VISÃO GERAL DA LOGÍSTICA NO BRASIL
Trabalho acadêmico: VISÃO GERAL DA LOGÍSTICA NO BRASIL. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Deyana • 14/7/2014 • Trabalho acadêmico • 5.319 Palavras (22 Páginas) • 336 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
Devido à sua complexidade operacional e impacto direto nos resultados das grandes empresas - sejam estes financeiros, de vendas ou marketing – a logística tem recebido continuamente maior importância no âmbito do planejamento estratégico destas corporações. O aumento das particularidades e dificuldades dos mercados, consequência de uma maior gama de produtos ofertados, maior frequência de entregas, alto custo da manutenção de estoque entre outras exigências de melhoria de nível de serviço, torna imprescindível às corporações aprimorar seus sistemas logísticos de forma a corresponder às exigências dos consumidores sem, contudo, incorrer em custos elevados.
Sob qualquer perspectiva - custos, valor aos clientes ou importância estratégica para a missão da empresa - a logística é vital. No entanto, apenas nos últimos anos as empresas se empenharam, de maneira contundente, em administrar as atividades da cadeia de suprimentos de forma integrada, ou seja, a analisar produtos e serviços como um fluxo ininterrupto das fontes de matérias-primas aos consumidores finais (Ballou 2001). Ao tratar de planejamento estratégico voltado para a gestão logística, três vértices mostram-se fundamentais e interdependentes, a saber: Localização das Instalações, política de Estoque, gestão de Transportes.
A gestão da cadeia logística pode ser defina como esforços envolvidos diferentes processos e atividades empresariais com a finalidade de criar valor na forma de produtos e serviços para o consumidor final, com a Gestão integrada da Logística, procura-se administrar as relações no Brasil na cadeia logística de forma cooperativa e benéfica para todos os envolvidos oferecendo aos clientes produtos de boa qualidade, entregues no prazo acordado, na forma estabelecida e dentro da quantidade desejada e proporcionando à empresa a satisfação do cliente, sua fidelização e a rentabilidade que esta relação pressupõe.
Ching (1999) estrutura a cadeia logística integrada em três grandes blocos:
• Logística de suprimentos. Gerencia as relações entre a empresa e seus fornecedores. Seus principais objetivos são desenvolver produtos e garantir a qualidade das matérias-primas, componentes e embalagens que atendam aos requisitos de fabricação, de forma a obter o menor custo total possível dentro da cadeia logística.
• Logística de produção. Objetiva sincronizar a produção com as demandas. Cabe à logística de produção transformar os materiais em produtos finais ou acabados, dentro de prazos pré-definidos.
• Logística de distribuição. Gerencia a relação empresa/consumidor. Responsável pela distribuição física dos produtos acabados, a logística de distribuição deve maximizar o atendimento ao cliente, proporcionando o nível de serviço adequado, sem incorrer em custos desnecessários.
O sucesso e a eficiência da cadeia logística e mais especificamente, da cadeia de distribuição, dependem de um alto grau de cooperação entre as empresas participantes. O fluxo constante e confiável de informações é fator determinante no gerenciamento da distribuição e essencial para que bons resultados de satisfação das exigências dos clientes finais sejam atingidos.
2 PANORAMA LOGÍSTICO NO BRASIL
A dimensão continental do Brasil – o terceiro país em extensão territorial nas América com seus 8.547.403 km² – impõe grandes desafios na execução de um projeto de infraestrutura logística capaz de integrar as diversas regiões formadas pelos 26 estados, um Distrito Federal e 5.570 munícipios. Somam-se a isso a complexidade de um mercado globalizado, a constate evolução Tecnológica, a concorrência entre as redes de negócios, o que imprime um ritmo dinâmico a todo o processo de produção e distribuição. A gestão integrada desse processo pode gerar benefícios em termos de lucratividade, qualidade, produtividade, custo e nível de serviço.
Em termos de infraestrutura, estão surgindo os chamados “hub ports” brasileiros e estão sendo ampliados alguns portos e aeroportos. O crescimento da cabotagem junto com a privatização do sistema rodo-ferro-portuário vem alterando positivamente nossa matriz de transportes, e a expansão das Estações Aduaneiras no interior (Portos Secos) junto com a maior capacitação dos operadores logísticos com operações em padrão internacional aumentam nossa disponibilidade de armazenagem e melhoram os serviços.
No Brasil, ainda um terço do PIB é originário de comanditeis agrícolas, mas existem regiões como Campinas, por exemplo, altamente industrializadas, com PIB maiores que de vários países da América Latina (no caso de Campinas, igual ao do Chile). No caso dos transportes, além dos problemas relacionados ao estado da infraestrutura viária, temos problemas relacionados aos custos operacionais (pneus, combustível e pedágio), à tecnologia e à gestão às taxas e impostos, ao roubo de carga e às exigências crescentes da legislação ambiental. O setor de transportes brasileiro é bem representativo, embora esteja mal cuidado.
Uma oportunidade que surge para a Logística nacional é o uso de multimodalidade, integrando portos secos interiores, transporte rodoferroviário e a cabotagem. A cabotagem permite cobrir os principais centros de consumo brasileiros (a maior parte deles próximos ao litoral) e criar a possibilidade de exportar produtos originários do sul e sudeste através dos hubs ports do nordeste (Pecem e Suape) com custos competitivos internacionalmente. O uso do transporte aéreo de cargas no Brasil ainda é muito inexpressivo se comparado com as operações mundiais. Para ser ter ideia, o aeroporto de Memphis nos EUA movimenta 3.390.000 toneladas por ano, o que corresponde ao triplo do total movimentado em todo o Brasil em carga aérea, no mesmo período. Se considerarmos que este aeroporto americano é à base da maior empresa logística do segmento courier mundial, temos a dimensão das operações neste segmento e podemos imaginar o potencial de expansão do mercado brasileiro.
Uma tendência a se destacar está relacionada à sustentabilidade da atividade. Vem crescendo muito a importância dos canais reversos das cadeias logísticas. Esta questão vem sendo tratada até hoje dentro de uma visão de Logística Reversa, ou seja, voltada para as operações necessárias para realizar os fluxos reversos de produção, pós-venda e pós-consumo.
3 PANORAMA LOGÍSTICO DA BAHIA
No estado da Bahia cabe destacar as vantagens comparativas aos outros, pois
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