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Por:   •  25/4/2014  •  565 Palavras (3 Páginas)  •  448 Visualizações

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O crescimento econômico do Brasil é apenas um dos fatores a ser levado em consideração quando da avaliação da pobreza dos indivíduos.

Isso porque, diferentemente do IDH - Índice de Desenvolvimento Humano que mensura o bem-estar social de determinada população - o PIB - Produto Interno Bruto per capta, indicador utilizado no Brasil para medir a renda média de sua população – traça a linha de pobreza apenas com base no aspecto renda constituindo um critério bastante limitado de classificação pobreza.

A desigualdade na distribuição de renda é responsável pelo fato do crescimento econômico não ser eficiente na redução da pobreza, ou seja, o efeito do crescimento econômico sobre a redução da pobreza é menor no Brasil do que em outros países que alcançaram o mesmo nível de renda.

Ainda, deve ser considerado que o crescimento econômico pode ser acompanhado pela concentração de renda, como acontece no Brasil, o que resulta numa maior desigualdade social.

Um exemplo dessa assertiva é o milagre econômico brasileiro ocorrido no mandato de Juscelino Kubitschek, quando o Brasil viveu um período de notável desenvolvimento econômico, com elevados índices de seu PIB sem que houvesse a redução das desigualdades socioeconômicas existentes a época. Para se iniciar um círculo virtuoso, no qual medidas governamentais e privadas sejam combinadas para converter crescimento econômico em desenvolvimento humano, é necessário investir em saúde e educação básica. O Brasil, não obstante ter reduzido suas desigualdades sociais nos últimos anos de acordo com a ONU, ocupa o 7º lugar no ranking dos países mais desiguais do mundo, ganhando apenas da Bolívia, de Camarões, Madagascar, da África do Sul, do Haiti e da Tailândia.

No nosso país, a renda é excessivamente concentrada em mãos dos mais ricos, a minoria da população. Como principais causas pode-se destacar a falta de acesso a serviços básicos, como transporte e saúde, baixos salários, elevada e não isonômica carga tributária e um sistema educacional problemático. Toda essa desigualdade é somada às discriminações de gênero e raça que geram uma maior marginalização de grupos específicos na sociedade, como índios, negros e mulheres por exemplo.

Devido à prevalência de governos democráticos-populares, nos últimos anos o gasto público com políticas sociais aumentou e uma parte considerável da renda das famílias mais pobres provém de programas de transferência de renda do poder público, como aposentadorias, Bolsa Família e assistência social. A política de transferência de renda compensa sutilmente as perdas que a população sofreu nas décadas de 80 e 90, quando os salários foram deteriorados pela inflação e o desemprego.

Há a necessidade urgente de uma reforma tributária, para que se onere de forma mais justa àqueles que pouca ou nenhuma condição tem de pagar tributos. É necessária também a reforma da Previdência, a fim de desonerar os mais pobres e onerar mais os mais ricos numa tentativa de redistribuir a renda concentrada em mãos da minoria.

O Estado deve promover a justiça social e jamais cessar o seu trabalho, através das politicas públicas, que é garantir a efetividade e o respeito ao núcleo central dos Direitos Fundamentais: a dignidade da

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