha até menos status que as próprias máquinas já que tinha que adaptar o seu ritmo de trabalho ao dos equipamentos. Charles Chaplin no filme "Tempos Modernos" faz uma crítica bem humorada dessa situação. Nesse tratamento desumano combinava-se com a dificuldade do trabalhador em identificar-se com o produto do seu esforço, ou seja, o afastamento do trabalhador do produto final. Um homem que simplesmente fixava pára-lamas não via o automóvel pronto como obra sua. Ele não era nem ao menos capaz de entender o funcionamento do carro. A única coisa que ele sabia era fixar pára-lamas. Como resultado o operário não sentia orgulho nem entusiasmo pelo seu trabalho.

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