Escola Clássica - Taylor E Ford
Ensaios: Escola Clássica - Taylor E Ford. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: luasm • 9/6/2013 • 1.594 Palavras (7 Páginas) • 1.123 Visualizações
TAYLOR E FORD
1. ESCOLA CLÁSSICA - TAYLOR
Conhecido como “Pai da Organização Científica do Trabalho”, Frederick Winslow Taylor foi um dos principais fundadores da Escola Clássica. Durante seus estudos, foi influenciado pelos problemas sociais e empresariais ligados à Revolução Industrial, na época mais aguda do então denominado “capitalismo selvagem”.
Trabalhou entre 1874 e 1878 para um as empresa fabricante de bombas hidráulicas onde começou a apontar uma série de aspectos os quais ele considerava de má administração, como por exemplo o “corpo mole” dos funcionários e relações de má qualidade entre os trabalhadores e os gerentes. Em 1878, entrou na Midvale Steel, uma usina siderúrgica, na qual ficou por doze anos, terminando como engenheiro-chefe.Lá observou os problemas das operações fabris, sendo eles: a administração não tinha noção clara da divisão de suas responsabilidades com o trabalhador; não havia incentivos para melhorar o desempenho do operário; vários trabalhadores não cumpriam seus encargos; as decisões dos administradores baseavam-se na intuição; não havia integração entre os departamentos da empresa; os trabalhadores eram colocados em tarefas para as quais não tinham habilidade.
Foi por meio de tais observações que Taylor desenvolveu um sistema de administração de tarefas, mais tarde conhecido como sistema de Taylor, taylorismo e administração científica. Para Taylor, a organização e a administração das empresas devem ser estudadas e tratadas cientificamente e não empiricamente. Para ele, na administração de uma fábrica, antes de por algo em prática, era necessário fazer um de “estudo sistemático e científico do tempo”, analisando quanto tempo um homem, dando o melhor de si, levaria para completar uma tarefa, por meio da divisão de cada trabalho em seus elementos básicos para então cronometrá-los e registrá-los.Seus métodos de trabalho eram baseados em experiências que envolviam o controle de tempo e os movimentos desnecessários.O homem era visto por Taylor como “homo economicus”, privilegiando a constante vigilância, o treinamento e incentivos financeiros como fatores que garantiam por sí só uma boa produção.
O objetivo do estudo nada mais era do que alcançar a maior produtividade possível e, com menores custos e melhores margens de lucro, enfrentar a crescente concorrência em todos os mercados. Ele treinou todos os operários, especializou-os de acordos com as fases do trabalho, instalou salas de planejamento e organizou cada unidade, dentro do conjunto. Chegou à conclusão de que o operário médio produzia potencialmente muito menos do que era capaz, com o equipamento disponível, e por meio de tal observação chegou à conclusão mecanicista de que o trabalhador deveria se ajustar à máquina e não o contrário. Observou, igualmente, que o trabalhador mais esforçado perdia o estímulo e o interesse ao receber remuneração igual ao que produzia menos e concluiu pela necessidade de criar condições para pagar mais ao operário que produzisse mais. Para Lênin, o sistema de Taylor deveria ser adotado a qualquer custo, por ser uma forma de aumentar a produtividade do trabalhador.
Portanto, pode-se concluir que o enfoque da escola clássica é predominantemente técnico, enfatizando os métodos de trabalho, a organização da empresa, as atribuições do administrador, a eficiência dos recursos materiais. Em resumo, os trabalhadores da escola clássica são vistos como peças de máquinas, seres estritamente profissionais, seus sentimentos e comportamentos não são levados em conta.
Seria estranho se uma ideia que trata seres humanos como máquinas não tivesse críticas. Para os críticos, o Taylorismo era visto como uma proposta fria e calculista, que enxergava os trabalhadores como meras peças do processo produtivo. Para os contemporâneos de Taylor, como o psicólogo Henry Gantty, o incentivo financeiro era uma das falhas da Administração Científica, pois o homem precisava de incentivos diferentes para assegurar uma boa produção, principalmente os psicosociais, tais como prestígio social, auto-realização e reconhecimento.
Em suas Obras, Taylor registrava as conclusões as quais ele chegava após observar o processo produtivo. Sua primeira foi “Shop Management” (Gerência de Fábrica), lançada em 1903, e teve uma repercussão enorme nos meios acadêmicos e empresariais. No livro, ele resume em poucas palavras o objetivo de uma boa administração: pagar salários altos e ter baixos custos unitários de produção; salienta que a administração deve aplicar métodos científicos de pesquisa e experimentação, a fim de formular princípios e estabelecer processos padronizados que permitam o controle das operações fabris. Quanto aos empregados, estes devem ser cientificamente colocados em serviços ou postos em que os materiais e as condições de trabalho sejam cientificamente selecionados e treinados para aperfeiçoar suas aptidões. Por fim, Taylor afirmava que uma atmosfera de cooperação deve ser cultivada entre a Administração e os trabalhadores.
Posteriormente, em uma fase caracterizada com o 2º período de Taylor,
Ele chegou à conclusão de que não basta a racionalização do trabalho operário, mas,
que necessariamente, essa racionalização deve abranger toda a empresa, a estruturação geral da empresa.Desa forma, em seu livro “Administração Científica”, Taylor concluiu que a baixa produtividade do trabalho decorre não apenas do operário, mas, também de um sistema defeituoso de administração, aos métodos ineficientes de organização e falta de uniformidade das técnicas e métodos de trabalho. No livro, Taylor enumera as bases da administração científica: o estudo do tempo e padrões de produção; a supervisão funcional; a padronização de ferramentas e instrumentos; o planejamento de tarefas e cargos; o princípio da exceção;a utilização de instrumentos para economizar tempo; fichas de instrução de serviço; a idéia de tarefa, associada a prêmios de produção; um sistema de classificação dos produtos e dos insumos (matéria prima, etc);um sistema de delineamento das rotinas de trabalho.
Nas palavras de Taylor (1970):“A Administração Científica tem, por seus fundamentos a certeza de que os verdadeiros interesses de ambos, empregador e empregado, são um, único e mesmo: de que a prosperidade do empregador não pode existir, por muitos anos, se não for acompanhada da prosperidade
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